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A DEFICIÊNCIA VISUAL

Por:   •  26/6/2019  •  Resenha  •  1.607 Palavras (7 Páginas)  •  394 Visualizações

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        Claretiano – Centro Universitário

         Curso – Educação Física Bacharelado

        

        TRABALHO DOMICILIAR

TEMA: DEFICIÊNCIA VISUAL.

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Nome: Isabela Dias Oliveira

RA: 8013488

        CONCEITO

          A deficiência visual é caracterizada pela perda parcial ou total da capacidade visual, em ambos os olhos, avaliada após a melhor correção ótica ou cirúrgica, levando o indivíduo a uma limitação em seu desempenho habitual. A simples utilização de óculos ou lentes de contato não é suficiente para caracterizar a deficiência visual, pois a prescrição de correção ótica adequada pode conferir ao indivíduo uma condição visual ideal ou muito próxima da normalidade. Todavia, mesmo utilizando recursos óticos especiais e passando por intervenção cirúrgica, alguns indivíduos continuam com a capacidade visual severamente comprometida, sendo consideradas pessoas com deficiência visual.

Para que uma pessoa seja considerada com deficiência visual, é necessário que a perda visual comprometa os dois olhos e que, mesmo após passar por correção ótica ou cirúrgica, o melhor olho tenha menos de 30 % da visão.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico da deficiência visual é realizado pelo médico oftalmologista, com base em algumas funções visuais, dentre as quais podem ser destacadas: acuidade visual, campo visual, binocularidade, sensibilidade à luz e ao contraste e visão para cores. Algumas das funções visuais aqui descritas são utilizadas, também, como referência para os diferentes tipos de diagnósticos da deficiência visual, como a acuidade visual e o campo visual, por serem medidas quantitativas e padronizadas.

Às vezes, cria-se uma aura em torno da questão da deficiência que ofusca a visão da pessoa que está por detrás dela, dificultando a percepção de seus reais interesses e necessidades. Num primeiro contato, é importante conversar com o indivíduo em questão e ouvi-lo abertamente, sem “pré-julgamentos”. Um bom diálogo com esse indivíduo poderá trazer muitas informações importantes, como conhecer suas expectativas, preferências, dificuldades etc. Essa conversa inicial deve ser acompanhada e complementada por outras informações também importantes, previamente obtidas com a família e/ou por meio de relatórios médicos, sobre cuidados especiais, orientações quanto ao uso de medicamentos, e assim por diante. Ao buscar as características de pessoas com deficiência na literatura especializada, é comum encontrarmos referências como “As pessoas com deficiência intelectual apresentam atraso no desenvolvimento neuropsicomotor [...]” ou “As pessoas com deficiência visual apresentam problemas posturais e dificuldades de equilíbrio [...]”, que dizem respeito à descrição dos problemas, dificuldades ou aquilo que o indivíduo não consegue realizar. Ao invés de estabelecer generalizações pautadas na incapacidade e nas dificuldades das pessoas com deficiência, é preferível que o professor de Educação Física direcione seu olhar para as possibilidades desses indivíduos.

CLASSIFICAÇÃO ESPORTIVA

        A classificação esportiva tem como finalidade agrupar as pessoas com deficiência visual em categorias, com base na qualidade da visão remanescente. O emprego da letra “B” nas subcategorias refere-se ao termo “blind”, cuja tradução em português significa “cego”.

ORIENTAÇÃO PARA MOBILIDADE

        A orientação e a mobilidade podem ser definidas como um conjunto de capacidades e técnicas específicas que permitem à pessoa com deficiência visual conhecer-se, relacionar-se e deslocar-se com independência. Entende-se por orientação o processo do uso dos sentidos para reconhecer e estabelecer sua posição em relação ao meio e a seu redor; por sua vez, mobilidade é o movimento realizado com segurança e eficiência por meio do emprego de técnicas apropriadas de exploração e proteção. Nos primeiros anos de vida, os pais são os principais mediadores dessas noções na criança com deficiência visual, e, ao começar a frequentar a escola, novas técnicas poderão ser introduzidas gradativamente, passando a fazer parte de seu dia a dia. De acordo com Lora (2003), nessa fase, o mediador mais direto passa a ser o professor especializado, que, em parceria com os pais e demais professores, deve ajudar a criança a construir as bases necessárias para sua independência.

As principais técnicas são: autoproteção, locomoção com guia vidente (ou método dependente de locomoção), locomoção independente (com o uso de bengala longa e emprego das técnicas de Hoover) e cão-guia. As pessoas cegas obtêm muitas informações para sua orientação pelas mãos, tocando os objetos e transformando-os em pontos de referência. A bengala longa, por exemplo, nas técnicas de Hoover, transforma-se em extensão do dedo indicador para sondar tatilmente a superfície. Os pés percebem pontos de referência quando pisam diferentes tipos de texturas, como a grama, pedregulhos, lajotas, areia, asfalto e outros. Assim, essas pessoas podem conquistar total independência e autonomia em sua orientação e mobilidade.

CUIDADOS

É importante dirigir-se ao aluno com deficiência visual chamando-o sempre pelo nome, pois, além da aproximação na relação professor-aluno, esse cuidado é fundamental para a segurança do educando, uma vez que as pessoas cegas não podem ver para onde ou para quem o olhar do professor está voltado. O professor deve procurar antecipar verbalmente suas ações para não surpreender ou assustar o aluno. Caso seja necessário tocá-lo durante a explicação de um movimento ou em qualquer outra circunstância, é importante avisá-lo antes, para que o aluno esteja prevenido.

Antes do início das atividades, é necessário proceder a um reconhecimento do espaço físico onde se pretende trabalhar, tanto por parte dos alunos como por parte do professor, a quem caberá o papel de chamar a atenção para as referências mais marcantes. Com relação à distribuição e ao posicionamento dos alunos pelo espaço físico, é interessante intercalar pessoas com e sem deficiência visual ou, ainda, pessoas cegas e com baixa visão, o que favorece a interação e a participação de todos em uma atividade comum. Inicialmente, ou até que os alunos possuam um razoável domínio na relação corpo-espaço, é aconselhável trabalhar em círculo, fileiras ou colunas.

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