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VERIFICAÇÃO DA QUALIDADE DO AR INTERNO DO LABORATÓRIO DE SANEAMENTO AMBIENTAL DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA PELO USO DO AMOSTRADOR E DA DEPOSIÇÃO LIVRE

Por:   •  29/8/2016  •  Relatório de pesquisa  •  1.533 Palavras (7 Páginas)  •  622 Visualizações

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VERIFICAÇÃO DA QUALIDADE DO AR INTERNO DO LABORATÓRIO DE SANEAMENTO AMBIENTAL DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA PELO USO DO AMOSTRADOR E DA DEPOSIÇÃO LIVRE

Aluno: Heloísa Helena Bredemann da Silva

Matrícula: 14/0143009

Data do Experimento: 30/05/2016

  1. Introdução:

A qualidade do ar é imprescindível para contribuir na saúde e vida dos cidadãos. Além de ser favorável ao seu bem-estar, pode interferir nas atividades diárias exercidas por cada um e influenciar em sua produtividade. Desse modo, o controle da qualidade do ar vem a ser de extrema importância por evitar diversas doenças que podem ser causadas em um ambiente interno.

Os problemas causados pela proliferação de fungos anemófilos em um ambiente hermético foram caracterizados pela Organização Mundial da Saúde, em 1982 (OMS, 1982) com o nome de “Síndrome do Edifício Doente”. É responsável por causar reações alérgicas semelhantes em vários indivíduos que frequentam um determinado lugar, diminuindo suas capacidades de atuar em funções diárias e afetando sua qualidade de vida. Isso pode ocorrer em locais de trabalho, escolas, hospitais ou outros ambientes fechados. Dentre os problemas causados pela proliferação dos fungos é possível citar sintomas, tais como: mal-estar, ardência e secura dos olhos, rinite, reações alérgicas, gripes constantes, dores de cabeça, fadiga, vertigem, falta de concentração e dores nas articulações.

Os problemas de saúde causados pelos fungos anemófilos estão relacionados à sua concentração. A proliferação excessiva ocorre em ambientes úmidos e com baixas correntes de ar. Alguns locais propícios para sua proliferação podem ser em forros de parede, dutos de ventilação, ar condicionado e materiais porosos, quando encontrados sem a devida manutenção e limpeza. A concentração máxima de fungos para que ambiente se apresente adequado à realização de atividades foi determinado pela ANVISA na Resolução N° 9, 2003 de 750 unidades formadoras de colônia (UFC) por m³.

Para a verificação da qualidade do ar dentro do Laboratório de Saneamento Ambiental do prédio SG12 da Universidade de Brasília, foram utilizadas placas de Ágar propícias para o crescimento dos fungos depois de sua deposição (deposição livre e induzida por um amostrador de bioaerossóis).

  1. Resultado e Discussão:

Os resultados a seguir representam a deposição de fungos anemófilos em diferentes locais do laboratório saneamento ambiental. Para a obtenção dos resultados foram usados dois métodos: o do amostrador e o da deposição livre, sendo o último utilizado apenas para a sala de aula. A discussão apresentada nesse tópico tem como referência o valor regido pela ANVISA para um ambiente adequado de trabalho de 750 UFC/m³

[pic 3]

Figura 1 - Gráfico que representa a concentração de UFC/ m³ em diferentes locais do laboratório de saneamento ambiental da UnB.

Os valores de UFC/m³ estão relacionados à diversos fatores que provocam a turbulência do ar e que podem interferir em seus resultados. Na figura 1 é possível notar valores próximos para áreas que possuem uma maior circulação de pessoas, provocando uma maior turbulência no ar. O menor valor, encontrado na área de armazenamento e tratamento de esgoto, corresponde à área de menor circulação do laboratório, desse modo, com a menor turbulência do ar, menor a presença de partículas suspensas, demonstrando uma baixa relação de UFC/m³. A área central do laboratório foi o que apresentou maior valor, como era esperado, já que apresentam um maior fluxo de pessoas. Todos os valores apresentados na figura 1 encontram-se dentro do limite da Resolução N° 9, 2003 da ANVISA, logo, é considerado um local adequado para a realização de atividades.

[pic 4]

Figura 2 - Apresentação de dados da Riqueza de micro-organismos em diferentes áreas do laboratório de saneamento ambiental da UnB.

A Riqueza de uma espécie está relacionada aos diferentes tipos de colônia observados no meio de cultura. Uma maior riqueza não representa necessariamente uma maior relação de UFC/m³, mas mostra a diversidade de micro-organismos retirados do ar. Quanto maior a circulação do ar em um local, maior a probabilidade de observar uma maior riqueza, isso porque a turbulência do ar pode transportar organismos de outros locais para a área. Na figura 2 encontra-se um menor valor na área do tratamento de esgoto devido à pouca circulação de ar do local até o horário da amostragem e um maior valor na área de águas, onde possui um grande movimento de pessoas trabalhando no laboratório. Os outros valores deram próximos entre si, até mesmo o da área externa.

Tabela 1 - Comparação da eficiência dos métodos para a determinação da Riqueza de colônias.

Sala de Microbiologia

Riqueza Amostrador

Riqueza Deposição Livre 30’

8

10

Na Tabela 1 são apresentados os valores correspondentes à riqueza para o método do amostrador e o outro da deposição livre de 30 minutos (tempo necessário para que as partículas menores suspensas no ar pudessem se sedimentar). Para o resultado da deposição livre, utilizou-se a média das diferentes bancadas e aproximou-se o valor para 10. Os resultados deram próximos entre si, verificando a eficiência do uso de ambas as técnicas. Tal eficiência pode ser explicada pela sala de aula ser um ambiente limpo.

[pic 5]

Figura 3 - Razão entre o UFC/m³ interno de cada local com o UFC/m³ externo para a averiguação da qualidade interna comparada com a externa.

Ainda na Resolução N° 9, 2003 da ANVISA, outro valor máximo recomendado da qualidade do ar é atribuído para a comparação do ar de um ambiente interno com o externo. Esse valor de I/E (interno/externo) não deveria exceder o valor de 1,5, ou seja, o ambiente interno não deve apresentar um valor de UFC/m³ muito maior do que o ambiente externo. Como é possível observar na figura 1 e 3, todos os locais encontrarem-se dentro do padrão de UFC/m³ e I/E, conferindo a qualidade para a realização de atividade no laboratório.

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