A Negligência, Imprudência e Imperícia
Por: Emy Karla Rodrigues Silva • 21/8/2024 • Trabalho acadêmico • 564 Palavras (3 Páginas) • 45 Visualizações
A negligência é a falha em agir ou a falta de cuidado de forma proposital. Implica a falta de diligência, passividade e inércia, também pode significar a falta de reflexão intencional sobre uma determinada circunstância. Os principais fatores a serem considerados para determinar se a conduta da pessoa carece de cuidados razoáveis são a probabilidade previsível de que a conduta da pessoa resultará em dano, a gravidade previsível de qualquer dano que possa ocorrer e o ônus das precauções para eliminar ou reduzir o risco de dano. A conduta negligente pode consistir em ato ou omissão de agir quando há o dever de fazê-lo (CARBONI; REPPETTO; NOGUEIRA, 2018).
A imprudência é uma ofensa muito mais grave, e se caracteriza quando alguém deliberadamente se envolve em um comportamento perigoso, sabendo que é perigoso e pode ferir alguém ou causar algum dano. Há um desrespeito intencional de pessoas e propriedades e uma vontade de assumir esse comportamento arriscado. As sementes da negligência são plantadas na imprudência. A imprudência não ocorre sem um estado de espírito negligente por parte do profissional. A principal diferença aqui, há um nível extra de comportamento perigoso. Já a imperícia, se entende como a falta de habilidade ou conhecimento específico para o desenvolvimento de uma atividade técnica ou científica. Nesse caso, o indivíduo não considera o que sabe ou deveria saber e age sem a capacidade de desenvolvê-lo (POLAKIEWICZ et al., 2022).
Na situação problema apresentada, o enfermeiro assumiu duas condutas que se enquadram no conceito de negligência e imprudência. Ao medicar a paciente, sem comunica-la, o enfermeiro foi imprudente, pois assumiu um comportamento perigoso e arriscado em relação a paciente, visto a possibilidade da mesma possuir uma alergia ao medicamento administrado, como foi o caso apresentado. Ou seja, mesmo que talvez tivesse agido com uma boa intenção de não incomodar a paciente, acordando-a, visto o pós operatório, ele assumiu a possibilidade do dano ao não fazê-lo. Outra situação, que se caracterizou como negligente, foi o mesmo não ter checado a pulseira de identificação da paciente, que é um instrumento auxiliar na identificação da paciente e que deve ser utilizado em diversas situações, principalmente para administração de medicamentos. Ele também, agiu com diligência e falta de atenção em não conferir de forma atenciosa as prescrições, visto que havia duas pacientes no mesmo quarto. O enfermeiro em questão não tomou os cuidados básicos e razoáveis para minimizar ou evitar o dano, sendo caracterizado assim, a negligência. A equipe de enfermagem está na linha de frente do atendimento aos pacientes. Cabe à equipe de enfermagem atentar-se tanto na prevenção quanto na detecção de erros para que possa prestar um atendimento adequado aos seus usuários (OLIVEIRA; GALLON, 2022).
Referências
CARBONI, Rosadélia Malheiros; REPPETTO, Maria Ângela; NOGUEIRA, Valnice de Oliveira. Erros no exercício da enfermagem que caracterizam imperícia, imprudência e negligência: uma revisão bibliográfica. Rev Paul Enferm, v. 29, n. 1/3, p. 100-7, 2018. Disponivel em: chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://docs.bvsalud.org/biblioref/2019/02/970768/repen_2018_v29n1-2-3_a10.pdf Acesso em: 11 out. 2022
OLIVEIRA, Keitty Luana de; GALLON, Tiago. Percepção da equipe de enfermagem frente aos riscos de erros na administração de medicação. 2022. Disponível em: http://repositorio.unifafibe.com.br:8080/xmlui/handle/123456789/593 Acesso em: 11 out. 2022
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