Treinamento resistido em indivíduos que possuem diabetes mellitus tipo 2
Por: Dariel Maia • 25/6/2017 • Trabalho acadêmico • 2.029 Palavras (9 Páginas) • 735 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ – UNIOESTE CAMPUS MARECHAL CÂNDIDO RONDON CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO Treinamento resistido em indivíduos que possuem diabetes mellitus tipo 2 Dariel Fernando Maia Rosso MARECHAL CÂNDIDO RONDON 2016 SUMÁRIO 1- INTRODUÇÃO.........................................................................3 2- OBJETIVOS.............................................................................4 3- JUSTIFICATIVA.......................................................................5 4- REVISÃO TEÓRICA................................................................6 5- METODOLOGIA......................................................................9 6- BIBLIOGRAFIA.........................................................................10 Introdução Entende-se que o diabetes mellitus tipo 2 caracteriza-se por resistência a insulina, que está relacionado a uma má nutrição, grande parte das vezes por excesso de carboidratos na vida dos indivíduos e pela inatividade física (sedentarismo), onde isso em longo prazo pode tornar o individuo resistente a insulina, ou seja, ter que fazer o uso de insulina de forma exógena, de certa forma isso não torna o individuo dependente em vista comparado com o diabetes mellitus tipo 1 onde a mesma é uma doença patológica.(Pollock,2009). Na literatura são citadas diferentes definições para a patologia Diabetes Mellitus. A mais abrangente delas considera o diabetes mellitus como uma doença proveniente da incapacidade do pâncreas em secretar insulina (hormônio responsável pelo transporte de glicose da corrente sanguínea para as células). Essa incapacidade pode ser causada por degeneração ou inativação das células beta das ilhotas de Langherans(estrutura responsável pela produção de insulina no pâncreas), embora alguns dos mecanismo básicos desses efeitos ainda seja desconhecido(Guyton, 1993). Alguns dados estatísticos apontam que no Brasil há cerca de 9,1 milhões de pessoas com diagnósticos de diabetes e que no período de 1995 a 2025 a tendência de haver um aumento aproximadamente 170% na prevalência dessa patologia. (dados IBGE, 2013).Estudos elaborados com diabéticos e exercício físico têm fornecido evidências de que os exercícios aeróbios promovem vários efeitos benéficos a saúde do portador de diabetes mellitus, destacando benefícios cardiovasculares e melhores índices glicêmicos. (Antônio e colaboradores),porém existe uma outra forma de treinamento para diabéticos que ainda é pouco investigada que seria o treinamento resistido visando o aumento da massa muscular e melhora na utilização da glicose. Objetivo Geral Investigar a grande importância do exercício físico para os portadores de diabetes mellitus tipo 2. Objetivo especifico Levantar evidências que comprovem seus reais benefícios para os portadores de diabetes. Analisar os efeitos da prática de exercícios resistido na prevenção em diabéticos. Analisar os efeitos treinamento de força no controle do diabetes. Compreender os tipos de diabetes e suas diferenças. Justificativa Através dos resultados verificar se há alguma diferença entre um treinamento resistido(anaeróbio) e treinamento aeróbio, descobrir qual seria mais adequado no objetivo do controle e prevenção do diabetes ,no melhoramento na sensibilidade a insulina e deixando em evidencia a individualidade biológica. Revisão Teórica DIABETES MELLITUS Segundo Forbes e Jackson, diabetes se classifica em dois termos, Diabetes mellitus insulino-dependente (DMID ou tipo 1) e Diabetes mellitus não insulino-dependente (DMNID ou tipo 2), que serão explicados com maior ênfase no segundo tipo. O diabetes mellitus dependente de insulina (DMID) ou diabetes tipo 1, deve-se à deficiência de insulina causada pela destruição autoimune das células beta das ilhotas de Langerhans, enquanto as células alfa (responsável pela produção do hormônio glucagon no pâncreas) permanecem intactas (Ganong e Cosendey, 2000). Os diabéticos do tipo 1 não produzem insulina suficiente, são dependentes de insulina exógena (injetável) para manutenção da glicemia dentro dos limites da normalidade. O diabetes tipo 1 ocorre com mais freqüência na juventude e representa 10% da população diabética (Powers e Howley, 2010). A segunda forma comum, o diabetes mellitus não dependente de insulina (DMNID) ou diabetes tipo 2, caracteriza-se por resistência a insulina e comprometimento de sua secreção. O diabetes tipo 2 ocorre mais tardiamente do que o tipo 1, geralmente após os 40 anos de idade e representa cerca de 90% da população diabética, estando relacionado sobretudo à obesidade visceral. O aumento de massa de tecido gorduroso acarreta uma resistência à insulina, a qual por sua vez encontra-se em quantidades adequadas no organismo. No entanto, alguns diabéticos tipo 2 podem necessitar de insulina injetável ou de uma medicação oral que estimule o pâncreas a produzir insulina adicional (Powers e Howley, 2010). Fatores de risco Segundo McArdle e Katch, 2003, afirmam que, o Diabetes do tipo 2 está relacionado a três fatores: a incapacidade do corpo para responder de maneira adequada as funções da insulina, uma secreção anormal de insulina e altas concentrações plasmáticas de insulina O diabetes apresenta uma serie de complicações ao portador, essas complicações entende-se como fatores de risco da doença, dentre as principais, as mais comuns são hiperglicemia que seria o acumulo excessivo de glicose no sangue, com a hiperglicemia prolongada trará ao portador de diabetes mellitus, tanto tipo 1 quanto tipo 2 complicações macroangiopatias e microangiopatias O indivíduo que possui Diabetes do tipo 2 pode vir a ter algumas complicações crônicas como: macroangiopatias (grande inflamação nos vasos sanguíneos), retinopatia (afecção da retina), nefropatia (afecção dos rins) e neuropatias (afecção do sistema nervoso, central e periférico). A morbidade e a mortalidade do Diabetes do tipo 2 decorrem principalmente das macroangiopatias e suas manifestações como doenças coronarianas, acidente vascular cerebral e insuficiência vascular cerebral (Gomes e colaboradores, 2009). O surgimento destas complicações está diretamente relacionado com o controle glicêmico inadequado. Além da hiperglicemia um outro fator de risco que merece muita atenção é a cetose diabética, que resulta na produção excessiva de corpos cetônicos que são ácidos graxos de cadeia curta solúveis em água, fáceis de serem absorvidos pelo organismo. Quando a velocidade de formação dos corpos cetônicos
...