Os Diabetes Mellitus Tipos 1 e 2
Por: KarinaSilva95 • 11/10/2022 • Relatório de pesquisa • 1.892 Palavras (8 Páginas) • 148 Visualizações
Diabete Mellitus
É uma doença metabólica caracterizada por hiperglicemia crônica (aumento da glicose sanguínea). Causada por:
• Déficit de insulina (absoluto ou relativo);
• Resistência à ação da insulina
A longo prazo a diabetes promove lesão em órgãos e complicações agudas.
Epidemiologia
• DM2 responsável por cerca de 90% de todos os casos
• O DM está entre as 10 principais causas de morte em pessoas com menos de 60 anos
• Aumento da prevalência de diabetes:
o Obesidade;
o Envelhecimento da sociedade;
o Sedentarismo;
o Urbanização.
Metabolismo Fisiológico
Hormônio Insulina – é produzido pelas células beta no pâncreas. A função da insulina é promover a entrada de glicose para as células do organismo de forma que ela possa ser aproveitada para as diversas atividades celulares, ou seja estocado na forma de glicogênio. A falta da insulina ou um defeito na sua ação resulta no acúmulo de glicose no sangue, o que chamamos de hiperglicemia.
Hormônio Glucagon – é sintetizado pelas células alfa do pâncreas. Exerce um efeito oposto ao da insulina, ajudando a manter os níveis de glicose no sangue, fazendo com que o fígado libere glicose, que está armazenada na forma de glicogênio. Esta glicose é então lançada na corrente sanguínea, prevenindo o desenvolvimento de uma hipoglicemia.
Após uma refeição rica em carboidratos, a glicose sanguínea é aumentada pela absorção intestinal, vai para a corrente sanguínea, chegando ao pâncreas, e sendo absorvida pelas células beta através dos receptores GLUT-2.
Uma vez dentro da célula, a glicose é oxidada e entra na glicólise o aumento do catabolismo da glicose, promove o aumento na concentração de ATP, induzindo o fechamento dos canais de potássio controlados por ATP.
Por consequência, ao ser reduzido o efluxo de potássio (K+), a membrana da célula se despolariza e os canais de cálcio (Ca2+) dependentes de voltagem são abertos.
Com isso, há a elevação dos níveis de Ca2+citosólico promovendo a liberação da insulina por exocitose.
Após ser liberada, a insulina promove o aumento da captação de glicose pelo tecido adiposo e muscular. Sua interação com receptores de membrana estimula uma cascata de reações que culminam na expressão de proteínas transportadoras de glicose, a GLUT-4.
Uma vez alta a concentração sérica da glicose no fígado, a sinalização promovida pela insulina aponta para a necessidade de produzir estoques na forma de glicogênio, através da ativação da glicogênio-sintase.
Por outro lado, como resultado indireto do aumento da oxidação da glicose (metabolismo da glicose), há a formação excessiva de acetil-CoA, sendo utilizada para a síntese de ácidos graxos e exportados para o tecido adiposo como triacigliceróis (TAG).
Esses TAG são armazenados no tecido adiposo em forma de gordura, bem como excedentes advindos do excesso de glicose, por estímulo insulínico.
Fisiopatologia
Diabetes Mellitus Tipo 1
Caracterizada por destruição gradual das células beta pancreáticas, levando a deficiência na produção de insulina.
Em geral costuma acometer crianças e adultos jovens, mas pode ser desencadeado em qualquer faixa etária.
Sendo dividida em:
AUTOIMUNE (Tipo 1 A)
• Possui autoanticorpos (Anti-Ilhota, anti-GAD, nti-IA-2) identificados como marcadores da doença autoimune, que muitas vezes aparecem nos exames antes mesmo das manifestações clínicas (< 90% dos casos).
IDIOPÁTICA (Tipo 1 B)
• Não possui marcadores de doença autoimune, não sendo identificada a sua causa. Associada a infecções virais e exposição a antígenos em indivíduos com predisposição genética.
LADA (Diabetes Autoimune do Adulto)
Esse tipo de diabetes se caracteriza por uma agressão ao sistema imunológico que destrói as células beta, responsáveis pela produção de insulina em nosso corpo.
Esse processo ocorre de maneira bem mais lenta que no DM 1, o que permite controlar a glicemia com medicamentos orais por mais tempo.
Em comum com o DM 2, o tratamento do LADA também tem início com medicamentos orais, mas a necessidade de passar para a insulina pode ocorrer mais rapidamente do que no tipo 2.
O perfil das pessoas que desenvolvem Diabetes tipo LADA também é diferente: são adultos jovens entre 25 e 40 anos, não apresentam sobrepeso nem hipertensão arterial.
Para confirmar o diagnostico de Diabetes tipo LADA, é necessário fazer um exame chamado anticorpos Anti-células Beta, Anti-GAD.
Diabetes Mellitus Tipo 2
Caracterizado pela resistência periférica à insulina.
A ação da insulina nos órgãos está dificultada, com isso, se mantem os altos níveis de glicose plasmáticos, o que leva ao aumento da produção de insulina (hiperinsulinismo) para tentar manter a glicose em níveis normais. Se instalando assim o quadro de diabetes.
Resistencia Periférica a Insulina
É o fator fisiopatológico inicial do desenvolvimento do DM 2.
Constitui em um processo gradual, na qual, se precisa cada vez mais, de valores maiores de insulina com intuito de sensibilizar as células a receberem a glicose.
Causas: acúmulo de gordura visceral, sedentarismo, redução da função mitocondrial relacionada ao envelhecimento. Período de puberdade e gestação.
O que acontece: o sedentarismo, a obesidade (acúmulo de gordura) e outros fatores levam ao aumento dos ácidos graxos livres e de citocinas que causam toxicidade as células.
Essa toxicidade leva a destruição de canais de GLUT4 na superfície celular, resultando em menor ação da insulina (resistência) e menor entrada de glicose no citoplasma.
Fadiga
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