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Trombose Arterial E Venosa

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Por:   •  25/10/2013  •  2.125 Palavras (9 Páginas)  •  1.806 Visualizações

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1 TROMBOSE

Trombose é um distúrbio vascular causado pela formação de um coágulo de sangue dentro de um vaso sanguíneo (veia ou artéria), impedindo ou interrompendo o fluxo de sangue. Esses trombos podem obstruir a circulação no local ou, na pior hipótese, atingir os pulmões, bloqueando a oxigenação do sangue (embolia pulmonar). Alguns fatores como hipertensão, obesidade, sedentarismo, tabagismo, imobilização prolongada, gravidez, estresse, diabetes, traumatismos, certos procedimentos cirúrgicos ou uso de pílulas anticoncepcionais podem promover processos trombóticos vasculares.

Existem dois tipos de trombose, a venosa e a arterial. A trombose venosa é causada por um coágulo de sangue que se desenvolve em uma veia. A trombose arterial é causada por um coágulo de sangue que se desenvolve em uma artéria.

1.1 TROMBOSE ARTERIAL

1.1.1 Fisiopatologia

É causada por um coágulo de sangue que se desenvolve em uma artéria. Quando a trombose ocorre nas artérias coronárias pode causar um ataque cardíaco no indivíduo. Quando isso acontece na circulação cerebral, pode causar acidente vascular cerebral ou falta de oxigênio para outros órgãos.

Os trombos desprendem-se e são transportados do lado esquerdo do coração para dentro do sistema arterial, onde se alojam e obstruem uma artéria. A trombose aguda, com freqüência, acontece em pacientes com sintomas isquêmicos preexistentes.

1.1.2 Manifestações Clínicas

A trombose arterial pode ocluir agudamente uma artéria. Uma trombose é um coágulo que se desenvolve lentamente, ocorrendo, em geral, onde a parede arterial foi lesionada, amiúde como conseqüência da aterosclerose. Os trombos também podem desenvolver-se em um aneurisma arterial. As manifestações de uma oclusão arterial trombótica aguda são semelhantes das manifestações para oclusão embólica. As manifestações são a dor aguda (intensa e uma perda gradual das funções sensorial e motora), palidez, ausência de pulso, parestesia, poiquilotermia (resfriamento) e paralisia. No entanto, o tratamento é mais difícil com um trombo, porque a oclusão arterial aconteceu em um vaso degenerado e requer cirurgia reconstrutora mais extensa para restaurar o fluxo do que o necessário para um evento embólico.

1.1.3 Tratamentos

O tratamento específico de trombose será determinado pelo médico com base na idade e saúde geral do paciente, a extensão e o tipo de trombose, bem como sua tolerância para medicamentos, procedimentos ou terapias.

Quando o paciente apresenta circulação colateral, o tratamento pode incluir a anticoagulação intravenosa com heparina, que pode evitar que o trombo se espalhe e reduzir a necrose muscular. O uso de medicamentos trombolíticos fibrina-específicos (p.ex., ativador do plasminogênio tissular e o ativador de plasminogênio do tipo uroquinase de cadeia única) evitam a depleção sistêmica do fibrinogênio e plasminogênio circulantes, o que impede o desenvolvimento da fibrinólise sistêmica. Os outros medicamentos trombolíticos são reteplase, tenecteplase e estafiloquinase. Embora esses agentes exibam diferenças em sua farmacocinética, eles são administrados de uma maneira similar. Um cateter é avançado sob visualização radiográfica até o coágulo, sendo infundido o agente trombolítico.

A terapia trombolítica não deve ser empregada quando existem as contra-indicações conhecidas para a terapia ou quando o membro não consegue tolerar as várias horas adicionais de isquemia que são necessárias para que o agente lise (desintegre) o coágulo. As contra-indicações à terapia trombolítica incluem o sangramento interno ativo, AVC (acidente vascular cerebral, derrame cerebral), cirurgia importante recente, hipertensão descontrolada e gravidez.

1.1.4 Cuidados de Enfermagem

• Monitorar os sinais vitais a cada 15 minutos por 2 horas, depois a cada 30 minutos nas 6 horas seguintes, e, depois, a cada hora durante as 16 horas.

• Monitorar os sinais e sintomas de sangramento e retrombose. Comunicar o médico, caso eles ocorram.

• Minimizar o número de punções para inserção de linhas intravenosas, evitar injeção intramuscular, prevenir contra qualquer possível trauma tissular e aplicar pressão por um intervalo pelo menos duas vezes maior que o usual depois da realização de qualquer punção.

• Encorajar o paciente a movimentar a perna para estimular a circulação e evitar a estase.

• Avaliar a evidência de hemorragia local e sistêmica, inclusive as alterações no estado mental, as quais podem acontecer quando são administrados anticoagulantes.

• Avaliar pulso, sinais de Doppler e as funções sensorial e motora a cada hora durante as primeiras 24 horas, porque as alterações significativas podem indicar a reoclusão.

1.2 TROMBOSE VENOSA

1.2.1 Fisiopatologia

Embora a etiologia exata da trombose venosa permaneça incerta, acredita-se que três fatores, conhecidos como a tríade de Virchow, desempenham um papel significativo em seu desenvolvimento: estase do sangue (estase venosa), lesão da parede vascular e coagulação sanguínea alterada. Pelo menos dois desses fatores parecem ser necessários para a ocorrência da trombose. A estase venosa acontece quando o fluxo sanguíneo se mostra reduzido, como na insuficiência cardíaca ou choque; quando as veias se mostram dilatadas, da mesma forma que com algumas terapias medicamentosas; e quando a contração muscular esquelética se anestesia. Além disso, o repouso no leito reduz o fluxo sanguíneo nas pernas em, pelo menos 50%. A lesão do revestimento íntimo dos vasos sanguíneos cria um local para a formação do coágulo. O trauma direto dos vasos, da mesma forma que com as fraturas ou luxações, doenças venosas e irritação química da veia por medicamentos ou soluções intravenosas, podem lesionar as veias. A coagulabilidade sanguínea aumentada ocorre mais amiúde em pacientes que foram retirados abruptamente dos medicamentos anticoagulantes. O uso de contraceptivo oral e várias anormalidades sanguíneas também podem levar à hipercoagulabilidade.

A formação de um trombo frequentemente acompanha a tromboflebite, que é uma inflamação das paredes venosas. Quando um trombo se desenvolve inicialmente nas veias em conseqüências da estase ou hipercoagulabilidade, mas sem inflamação,

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