SARCOPHAGIDAE E CALLIPHORIDAE (INSECTA: DIPTERA) DE UMA ÁREA DE CAMPINA DO BAIXO TOCANTINS, CAMETÁ, PARÁ
Por: Jéssica Soares • 5/10/2021 • Pesquisas Acadêmicas • 345 Palavras (2 Páginas) • 109 Visualizações
SARCOPHAGIDAE E CALLIPHORIDAE (INSECTA: DIPTERA) DE UMA ÁREA DE CAMPINA DO BAIXO TOCANTINS, CAMETÁ, PARÁ
Jéssica Maria Menezes Soares¹
Inocêncio de Sousa Gorayeb²
Fernando da Silva Carvalho Filho²
As campinas amazônicas estão entre os ambientes mais ameaçados pela fragmentação de habitats causada por ações antrópicas. Apesar disso, estas áreas são poucos estudadas, sendo este o primeiro estudo entomológico realizado nas campinas do estado do Pará, pelo projeto “Estudo entomológico em campina do baixo Tocantins, Cametá, Pará, como base para valoração do ecossistema” apoiado pela FAPESPA – Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas. Os insetos estão entre os seres mais diversos que habitam a Amazônia, sendo Diptera uma das quatro ordens mais diversas. Para a Amazônia são conhecidas 16 espécies de moscas da família Calliphoridae e 80 de Sarcophagidae. Esta pesquisa tem o objetivo de analisar a riqueza, composição e abundância de Sarcophagidae e Calliphoridae, considerando a ausência de estudos sobre insetos em campinas amazônicas. O estudo foi desenvolvido no município de Cametá, na campina Campo Redondo. As coletas foram realizadas com armadilhas de Malaise, suspensas; VanSomeren-Rydon e armadilhas para mosca, funcionando por 10 dias, nos meses de novembro de 2014 e janeiro, abril, julho e outubro de 2015. Até o momento foram identificados 951 espécimes, sendo 537 de califorídeos e 414 de sarcofagídeos. Nos califorídeos foram registradas oito espécies dos gêneros: Chloroprocta, Chrysomya, Cochliomyia, Hemilucilia e Lucilia. As espécies mais abundantes foram Chrysomya megacephala (42,27%), Cochliomyia macellaria (22,35%) e Chloroprocta idioidea (13,22%). Nos sarcofagídeos foram identificadas 37 espécies dos gêneros: Metopia, Argoravinia, Dexosarcophaga, Helicobia, Lepidodexia, Oxysarcodexia, Peckia, Retrocitomyia e Titanogrypa. As três espécies mais abundantes foram Dexosarcophaga (Farrimyia) carvalhoi (16.50%), Oxysarcodexia modesta (13,05%) e Oxysarcodexia carvalhoi (11,82%). Foram coletados dois espécimes de uma nova espécie de Sarcophagidae do gênero Helicobia e dois do gênero Oxysarcodexia. Além disso, foram coletados sete exemplares da espécie Dexosarcophaga (Bezzisca) ampullula, que ainda não havia sido registrada para Amazônia. As armadilhas para moscas mostraram-se mais eficientes com 64,67% de exemplares.
Palavras-chave: Moscas. Campinas amazônicas. Biodiversidade.
¹ Bolsista PIBIC/CNPq (Vigência 01/08/2015 a 31/07/2016. Curso: Licenciatura em Ciências Biológicas/UNAMA.
² Orientador; Pesquisador – Coordenação de Zoologia (CZO/MPEG).
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