Ulcera De Pressão
Dissertações: Ulcera De Pressão. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 3071145 • 16/6/2014 • 1.792 Palavras (8 Páginas) • 490 Visualizações
2013.1
VALLS, Álvaro L. M. O QUE É ÉTICA. 9ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1994.
Nasceu em 1947, em Porto Alegre, onde passou a maior parte da vida e onde trabalha como professor na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Fez o 2º grau no Colégio Anchieta, na sua cidade, e a graduação em Filosofia na Faculdade Madianeira, em São Paulo. Em 1973 entrou para o Departamento de Filosofia da UFRGS, onde hoje é professor-adjunto. Fez seus estudos de pós-graduação na Alemanha, em Heldelberg, tendo dedicado o trabalho de mestrado a Adorno e o de doutorado ao conceito de história em Kierkegaard. Já publicou vários artigos sobre temas filosóficos e educacionais. Casou-se 1971 e teve três filhos.
A obra “O que é ética” é composta por oitenta e cinco paginas onde é dividida em sete capítulos que possui os seguintes tópicos: Os problemas da ética; Ética grega antiga; Ética e religião; Os ideais éticos; A liberdade; Comportamento moral: o bem e o mal; A ética hoje. No qual aborda desde a origem da ética até os seus dias atuais, em vários aspectos e cenários. Tendo como objetivo expor a evolução histórica, politica, regional, religiosa, social e filosófica da ética para a sociedade. O autor expressa suas opiniões durante todo o livro e levanta vários questionamentos que facilita o entendimento do leitor em relação às características que constroem a ética.
A partir disso, o livro inicia-se com “Os problemas da ética”, onde a ética é entendida como a realização de comportamentos considerados corretos pela sociedade ou meio que vive. Podendo ser tanto o estudo da ética quanto a desenvolvimento de um determinado comportamento. Quando se fala em ética geralmente, todos sabem ou têm uma ideia do que seja, porém quase sempre possuem dificuldade de expor sobre o assunto. Pois existe uma dificuldade em compreendê-la, por ser maleável e moldada, pois se apresenta de varias formas diferente de acordo com a época, cultura, região, condição financeira, religião, meio em que vive entre outros aspectos. Sendo percebido que os costumes do passado mudam e o que ontem era considerado errado hoje pode ser certo. Assim uma ação seria errada apenas enquanto ela não fosse implantada e aceita por todos, pois não são apenas os costumes que variam, mas também os valores que os acompanham, as próprias normas, ideias, sabedoria, opiniões, costumes, de um povo pode mudar e assim o que antes era ético hoje não é mais ou vice e versa.
O autor destaca num segundo momento a “Ética Grega Antiga”, sendo o pensamento grego representado por três principais filósofos (Sócrates, Platão e Aristóteles). O autor ressalta que eles não são os únicos, mas os mais importantes onde suas ideias merecem ser analisadas. Onde nesta obra os dois últimos receberam mais destaque. Um dos principais seguidores de Sócrates foi Platão onde ele acreditava que todo homem estava à busca da felicidade. Esta sendo colocada com centro das preocupações éticas. Ele acreditava também na vida depois da morte e preferia alcançar e reservar seu espaço na outra vida e possuir sua felicidade, do que usufruir dos prazeres mundanos. E com isto o homem deveria durante a vida contemplar suas ideias, sendo considerada a principal a ideia do bem. Ou seja, o homem deveria assimila-se a Deus, sendo virtuoso. Assim Platão caracterizou as principais virtudes, que eram: A justiça; prudência ou sabedoria; fortaleza ou valor; temperança (serenidade). E através do cumprimento destas o individuo se transformava divino e só assim conseguiria a felicidade absoluta.
Enquanto Platão era mais teórico Aristóteles era mais pratico, levava muito a serio a observação empírica. E acreditava na correlação entre o Ser e o Bem, onde insistia que havia variedade de seres e de bens, pois ninguém (ser) é igual e assim não precisa das mesmas coisas (bens). A ética aristotélica é marcada pelas metas que devem ser alcançadas para que o ser obtenha a felicidade. Onde o ser só seria feliz plenamente se tivesse uma coleção de bem necessário à sua felicidade. É importante lembra que estes filósofos viviam em uma época onde os escravos desenvolviam a mão de obra assim eles tinham muito tempo para pensar e alcançar seus bens e então a felicidade. Pois para Aristóteles o pensamento era o maior bem existente. Ou seja, Platão acreditava em uma felicidade alcançada através da busca da divindade enquanto que Aristóteles acreditava na busca de bens para o alcance desta.
No terceiro capitulo é feita a relação entre a “Ética e Religião”. A religião grega e as mais antigas se baseavam bastante na natureza e possuíam vários Deuses, depois do cristianismo no qual passou a ser seguido um só Deus, que este estava acima de tudo o que é natural, ao contrario dos Deuses antigos que eram mais naturais. Com base na religião, a parti do momento que o homem se pergunta o que é certo ou errado de acordo com Deus, ele não está fazendo a sua vontade e sim o que acredita ser correto. A religião trousse um enorme processo moral para a sociedade, onde o homem deveria alcançar a santidade mesmo que essa fosse inalcançável. Enquanto o fanatismo em alguns aspectos apresentava pontos negativos, em relação à passagem de mensagens éticas através da religião. O homem que segui a fé de certa forma estaria agindo eticamente, assim se comportando de acordo com a religião e esquecendo-se de se mesmo e de suas vontades intimas.
No quarto capitulo o autor relata sobre os “Ideais Éticos”. Para os gregos o ideal ético era a busca pela ideia do Bem, para outros o ideal ético estava no viver de acordo com a natureza e ainda tinha os que afirmavam que a vida deveria ser em torno do prazer. Já no cristianismo os ideais éticos se identificavam com os religiosos, no qual deveriam seguir a Deus e ama-lo sobre todas as coisas. No período do Renascimento e do Iluminismo o homem passa a buscar a liberdade onde agia de acordo com sua razão. Os pensadores da existência insistiram como ideal ético a liberdade enquanto que os pensamentos sociais almejavam uma vida mais justa para todos. Porém com passar do tempo está busca pela vida mais justa foi se distanciando cada vez mais. A sociedade se transformou em uma selva de pedra onde manda quem tem maior poder de capital, o capitalismo comanda tudo, e uma prova é a própria mídia
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