Resumo História Da música
Ensaios: Resumo História Da música. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: marcosrodom • 1/9/2014 • 1.162 Palavras (5 Páginas) • 820 Visualizações
É impossível precisar o momento em que o ser humano descobriu a habilidade do canto, embora se suponha que as primeiras manifestações musicais (ainda na Idade da Pedra) sejam vocais, através de imitação dos sons encontrados na natureza e sua organização em códigos comunicativos. Embora não possamos reconstruir essas práticas, pela ausência de registros escritos, é possível conjecturar como estas seriam através da observação de tribos primitivas e pinturas rupestres.
É na Grécia, Ilíada de Homero, que encontramos os primeiros registros escritos da existência de música vocal, graças a indícios de que esses versos eram cantados. Para os gregos, a música possuía um papel relevante na estrutura do Estado, sendo a sua qualidade diretamente relacionada à saúde dessa instituição, como podemos perceber nos textos de Aristóteles e Platão. A música era considerada parte fundamental da educação do cidadão e tinha funções religiosas, familiares, de entretenimento e cívicas.
A música dos gregos é caracterizada por uma união indissociável entre música e texto, do qual tomava o ritmo, por ser essencialmente melódica e vocal, embora já houvesse uso de instrumentos, por suas relações com poesia e dança e por sua relação com os mitos gregos, como o de Orfeu.
Cabe ressaltar também que é através dos gregos que chegam até nós as primeiras teorias acústicas, com os estudos de Pitágoras, e o primeiro sistema teórico, com notação e estruturas escalares. Também fomos influenciados pela terminologia grega com palavras como orquestra e coro, dentre muitas outras.
O próximo momento importante da história da música vocal encontra-se na Idade Média, com o surgimento do canto gregoriano. O canto gregoriano, ou cantochão, surge na Europa por volta do século IV, com a compilação de cantos feita pelo Papa Gregório Magno e se estabelece como a estética musical característica da musica europeia medieval, servindo como ferramenta educativa, recurso mnemônico e claro, como expressão de louvor a Deus.
São características do canto gregoriano: texto bíblico em latim, desacompanhado e monódico, inicialmente silábico (com o tempo surgem os melismas e o estilo neumatico), dando sempre primazia à clareza do texto e seguindo a rítmica deste, podendo ser executado de diferentes formas, seja por solistas, coros, responsórios e antífonas, inicialmente em uníssono e a partir do sec. IX utilizando-se do organum, primeiro estilo polifônico de que se tem referencia, desenvolvido por Leonin e posteriormente Perotin em Notre-Dame, onde se organiza a primeira schola cantorum, voltada a formação de cantores para os serviços religiosos. Deve-se ressaltar, entretanto que apesar do surgimento de uma escola, ainda não há uma sistematização da técnica vocal.
Quanto ao período medieval, cabe ainda uma menção ao motete, ou moteto, estilo de composição desenvolvido no sec. XIII, polifônico, de forma livre, contento textos diferentes para cada uma das vozes, utilizando do vernáculo e permitindo variações na unidade de tempo, dentro do estilo que se denomina Ars Nova, do qual Guillaume de Machaut é o principal representante.
O século XIV é o momento de grandes mudanças na Europa, com a passagem do feudalismo para o mercantilismo, o que permite a ascensão de uma nova classe, a burguesia. Com isso, surge a figura do mecenas, nobre ou mercador que patrocina a produção artística, o que causa um grande crescimento das artes no período que chamamos de Renascimento. Com o mecenato, músicos viajam de país em país trocando informações e experiências o que leva ao surgimento de um estilo “internacional” no fim do século. É nesse período que a música se desliga do domínio exclusivo da Igreja e que a cultura Greco-latina é redescoberta.
A música renascentista se caracteriza por ser predominantemente vocal e profana, com um desenvolvimento enorme da escrita polifônica, através da escola franco-flamenga, que também cria a noção de vozes independentes, com a adição do baixo, devida a Josquin de Près, totalizando 4 vozes, como nos padrões atuais, para o que surge a figura do castrato, pois não se permitia que as mulheres participassem dos coros, por motivos religiosos. Surge também nesse período o madrigal, já na Itália do sec.XVI, uma forma livre, a 4~7 vozes com a música sempre a serviço do texto, que costuma ser retirado de poemas de autores consagrados, como Petrarca.
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