Escola Secundária da Amadora Análises Químicas
Por: Nathalia Moreira • 9/1/2022 • Trabalho acadêmico • 3.086 Palavras (13 Páginas) • 143 Visualizações
Escola Secundária da Amadora
Análises Químicas – 12º Ano
Módulo 17C – parâmetros por volumetrias de ácido-base e de precipitação
Índice
Objectivo:
Determinar a acidez total e a acidez livre de diferentes amostras de água por titulação com uma base forte, (hidróxido de sódio), em presença da fenolftaleína ou do alaranjado de metilo.
Introdução Teórica
A água é um recurso escasso no Planeta, existe cerca de 71% de água disponível nos variados estados físicos, embora 2,5% seja água doce, no entanto, desses 2,5% apenas 0,1% é água potável.
Agrava-se essa escassez da água com a poluição, existem vários tipos de poluição tais como:
- Biológicas;
- Térmicas;
- Químicas;
A água é classificada de acordo com o seu pH e sais dissolvidos nelas. Uma água pode ser considerada potável tem que ter de preferência um pH entre 5,0 e 8,5 (a 25%), o seu processo de potabilização requer a ausência de:
- Partículas sólidas em suspensão;
- Matéria orgânica dissolvida;
- Metais pesados (Ex: Pb, Hg, C…)
- Aniões tóxicos como por exemplo CN-, NO3-, NO2-.
As entidades reguladoras que se certificam da qualidade da água para consumo humano, necessitam de realizar análises cuidadosas a diversos parâmetros e em diversas épocas sazonais. Consequentemente estabelecem-se critérios que traduzem quantitativamente os limites das substâncias tóxicas, contaminações, etc, que são designados por indicadores de qualidade:
- VP (valores paramétricos relativos a parâmetros microbiológicos e físico – químicas)
- VMR (valor máximo recomendável)
- VMA (valor máximo admissível)
Para uma correcta realização das análises a águas é necessário retirar amostras dessas mesmas águas.
A amostra é um subconjunto de elementos de uma população que quando recolhida é analisada e generalizada para essa população. Por isso é necessário que a colheita da amostra seja eficiente, desprovido de qualquer tipo de erros.
Antes de se realizar a colheita é necessário escolher o equipamento necessário para a amostragem, a embalagem da amostra e o rótulo da amostra.
Uma amostra de água para o consumo humano é recolhida segundo as seguintes condições:
- Limpar de forma adequada o local de onde se irá retirar a água, nomeadamente da torneira;
- Antes de efectuar a colheita, deixar a água a correr durante um minuto, com o fluxo máximo para escoar alguma água que possa estar estagnada;
- Reduzir o fluxo, para evitar a projecção de água durante o enchimento;
- Destapar o recipiente, inclinando-o de modo a que não se contamine com poeiras do ambiente;
- Encher completamente até deitar por fora;
- Adicionar os regentes de conservação (se necessário);
- Colocar a tampa e fechar hermeticamente;
- Guardar as amostras em caixa térmica.
Recolha das amostras de águas superficiais:
- Lavar o recipiente com a água do local;
- Segurar o recipiente pela base;
- Mergulhar o Recipiente com a boca virada para baixo;
- Debaixo de água inverter a posição do recipiente, virando a boca para cima e trazer a superfície;
- Colocar a boca do recipiente de modo a ficar contra a corrente e com o gargalo ligeiramente mais alto do que a base;
- Encher completamente;
- Adicionar reagentes de conservação (se necessário);
- Colocar a tampa e fechar hermeticamente;
- Guardar ao abrigo da luz.
Umas da experiencias corriqueiras no laboratório é a Análise volumétrica é uma técnica de doseamento de volumes a partir de uma solução - padrão (concentração conhecida), á qual reage com um volume de solução em análise, este método designa-se por titulação.
Para uma titulação ser bem-sucedida tem de ser estequiométrica, completa, rápida e ter uma variação brusca.
Numa titulação existe aspectos essenciais a considerar:
- Conhecer a reacção química;
- Medir rigorosamente os volumes e massas das substâncias primárias, soluções padrão e amostra a analisar de forma a se determinar a sua concentração;
- Detectar o ponto de equivalência.
Na titulação utiliza-se uma solução rigorosamente conhecida, solução padrão ou substância primária (para reagir com a amostra a dosear) estas são obtidas através de ampolas hermeticamente fechadas, a partir de substâncias primárias ou a partir de padrões comercias, esta solução de concentração conhecida, chama-se titulante.
Uma titulação consiste em adicionar, gota a gota, a solução contida na bureta (titulante) à solução contida num gobelé ou Erlenmeyer (titulado) até que a reacção entre as duas soluções seja praticamente completa, ou seja, ate atingir o ponto de equivalência da titulação.
O ponto de equivalência é onde ocorre uma variação brusca de pH, onde a concentração da solução que se pretende determinar é completa com a solução padrão e onde reagiram as quantidades (nº moles) entre ambas as soluções.
O ponto final é detectado pela variação da propriedade física ou química da solução a ser utilizada, na prática é difícil de detectar exactamente o ponto de equivalência. A diferença entre o ponto de equivalência e o ponto final chama-se erro de titulação, pelo que é necessário minimizar este erro.
[pic 1]
Fig:1 esquema de uma titulação [1]
O cálculo da concentração da solução a analisar é feito a partir de um cálculo estequiométrico, a partir da equação química que traduz a reacção ocorrida na titulação e o volume de titulante e o volume ou massa de titulado gasto na titulação.
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