Saúde Do Homem
Casos: Saúde Do Homem. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Pauloambrosio • 21/5/2014 • 1.257 Palavras (6 Páginas) • 650 Visualizações
Saúde do Homem
No consultório
Por que eles não vão aos serviços de Saúde? Saiba mais!
Levantamento feito com as sociedades médicas brasileiras, antropólogos, psicólogos, membros do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems), em que foram ouvidos cerca de 250 especialistas mostrou que os homens não costumam freqüentar os consultórios por conta de três barreiras principais: cultural, institucionais e médicas. A pesquisa serviu como subsídio para a política nacional de atenção à saúde do homem, implementada no Sistema Único de Saúde.
“Não adianta criarmos a política se o homem não for às unidades de saúde, isso acarretará em mais custos para o SUS. Hoje do jeito que funciona, os homens buscam os serviços quando já têm que se internar, isso gera custos para o sistema, custos psicológicos para o homem e para a família, além da dor e sofrimento”, alerta o coordenador da área técnica de saúde do homem do Ministério da Saúde, Baldur Schubert.
Dentre as barreiras culturais Schubert cita o conceito de masculinidade vigente na sociedade, no qual o homem se julga imune às doenças, consideradas por ele sinais de fragilidade. O homem como provedor, não pode deixar de trabalhar para ir a uma consulta. “Eles não reconhecem a doença como algo inerente à condição do homem, por isso acham que os serviços de saúde são destinados às mulheres, crianças e idosos”, explica o médico. Além disso, outra dificuldade é que eles não acreditam em profilaxia, o que prejudica o trabalho em prevenção.
Em relação às barreiras institucionais, o levantamento mostrou que os homens não são ouvidos nas unidades adequadamente, por isso freqüentam pouco esses locais. O fato de grande parte dos serviços serem formados por profissionais mulheres, também impede que eles encontrem espaço adequado para falar sobre a vida sexual, como por exemplo, relatar uma impotência. De maneira geral faltam estratégias para sensibilizar e atrair os homens aos ambulatórios
Sobre as barreiras médicas, o especialista enumera a falta de postura adequada dos profissionais de saúde e as consultas com duração muito curta. “Os médicos precisam dar mais atenção nas consultas para estabelecer uma relação médico-paciente ótima”, alerta.
Como enfrentar esses aspectos para provocar a mudança de comportamento é o grande desafio da política de saúde do homem. “Será preciso desaprender e reaprender o aspecto cultural. O homem deixou de ser o machão do passado e a sociedade está reformulando o conceito de masculinidade, para isso precisaremos da ajuda da mídia”, afirma o coordenador.
Será preciso também contar com a ajuda das empresas para que elas criem programas que estimulem seus funcionários a visitarem profissionais de saúde. Em geral eles não querem deixar o horário de expediente para ir ao consultório, pois acham perda de tempo. Uma saída seria a criação de espaços de atendimento em saúde na própria empresa. Outra solução seria a inserção do cuidado com o homem nas equipes de Saúde da Família, que já foi implementado.
Dentre as situações que mais matam o homem, até os 40 anos, estão as causas externas (violência, agressões e acidentes de trânsito/trabalho). Depois dos 40 anos, em primeiro lugar estão as doenças do coração e em segundo os cânceres, principalmente do aparelho respiratório e da próstata.
Saúde do Homem
Obesidade
Levantamento mostra que 48% dos homens estão obesos e 13% com sobrepeso. Eles precisam visitar as unidades básicas de saúde
A obesidade e o sobrepeso em homens aumentam ano a ano. Os dados são da pesquisa Vigitel (Vigilância de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) do Ministério da Saúde. O levantamento foi realizado, pelo telefone, em 26 capitais e Distrito Federal, com mais de 54 mil pessoas. O último inquérito de 2008 revelou que 13% dos homens estão obesos e 48,6% estão com sobrepeso.
“Esses índices se agravam mais ainda, quando pensamos na população, que é cada vez mais sedentária e come muita gordura e açúcar, por isso a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem enfoca na questão da alimentação saudável e da prática do exercício”, diz o coordenador da área técnica de Saúde do Homem*, Baldur Schubert.
Sabe-se que a obesidade é uma doença que pode acarretar em outros problemas de saúde mais graves, como o infarto, a diabetes e a hipertensão, que podem levar até à morte. Mas esse quadro pode mudar com hábitos de vida mais saudáveis; como a prática de exercícios e uma alimentação equilibrada. Esses são alguns dos conselhos da Campanha “Homem que se cuida não perde o melhor da vida”, lançada em 2009 pelo Ministério da Saúde.
“Embora os homens achem que não têm problemas de saúde, é importante que eles visitem as unidades básicas de saúde para receberem o cuidado e as orientações adequadas”, reforça Schubert.
A prática de exercícios e a dieta devem ser orientados por profissionais habilitados.
Dados do Vigitel de 2006 a 2008
Excesso de peso
indivíduos com índice de massa corporal > 25 kg/m²
Sexo masculino:
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