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Voice And The Actor - Cicely Berry

Trabalho Universitário: Voice And The Actor - Cicely Berry. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  9/5/2014  •  1.290 Palavras (6 Páginas)  •  761 Visualizações

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RELATÓRIO

Voice and The Actor - Cicely Berry

A preparação vocal é um fundamento essencial para o ator, pois a voz é um de seus mais importantes instrumentos de trabalho. Com a voz, o ator transmite emoção, intenção, sentimento, verdade e tudo aquilo que for necessário cenicamente quando o assunto é expressão vocal.

O texto retrata justamente a importância da preparação vocal para que a expressão e imposição da voz seja eficiente em cena. O autor, Cicely Berry, diz que a voz é condicionada em quatro fatores: o Ambiente, o Ouvido (ou Percepção do Som), a Agilidade Física e a Personalidade.

No primeiro capítulo, o autor retrata a importância do desenvolvimento da voz, com atenções e técnicas específicas, que incluem o autoconhecimento das limitações e tensões da voz, usando-as a favor do ator. É dito nessa parte que o ator deve ter atenção para perceber como deve ou não usar e impor a voz, sem uso demasiado ou abaixo do necessário dos músculos, da respiração e de tudo aquilo que faz a voz ser expressada. Muitas vezes um ator possui uma voz excelente, mas utiliza demais dos recursos que tem, o que ocasiona uma dispersão e falta de interesse de parte do público. A falta do uso dos mesmos recursos também ocasiona essa dispersão, pois o sentimento, que deveria ser naturalmente expressado, está em falta, não é demonstrado devidamente por falta de imposição e expressão vocal. Conseguimos melhorar essa questão conhecendo nossos limites físicos (em relação a voz) e tendo um bom ouvido, que, no caso, é a percepção da nossa própria voz, das vozes das pessoas ao redor, de como elas soam e como elas poderiam soar. Isso traz consciência e nos ajuda a nos expressar vocalmente. Quando adquirimos consciência, também percebemos a nossa identidade vocal - a qual deve ser valorizada e não perdida, afinal, por mais que devamos saber expressar diversas emoções, intenções e sentimentos, a nossa personalidade e essência da voz deve estar presente, sempre. Com isso, faremos de palavras impressas, que não são nossas, enfim, nossas, e a expressão física também é expressada. Uma coisa está ligada a outra: se expressamos corpo, expressamos voz, e vice-versa - e expressando o corpo, conseguimos um grande aliado em relação a respiração e auxílio na expressão vocal. Isso é presença física, que traz presença vocal. Ou seja, palavras e voz existem pela necessidade corporal de expressão. Isso é Personalidade.

O segundo capítulo retrata a importância do relaxamento e da respiração no momento da imposição vocal. Quando não estamos relaxados, livres e atentos para a expressão da voz, ficamos tensos, nervosos. Isso traz uma consequência pro corpo (posturas incorretas, pescoço e ombros tensos, sem espaço para o ar entrar e se armazenar nos pulmões), que traz uma consequência pra voz - que não é emanada ou expressada como poderia. E uma coisa está ligada a outra - o jeito mais eficaz de relaxar é respirar fundo - e a respiração é a chave para a voz. É um grande ciclo: precisamos respirar para estarmos relaxados, estar relaxados para soltar a voz, e para soltar a voz precisamos de ar. Quando não relaxados e não respiramos adequadamente, a nossa voz sai de maneiras inapropriadas, que causam esforço físico, como forçar as cordas vocais, garganta, diafragma e etc, sem contar também o fato de que a voz não transmite o sentimento que deveria - sai gritada, sem “tamanho”, sem veracidade. Isso é Agilidade Física.

O sexto capítulo fala detalhadamente da Percepção da voz. Existe uma grande ansiedade da parte do ator em realizar a fala e a voz sem nem ao menos ter ouvido as intenções e sentimentos do texto, pela necessidade da entrega de uma interpretação instantânea. Mas o que deve ser feito é justamente esse ouvir: ouvir as possibilidades que a voz pode ter com relação ao objetivo das falas, como o texto demanda a expressão vocal, como a voz deve ser imposta para determinada fala ou texto e quais as variações possíveis. O ouvir é obter consciência da própria voz, baseando-se em intenções, sentimentos e também nas vozes ao redor. Entender que quando alegre, a voz é uma; quando triste, outra; e assim por diante. Porém, deve haver o cuidado para que o ouvir não se torne uma obsessão - uma vez adquirida a consciência de como a voz vai agir, isso deve ser seguido sem delongas, pois no contrário, haveria nervosismo, e isso causaria tensão - que fora tratada no capítulo dois - fazendo com que a voz novamente seja comprometida. Isso é o Ouvir.

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