Saúde e Riscos Ambientais

Saúde e Riscos Ambientais

O modelo de desenvolvimento contemporâneo tem gerado riscos globais com efeitos em diferentes casos, incluindo a deterioração do ambiente e da saúde do trabalhador, nesse contexto, empresas privadas, governos, instituições e pesquisadores tem se mobilizado para reforçar papel dos movimentos sociais que discutem os riscos associados com as tecnologias.

A avaliação e o gerenciamento de risco implica em como os indivíduos serão afetados pelos impactos negativos, evidenciados pelos seus efeitos, vulnerabilidade ambiental, social e econômica. Na avaliação de risco ambiental é considerada as inter-relações em diferentes níveis tróficos integrantes da pirâmide energética e proteção das funções das populações, comunidades e ecossistemas, tal avaliação ainda não é utilizada no Brasil como uma ferramenta de gerenciamento ambiental de forma sistemática, sua grande diversidade de ecossistemas carece de estudos que deem suporte ao entendimento da dinâmica e estrutura das entidades ecológicas destes sistemas.

A avaliação de risco no processo de Gestão Ambiental envolve a regulação internacional dos riscos industriais que ganharam cenário multiplicador a partir da aceitação ao nível internacional dos riscos ambientais globais. Resultando em documentos como a Carta da Terra e a Agenda 21, que estabelecem acordos internacionais que respeitem o interesse de todos e protejam a integridade do sistema global da ecologia e do desenvolvimento.

O ponto focal da avaliação de risco a partir da década de 90 constitui-se de uma importante ferramenta no processo de gestão ambiental como subsídio técnico nos processos decisórios para a implementação de ações de remediação e prevenção de danos aos ecossistemas e ao homem, é por meio dela que serão estabelecidos os níveis de aceitabilidade de risco para o indivíduo, um grupo social ou toda a sociedade e/ou ecossistema, provendo os órgãos governamentais responsáveis pela regulação ambiental e a estrutura organizacional da empresa.

A Agência Americana de Proteção Ambiental instituiu em 1980 a Lei Abrangente de Resposta, Indenização e Responsabilidade Ambiental que possui como objetivo, proteger a saúde humana e o ambiente das usuais e potenciais ameaças que as substâncias perigosas não controladas representam para a sociedade.

A metodologia de avaliação de risco ambiental adaptada pela EPA, é composta por quatro etapas; a identificação do perigo, caracterizada pela compilação e análise de dados da área impactada; a avaliação dose-resposta, que consiste na identificação da relação entre a dose administrada ou recebida de uma ou mais substâncias e a incidência de um dado efeito deletério significativo no ambiente e/ou população; avaliação da exposição, que envolve a caracterização do grau de contato entre a população e o composto; caracterização do risco, que integra as fases anteriores e apresenta de forma sintetizada a expressão do risco qualitativo e quantitativo.

A formulação do problema é determinada como o agente estressor entra em contato com o possível receptor e a caracterização dos potenciais efeitos adversos ao sistema ambiental e ao homem exposto, isto permitirá identificar qualitativamente os pontos críticos do sistema ambiental, assim como a identificação de particularidades relacionadas às características do empreendimento, no que se refere aso aspectos construtivos e operacionais.

A caracterização do empreendimento e de sua área de influência deverá incluir o levantamento de dados como: a caracterização do empreendimento, da área de estudo, das fontes de contaminação e dos agentes estressores, da natureza dos estressores, avaliação ecotoxicológica dos receptores, análise das incertezas associadas a formulação do problema.