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Trypanosoma Cruzi E A Doença De Chagas

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Por:   •  8/5/2014  •  1.797 Palavras (8 Páginas)  •  828 Visualizações

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Trypanosoma cruzi e a Doença de Chagas

INTRODUÇÃO

Trypanosoma cruzi

• Classificação científica

 Reino: Protista

 Filo: Euglenozoa

 Classe: Kinetoplastea

 Ordem: Trypanosomatida

 Família: Trypanosomatidae

 Género: Trypanosoma

 Espécie: T. cruzi

Protozoário flagelado agente da Doença de Chagas, também conhecida como Tripanossomíase americana. O Trypanosoma cruzi é um protozoário agente etiológico da doença de Chagas (tripanossomiase americana, ou esquizotripanose) que constitui uma antroponose frequente (Vetor: o triatomíneo). Milhões de pessoas estão infectadas em todo a América Latina, sendo que grande parte dos casos está localizada no Brasil, principalmente nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul. É uma doença de evolução crônica, debilitante, que determina no homem quadros clínicos com características e consequências muito variadas.

A doença de Chagas humana é muito antiga - seus primeiros vestígios remontam à América pré-colombiana. É considerada uma das doenças da pobreza, já que está associada a condições precárias de habitação, intimamente relacionada às más condições das moradias, pois essas favorecem a nidificação dos hemípteros triatomíneos, conhecidos vulgarmente como “barbeiros”.

Contudo, ainda hoje não há cura e os medicamentos disponíveis tem efeitos colaterais e não são eficientes para tratar todos os casos. A doença de Chagas constitui um grande problema social e sobrecarga para os órgãos de previdência social, com um montante de aposentadorias precoces nem sempre necessárias.

A doença de Chagas representa ainda um sério problema de saúde pública diretamente relacionado à pobreza. Portanto, mesmo com a redução significativa da transmissão vetorial e transfusional em muitos paises (incluindo o Brasil), é fundamental a manutenção de políticas de controle desta moléstia. Como o contato com o vetor está relacionado ao desflorestamento e às condições precárias de habitação, a questão sócio-ambiental merece uma atenção especial.

No Brasil, há hoje dois milhões de pacientes crônicos com doença de Chagas. Destes, seiscentos mil desenvolvem complicações cardíacas ou digestivas, que matam cerca de cinco mil pessoas a cada ano.

A doença de Chagas é, geralmente, transmitida pelo barbeiro. Contudo, em alguns casos raros, a transmissão da moléstia pode ser congênita, por transfusão de sangue, transplante de órgãos, acidentes de laboratórios ou comendo comida contaminada com insetos infectados (caldo de cana, por exemplo).

Em 14 de fevereiro de 1909, Carlos Chagas detectava o Trypanosoma cruzi, no sangue de uma criança febril de dois anos. Concluía-se, assim, a descoberta do ciclo da moléstia. Inicialmente, Chagas se interessou pelo vetor - o barbeiro. Em seguida, identificou o protozoário, o T. cruzi e desvendou seu ciclo evolutivo. Finalmente, descobriu a moléstia. A descoberta da doença de Chagas trouxe a consagração internacional ao cientista mineiro, que recebeu o Prêmio Schaudinn do Instituto de Doenças Tropicais de Hamburgo, na Alemanha.

O CICLO

Quando alimentam-se do sangue de pessoas ou animais infectados, os triatomíneos podem ingerir os tripomastigotas. Os tripomastigotas são convertidos em epimastigotas no tubo digestivo do triatomíneo. Os epimastigotas se reproduzem por divisão binária e, quando chegam à porção terminal do intestino (reto) do triatomíneo, voltam à forma tripomastigota. Esses tripomastigotas, altamente móveis e infectantes, são as formas metacíclicas eliminadas nas fezes do vetor. As principais formas do Trypanosoma cruzi são:

• Amastigota – fase intracelular, sem organelas de locomoção, com pouco citoplasma e núcleo grande. O cinetoplasto fica ao lado do núcleo e é um pouco menor que ele. Está presente na fase crônica da doença.

• Epimastigota – é a forma encontrada no tubo digestivo do vetor, não é infectante para os vertebrados. Tem forma fusiforme e apresenta o cinetoplasto junto ao núcleo. Possui flagelo e membrana ondulante

• Tripomastigota – fase extracelular, que circula no sangue. Apresenta flagelo e membrana ondulante em toda a extensão lateral do parasito. O cinetoplasto se localiza na extremidade posterior do parasito. Esse estágio evolutivo está presente na fase aguda da doença, constituindo a forma infectante para os vertebrados.

O ciclo de vida do Trypanosoma cruzi se inicia quando o barbeiro, ao se alimentar do sangue do hospedeiro vertebrado, elimina, em suas fezes e urina, o parasito em sua forma alongada (tripomastigotas metacíclicos). Através de mucosas ou por ferimentos na pele, estes infectam células do hospedeiro, como as do coração. No interior destas, o parasito ganha forma arredondada (amastigotas), multiplicando-se por divisão binária. Quando as células estão repletas de parasitos, eles novamente mudam de forma (tripomastigotas sanguícola), e com a ruptura da célula hospedeira disseminam-se pela corrente sangüínea, sendo capazes de infectar novos tecidos e órgãos. Se o indivíduo ou animal infectado é picado pelo barbeiro, os parasitos em seu sangue podem ser transmitidos ao inseto. No intestino deste, mudam mais uma vez de forma (epimastigotas), multiplicam-se e tornam-se, novamente, formas infectantes, que são eliminadas junto com as fezes e a urina do inseto. Fecha-se, assim, o ciclo.

MORFOLOGIA

• Hospedeiros Vertebrados

São encontradas intracelularmente as formas amastigotas e extracelularmente as formas tripomastígotas ("polimorfismo") presentes no sangue circulante. As formas amastígotas e tripomastígotas são infectantes para células in vitro e para vertebrados.

• Hospedeiro

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