Veterinária Clinica Cirúrgica de Grandes Animais
Por: laires22 • 29/9/2018 • Artigo • 587 Palavras (3 Páginas) • 471 Visualizações
Trabalho de Clinica Cirúrgica de Grandes Animais
Grupo: Laíres Faria, Evelin Dayane, Débora Monteiro, Bruna Venerando, Bruna Leite.
Ceraconjutivite Infecciosa nos bovinos
A Ceratoconjuntivite Infecciosa bovina é uma doença dos bovinos também conhecida por "olho branco”, caracterizada por conjuntivite, lacrimejamento e ceratite, sendo a doença ocular mais importante dos bovinos. É causada por uma bactéria denominada Moraxella bovis, esta afecçao estas altamente relacionadas com a radiação solar, tempo de exposição e intensidade d a luz.
Sua ocorrência se da quando uma cepa de M. bovis patogênica, integrante da microbiota ocular do animal portador, ou transmitido por vetores, começa a sintetizar, sob influência de estímulos ainda não elucidados, fímbrias de aderência. As fímbrias reconhecem receptores específicos presentes na conjuntiva e conduto lacrimal (fímbrias tipo a) e na córnea (fímbrias tipo b), fixando-se às células. Devido às fímbrias confererirem elevada hidrofobicidade de superfície para as bactérias, estas se dispõem em duas ou três camadas recobrindo totalmente o tecido ao qual se aderiram. Exotoxinas com atividade enzimática, inclusive o lipopolissacarídeo somático, provocariam lesões na superfície da córnea, permitindo a invasão das bactérias que através das exotoxinas produzem desorganização das fibras de colágeno.
Essa doença afeta animais de todas as idades, independente de sexo e raça, ainda que em estabelecimentos onde sejam endêmicas, as taxas de incidência são maiores nos animais jovens.
As causas podem ser primarias ou secundarias:
- Primarias: Podem ocorrer devido traumatismos provocados por moscas, poiera, vento, hastes secas, pastagens altas, polens e luz solar intensiva, cujo efeito nocivo observa-se principalmente em animais de pele branca e despigmentada.
- Secundarias: São provocadas por germes existentes na flora da conjuntiva ou pálpebra ou oriundos do meio ambiente, podem também serem causadas por doenças secundárias como a ulcera.
Sinais Clínicos: Lacrimejamento excessivo e fotofobia, dentro de 24 horas ocorre à infecção conjuntival, podendo ocorrer concomitantemente à inflamação e o engrossamento das pálpebras, ou seja, biefarite, que pode afetar ambos os olhos. Dependendo do grau de acometimento do globo ocular e do tipo de infecção, há uma hiperemia progressiva dos vasos, podendo ser afetada também a córnea, ocorrendo ulcerações.
Transmiçao: Pode ocorre por contato direto, aerossol, secreções nasais e oculares. Animais curados podem ser portadores e transmissores da doença, eliminando as bactérias pelas secreções nasais. A mosca doméstica é um fator considerado importante na transmissão da infecção de animal para animal, principal mente nos meses quente e chuvoso.
Tratamento e profilaxia
O principal entrave na terapia da infecção ocular é a dificuldade de manejo do tratamento tópico. Porem as infecções oculares responde bem ao tratamento principalmente na fase inicial.
Nos casos de conjuntivites em forma leve, as lavagens diárias com solução de sulfato de zinco a 10% são muito eficientes.
É realizado também o uso de pomadas oftalmológicas à base de cloratetraciclina, cloranfenicol, neornicina, penicilinas sintéticas e corticosteroides aplicados diariamente sobre a área lesada. (). Em caso de opacidade total da córnea, aconselha-se o uso de pomada oftalmológica a base de antibióticos ou quimioterápicos associados à cortisona.
A cura espontânea, embora pouco comum, pode ocorrer em alguns animais. Neste caso surge, de forma leve, certa imunidade, pois existirá sempre a possibilidade de reinfestação. Quando as infecções oculares aparecem em grande número de animais o tratamento torna-se difícil. Neste caso controla-se o problema pelo uso de vacina bacteriana autógena, bastante eficiente quando aplicada inicialmente em duas doses com intervalo de 10 dias. Em regiões onde as enfermidades oftálmicas aparecem com frequência, aconselha-se a aplicação anual desta vacina.
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