Resumo Meninges
Monografias: Resumo Meninges. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Sinji • 7/11/2014 • 3.375 Palavras (14 Páginas) • 843 Visualizações
O SNC é envolvido por membranas conjuntivas denominadas meninges e que são classicamente três: dura-máter , pia-máter e aracnóide. A aracnóide e pia-mater constituem no embrião a leptomeninge (mais fina) e a dura-mater seria a paquimeninge (mais espessa). Tem importância na proteção do SNC além do conhecimento sobre doenças que as atinge como meningites e meningiomas.
Dura-Máter:
Meninge mais superficial, espessa e resistente de tecido conjuntivo colágeno, com vasos e nervos. A do encéfalo difere da espinhal por ser formada por dois folhetos, o interno e o externo, sendo que só o primeiro continua com a dura-máter espinhal. O externo adere intimamente aos ossos e comporta-se como periósteo desses ossos, porem não possui capacidade osteogenica, dificultando a consolidação de fraturas, tornando impossível a regeneração de fraturas na abobada craniana, sendo em partes vantajosa pois um calo ósseo na região pode causar grave irritação e aumento de pressão. Em virtude de sua aderência aos ossos não existe espaço epidural. Em particular na parte externa, é muito vascularizada e no encéfalo, a principal artéria que irriga a dura-máter é a artéria meníngea média, ramo da maxilar. É ricamente inervada, e como o encéfalo é desprovido de sensibilidade, quase toda a sensibilidade intracraniana é localizada na dura-máter, responsável pelas dores de cabeça.
Pregas da Dura-Máter do Encéfalo: Em certas áreas o folheto interno se destaca do externo formando pregas que dividem a cavidade craniana em compartimentos que se comunicam. São eles:
a) Foice do cérebro: septo vertical mediano em forma de foice que ocupa a fissura longitudinal do cérebro separando os dois hemisférios cerebrais.
b) Tenda do cerebelo: Projeta-se como um septo transversal entre lobos occipitais e cerebelo. Ela separa a fossa posterior da média do crânio, dividindo a cavidade craniana em compartimento superior (supratentorial) e outro inferior (infratentorial). É de grande importância clinica, pois a patologia das supra é bem diferente das infra. A borda anterior livre da tenda chama-se incisura da tenda e ajusta-se ao mesencéfalo é tem importância clinica, pois pode lesar mesencéfalo e nervos troclear e oculomotor que nele se originam.
c) Foice do cerebelo: septo vertical mediano abaixo da tenda entre os 2 hemisférios cerebelares.
d) Diafragma da Sela: lamina horizontal que fecha superiormente a sela túrcica deixando apenas um orifício para haste hipofisaria (rompe na dissecção dos cadáveres), protegendo e isolando a hipófise, o que dificulta cirurgias.
Cavidades da Dura-Máter: em uma área, os dois folhetos se separam, delimitando duas cavidades, uma chamada cavo trigeminal (ou loja do gânglio trigeminal) que contem o gânglio trigeminal e os seios da dura-máter que são revestidos de endotélio e contem sangue se dispondo ao longo da inserção das pregas da dura-máter
Seios da Dura- Máter: canais venosos revestidos de endotélio situado entre dois folhetos. A maioria tem secção triangular e suas paredes ainda que finas são mais rígidas que veias e não se colabam. Alguns seios tem expansões laterais irregulares, as lacunas sanguineas, mais freqüentes de cada lado do seio sagital superior. O sangue do encéfalo e bulbo ocular é drenado pelos seios da dura mater e depois para veias jugulares internas. Comunica-se com veias da superfície externa pelas veias emissárias, que percorrem os forames/canais próprios no crânio. Dispoem-se principalmente ao longo da inserção das pregas, distinguindo-se em seios da base e da abóbada. Os seios da abóbada são:
Luís Henrique T. Zorzetto
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MED 104
a) Seio sagital superior: impar e mediano, percorre margem de inserção da foice do cérebro. Termina perto da protuberância occipital na confluência dos seios, formada pela confluência dos seios sagital superior, reto e occipital e pelo inicio dos seios transversos esquerdo e direito.
b) Seio sagital inferior: na margem livre da foice do cérebro, terminando no seio reto
c) Seio reto: ao longo da linha da união entre foice do cérebro e tenda cerebelar. Recebe na extremidade anterior o seio sagital inferior e a veia cerebral magna, terminando na confluência.
d) Seio Transverso: par e dispõe-se de cada lado ao longo da inserção da tenda do cerebelo no occipital desde a confluência ate a parte petrosa onde passa se chamar seio sigmóide.
e) Seio sigmóide: em forma de S, é continuação do seio transverso ate o forame jugular, onde continua diretamente com a veia jugular interna. Drena quase todo o sangue venoso da cavidade craniana.
f) Seio Occipital: pequeno e irregular, fica ao longo da margem da inserção da foice do cerebelo.
Os seios venosos da base são:
a) Seio Cavernoso: um dos mais importantes, é cavidade grande e irregular situada de cada lado do corpo do esfenóide e da sela túrcica. Recebe sangue da veia oftálmica superior e central da retina além de algumas veias do cérebro. Drena pelos seios petroso superior e inferior além de comunicar-se com seio cavernoso do lado oposto através do seio intercavernoso. O seio cavernoso é atravessado pela artéria carótida interna, pelo nervo abducente e, já próximo a parede lateral, pelos nervos troclear, oculomotor e pelo ramo oftálmico do nervo trigêmeo. Estes elementos são separados do sangue do seio por revestimento endotelial e a relação com o cavernoso é de grande importância clinica. Assim aneurismas da carótida interna ao nível do seio cavernoso comprimem o n. abducente e em certos casos, os demais nervos que atravessam o seio cavernosos, determinando distúrbios típicos dos movimentos do bulbo ocular. Pode haver perfuração da carótida interna dentro do seio cavernoso, formando-se um curto-circuito artério-venoso (fistula carótido-cavernosa) que determina dilatação e aumento da pressão no seio cavernoso. Isso faz com que se inverta a circulação nas veias que nele desembocam, como as veias oftálmicas, resultando em protrusão do globo ocular que pulsa simultaneamente com a carótida (EXOFTALMIA PULSÁTIL). Infecções superficiais da face (como espinhas no nariz) podem se propagar ao seio cavernoso, tornando-se intracranianas em virtude da comunicação entre veias oftálmicas, tributarias do seio cavernoso e a veia angular que drena região nasal.
b) Seios intercavernosos: unem dois seios cavernosos envolvendo hipófise.
c) Seios
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