Urubu De Cabeça Amarela
Pesquisas Acadêmicas: Urubu De Cabeça Amarela. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 19/11/2014 • 834 Palavras (4 Páginas) • 414 Visualizações
FEPI – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ITAJUBÁ
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
JACQUELINE PEREIRA DA SILVA
TRABALHO MANEJO DE ANIMAIS SILVESTRES
ITAJUBÁ
2014
FEPI – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ITAJUBÁ
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
JACQUELINE PEREIRA DA SILVA
TRABALHO MANEJO DE ANIMAIS SILVESTRES: URUBU-DE-CABEÇA-AMARELA
Trabalho apresentado à Disciplina de Manejo de Animais Selvagens do 10° período do Curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Itajubá como Avaliação Parcial do 1° Bimestre
Orientado por: Profª M. V. Ariane Parra
ITAJUBÁ
2014
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 3
2 CARACTERÍSTICAS 4
2.2 TAMANHO E PESO 4
2.3 DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA 4
2.4 HÁBITOS 5
2.5 REPRODUÇÃO 6
2.6 ALIMENTAÇÃO EM VIDA LIVRE 6
3 PROPOSTA DE RECINTO/ALOJAMENTO E ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL 8
3.1 ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL 8
3.2 ENRIQUECIMENTO ALIMENTAR 8
REFERÊNCIAS 9
1 INTRODUÇÃO
O urubu-de-cabeça-amarela possui a cabeça e pescoço nus, amarelo-laranja. À distância, a cabeça parece amarelo clara, quase branca. A coloração do corpo e asas são idênticas ao do urubu-decabeça-vermelha. O juvenil possui a cabeça escura, como em outros Cathartes (SICK, 1997; ANTAS, 2005). Seu nome significa: do (grego) kathartës, katharizö = limpador, para limpar; e de burrovianus = homenagem ao físico americano e consul para o estado de Vera Cruz no México, Dr Marmaduke Burrough.(Cathartes). ⇒ Limpador de Burrough.
O papel das aves comedoras de carniça no ambiente é de uma importância fundamental. A nossos olhos, essa adaptação é repugnante.Graças a elas, no entanto, há uma rápida reciclagem das carcaças e reincorporação ao sistema dos nutrientes. Reduzem ou dificultam o crescimento de bactérias nocivas, ao diminuírem a disponibilidade de tecido animal em decomposição, sendo altíssima sua capacidade de resistência a organismos infecciosos.
Possui olfato apurado e chega rapidamente às carniças, onde, assim como o urubu-de-cabeça-vermelha (Cathardes aura), é afastado com a chegada de outras espécies de urubus.
Indivíduo adulto em voo.
Urubu-de-cabeça-amarela jovem
2 CARACTERÍSTICAS
2.1 CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA
Urubu-de-cabeça-amarela, Urubu peba (Cathartes burrovianus)
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Accipitriformes
Família: Cathartidae
Género: Cathartes
Espécie: C. burrovianus
2.2 TAMANHO E PESO
Mede de 53 a 65 cm de comprimento com envergadura de até 1,60 m; peso entre 950-1550 g (MARQUEZ et al 2005; DEL HOYO et al. 1994).
2.3 DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
Distribui-se desde o México até o norte da Argentina e Uruguai, incluindo diversas regiões do Brasil, (SICK, 1997; DEL HOYO et al, 1994), é o urubu mais comum no Nordeste e na Amazônia, sendo predominante nas restingas do Rio de Janeiro (ANTAS, 2005).
Mapa de registros da espécie urubu-de-cabeça-amarela (Cathartes burrovianus)
2.4 HÁBITOS
Habitam beiradas de rios e lagoas florestadas, áreas pantanosas, campos e áreas rurais. Vive normalmente solitário ou em grupos de alguns indivíduos, bem espaçados. Paira baixo sobre pantanais ou campos alagados, sendo incomum encontrá-lo voando alto. Pousa em postes baixos e cercas. Possui os mesmos hábitos gerais das espécies da mesma família, às vezes usando os mesmos pousos noturnos (ANTAS, 2005; SICK, 1997; MARQUEZ et al, 2005).
2.5 REPRODUÇÃO
Faz ninho em grandes cavidades de árvores, colocando ovos branco-amarronzados manchados de marrom. Os filhotes nascem com uma plumagem fina e branca, mantida nas primeiras semanas (Sick, 1997; Antas, 2005).
Ovo de urubu-de-cabeça-amarela
Xanxerê/SC, agosto de 2001
Foto: Nayara Marques
Ovo de urubu-de-cabeça-amarela
Xanxerê/SC, agosto de 2001
Foto: Nayara Marques
Adultos acasalando
2.6 ALIMENTAÇÃO EM VIDA LIVRE
Alimenta-se principalmente de pequenas presas ou de carniça. (Marquez, et al, 2005; DEL HOYO et al, 1994). Possui olfato apurado e chega rapidamente às carniças, onde, como o urubu-decabeça-vermelha, é afastado com a chegada de outras espécies de urubus. É um caçador mais ativo, capturando pequenos vertebrados em vôos rasantes (SICK, 1997; ANTAS, 2005).
Caçando alimento
3 PROPOSTA DE RECINTO/ALOJAMENTO E ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL
3.1 ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL
A idéia do enriquecimento ambiental é fazer o animal se aproximar de suas condições naturais. Os recintos devem ter 6 m de altura, 12 m de largura e 15 m de comprimento com telas de alambrado. Como piso grama batatais (Paspalum notatum). Existência de um lago devido a preferência desse animal por áreas próximas a rios e lagos com terreno úmido. Existência de árvores com tamanho a partir de 1,5m de altura. Colocação de mourões, semelhantes a cercas dentro do ambiente, assim como postes baixos.
3.2 ENRIQUECIMENTO ALIMENTAR
Uma alternativa seria fornecer pequenas presas vivas periodicamente, pequenos vertebrados como pintinhos, ratos. Outra opção seria usar um animal de pelúcia, retirar as partes plásticas e enchimento e rechear com carne moída bovina ou de frango, deixando no chão, sendo que também pode-se utilizar bola de couro recheada com carne moída, simulando a pele de animal, pois assim ele irá abrir com o bico para atingir a carne em seu interior.
Outra sugestão seria colocar carne bovina, ou de aves no solo, com algumas folhas secas e gravetos cobrindo, para estimular a procura através do olfato que nessas aves são bem desenvolvidos.
REFERÊNCIAS
ANTAS, P. T. Z. Aves do Pantanal. RPPN. Sesc. (2005)
Aves de Rapina do Brasil - disponível em http://www.avesderapinabrasil.com/cathartes_burrovianus.htm Acessado em: 09/10/2014.
DEL HOYO.J., ELLIOT, A. E & SARGATAL, J. (1994). Handbook of the birds of the world (2 v). Bird Life International Lynx Editions. 638p.
MÁRQUEZ, C., GAST, F., VANEGAS, V. & M. BECHARD. (2005) Aves Rapaces Diurnas de Colombia. Bogotá: Instituto de Investigación de Recursos Biológicos Alexander von Humboldt. 394 p.
Portal Wiki Aves. Disponível em <http://www.wikiaves.com.br/tie-sangue>. Acessado em: 10/10/2014
SESC - Guia de Aves do Pantanal - Disponível em http://www.avespantanal.com.br/paginas/23.htm Acessado em: 09/10/2014.
SICK, H. (1997) Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro. Ed. Nova Fronteira.
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