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Relações Filogenéticas entre Chondrichthyes e Osteichthyes

Por:   •  2/5/2016  •  Artigo  •  503 Palavras (3 Páginas)  •  659 Visualizações

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Relações filogenéticas dos “peixes” (Chondrichthyes e Osteichthyes) – morfologia e sucesso evolutivo.

RESUMO - Formando o grupo com o maior número de espécies entre todos os vertebrados, os peixes habitam diversos ambientes. Para tamanha adaptação foram necessários diversos mecanismos provenientes de anos em evolução, os quais trouxeram impressionantes características fisiológicas e morfológicas que explicam o sucesso evolutivo desses vertebrados.

Guilherme Lima Monteiro¹

Rayanne Martins Ribeiro²

        Os peixes são vertebrados aquáticos, dotados de brânquias, apresentam esqueleto cartilaginoso ou ósseo e podem ter nadadeiras. O corpo é recoberto por escamas, respiram primariamente pelas brânquias e são ectotérmicos. Por serem extremamente adaptados, sua diversidade é refletida nas mais variadas formas, cores e tamanhos, indo de 1 centímetro – como é o caso do Trimmatom nanus um Gobídeo nativo da Índia, a impressionantes 20 metros do, já extinto, Carcharodon megalodon. Uma espécie de tubarão que viveu no período Mioceno, algo entre 16 e 20 milhões de anos atrás.

        Os Chondrichtyes, ou peixes cartilaginosos, tiveram seu primeiro registro fóssil vindo do período Siluriano Superior. A perda dos ossos está associada provavelmente à perda de peso do corpo, tornando-o mais maleável e manobrável. As espécies de Chondrichtyes podem se dividir em Holocephali, são os que possuem apenas uma abertura branquial, e Elasmobranchii, os que possuem de cinco a sete fendas branquiais de ambos os lados da cabeça, o qual inclui tubarões e raias.[pic 1][pic 2]

[pic 3][pic 4]

Os peixes exibem uma imensa diversidade em formas de corpo, mas em grande maioria apresentam simetria bilateral – lado direito e esquerdo são iguais – com exceção dos linguados que são simétricos somente na fase larval. Os peixes podem ser achatados dorsiventralmente, como as Raias que também estão inclusas nos Elasmobranchii, mas o que as difere dos tubarões é a posição das brânquias, que nos tubarões fica na parte lateral da cabeça e nas raias abaixo.

Os Osteichthyes – ou peixes ósseos – apresentam inúmeras diversificações por serem o grupo de vertebrados com maior número de espécies (aproximadamente 28.000), e suas grandes características que podem ser reconhecidas são das escamas dermais, opérculo cobrindo as brânquias, esqueleto ósseo, boca terminal, vesícula gasosa, nadadeira caudal homocerca e dois pares de nadadeiras medianas. Além das nadadeiras raiadas (B) e das nadadeiras carnosas ou lobadas (A).

[pic 5]

[pic 6]

O grupo conhecido como Piscies não forma um grupo monofilético. Isso significa que o grupo não apresenta características próprias, conhecidas como sinapomorfias, que sustentem o grupo, além de não agrupar todos os descendentes, apenas alguns táxons, de um mesmo ancestral. Esse grupamento foi criado com base em semelhanças entre os peixes, mas ao analisar com a filogenia é possível perceber que o grupo “peixes pulmonados” (Dipnoi) é mais próximo dos Tetrápodes do que de outros peixes, assim como em outros casos dentro do próprio grupo. Peixes ósseos com nadadeiras raiadas são mais próximos de peixes ósseos com nadadeiras lobadas, Dipnoi e Tetrapoda do que em relação a Chondricthyes e Ágnatos (peixes sem mandíbula).

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