Resumo sobre algas (vegetais criptogâmicos)
Por: Joana Paula Silva Oliveira • 22/4/2015 • Trabalho acadêmico • 3.229 Palavras (13 Páginas) • 1.270 Visualizações
Resumo geral para P1 – Vegetais Criptogâmicos
Cianobactérias (procariontes)
- Pigmentação:
Clorofila a + ficobilissomos (ficocianina, ficoeritrina e aloficocianina) + carotenóides (beta-caroteno e mixoxantofila).
- Produto de reserva: glicogênio. Contêm grânulos de cianoficina, de polifosfato e carboxissomos.
São de extrema importância ecológica por exercerem grande participação nos ciclos de carbono e de nitrogênio.
De acordo com a teoria da endossimbiose, deram origem aos cloroplastos. Ao serem fagocitados por células eucariontes, as cianobactérias não foram digeridas e em lugar disso, foram agregadas ao metabolismo dessas células eucariontes. Grande parte de sua carga genética é transferida para o núcleo da célula hospedeira pelo processo de transferência lateral de genes, ocasionando na interdependência dessas células. Bioquimicamente e estruturalmente são muito semelhantes aos cloroplastos das algas vermelhas.
- Reprodução: assexuada por divisão binária simples. Endósporos, exósporos, hormogônios e acinetos.
Endósporos – células dormentes derivadas do processo de esporulação. Têm córtex de peptidioglicano que auxiliam na proteção contra o calor, a falta de luz e a ação de desinfetantes químicos (resistentes em períodos desfavoráveis). Possuem o protoplasto desidratado. Permanecem viáveis por longos períodos desfavoráveis, podendo germinar novamente e gerar novas células vegetativas.
Exósporos – divisões sucessivas dadas por uma célula apical de um filamento, gerando células-filhas livres.
Hormogônios – fragmentos de um filamento que se destacam dando origem a um novo filamento.
Acinetos – células de resistência com espessa parede celular com acúmulo de substância de reserva. Podem se destacar do filamento, acumular na camada bentônica, suportando escassez de nutrientes, falta de luz e calor (condições desfavoráveis) e manterem-se viáveis, germinando posteriormente e dando origem à novas células em períodos e condições favoráveis.
Quando em filamentos, as células conectam-se entre si através da parede celular ou bainha de mucilagem, mantendo sua independência.
- Movimentação: não possuem flagelos ou estruturas responsáveis pela movimentação, mas se utilizam de artifícios como extrusão da bainha de mucilagem, bem como movimentos contráteis na superfície da parede celular (heliocoidais). Algumas ainda apresentam movimentos espasmódicos intercalados.
- Estromatólitos: depósitos calcários presentes em ambientes de águas rasas, com clima quente e seco, formados pela associação de cianobactérias a sedimentos ricos em carbonato de cálcio. No período proterozóico proliferavam estes depósitos, vistos as condições ambientais predominantes. Foram decisivos no processo de oxidação da atmosfera, pois foi nesse período em que as cianobactérias que tinham agora uma segunda camada do sistema fotossintetizante, passando a poder quebrar moléculas de água e produzir oxigênio.
- Estruturas:
Vesículas de gás – auxiliam na flutuação das cianobactérias para que se mantenham suspensas na coluna d’água ao alcance do nível adequado de luz e nutriente e, se por razões diversas, perdem a capacidade de controlar essas vesículas, podem causar o fenômeno da floração ou “bloom”, e proliferarem na superfície das águas. Quando isto ocorre, as cianobactérias podem produzir toxinas nocivas aos animais presentes no ambiente, causando a mortandade de peixes e outros organismos. Um tipo de plâncton provavelmente foi responsável pela nomeação do Mar Vermelho, pois ao sofrer floração, fez com que a água deste mar adquirisse coloração avermelhada.
Heterocistos – Estruturas especializadas na fixação de nitrogênio em cianobactérias filamentosas. Possuem espessa parede celular de peptideoglicano para evitar a difusão de oxigênio para dentro da célula. Seu protoplasto conta com a enzima nitrogenase que cataliza as reações no processo de fixação do nitrogênio. Essa enzima se torna inativa na presença de oxigênio. O nitrogênio é convertido em amônia e as trocas de substâncias com as células vegetativas adjecentes são feitas através de microplasmodesmos (ou nódulos polares). Possuem pouca quantidade de ficobilinas e não possuem o fotossistema II, portanto o processo de fosforilação cíclica dessas células não resulta na produção de oxigênio. O oxigênio que entra nesta célula é logo associado ao hidrogênio livre, sendo este resultado do processo de fixação de nitrogênio.
Pela capacidade de fixação de nitrogênio e de sua conversão em sua forma disponível para reações biológicas, associações de cianobactérias à espécies como a Azolla (população de samambaia presente em cultivos de arroz) se faz muito importante, pois evita a necessidade do uso de fertilizantes e permite o cultivo contínuo por manter o solo sempre nutrido.
Bactérias purpúreas e verdes sulfurosas:
luz
CO2 + 2H2S (CH2O) + H2O + 2S[pic 1]
Cianobactérias, algas e plantas:
luz
CO2 + 2H2O (CH2O) + H2O + O2[pic 2]
Algas
Fitoplâncton – Associação de cianobactérias e algas fotossintetizantes. Base da cadeia alimentar marinha. Extrema importância para o ciclo do carbono. Têm a capacidade de incorporar CO2 e convertê-lo em carboidratos por meio da fotossíntese, bem como em carbonato de cálcio por meio de calcificação, formando, por exemplo, falésias. ½ do CO2 proveniente de atividades humanas é incorporado pelo fitoplâncton.
Dinoflagelados, Filo Dinofíceas
- Estrutura:
Compõem o grupo dos alveolados, que contêm sob a membrana plasmática alvéolos, ou seja, cavidades envolvidas por membranas. Dentro dessas cavidades podem haver placas rígidas de celulose que são denominadas tecas. Essas placas ajudam na flutuação. Podem conter tecas finas ou não tê-las.
Plastídeos envoltos por 3 membranas e tilacóides dispostos em grupos de 3. DNA plastidial em pequenos nódulos. Plastos contêm pirenóides.
São divididos em duas partes, sendo a superior denominada epicone e a inferior denominada hipocone.
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