Aceitação da imagem corporal
Por: larissalicorini • 7/5/2015 • Relatório de pesquisa • 10.259 Palavras (42 Páginas) • 1.953 Visualizações
RESUMO
Apesar da existência da diversidade humana e corporal, a busca desfreada por
atingir um único padrão de beleza corporal difundido pela mídia e considerado
“perfeito” é muito evidente, o que se confirma pelo alto índice de pessoas em busca
de mudanças corporais, por meio de regimes, cirurgias, frequência em excesso em
academias e idealização do corpo de artistas. Isso faz com que muitas pessoas
consideradas em condições normais de acordo com os dados do IMC, sintam
insatisfeitos com seu corpo por se espelharem em padrões de corpo estereotipados
e artificiais. Fundamentado em Ludorf (2009), Gonçalves (1994), Medina (1983) e
Foucault (1999). O presente trabalho que surgiu da problemática: A autoimagem
influencia a aceitação da pessoa no ambiente em que vive? Tem como objeto de
pesquisa a aceitação da imagem corporal em estudantes do 4° e 9° ano do Distrito
de Congonhas, Cornélio Procópio, PR, e comoobjetivo geral compreender o
constructo da imagem corporal que leva a busca desenfreada pelo corpo “perfeito”.
Os objetivos específicos são: caracterizar o corpo em cada período Histórico,
Analisar a influência da mídia sobre a imagem corporal, Coletar dados referentes ao
conceito de corpo dos alunos, confrontando-os, com a atuação da mídia na difusão
da imagem corporal e estimular uma reflexão crítica sobre a aceitação corporal. A
metodologia adotada é a pesquisa de levantamento de dados com abordagem
quantitativa e qualitativa. Os resultados sugerem a necessidade de maior
mobilização por parte dos responsáveis pelos estudantes e professores de
Educação Física, no sentido de conhecer melhor os estudantes e desempenhar em
desenvolver um trabalho de discussão e conscientização sobre os estereótipos de
corpo, mídia, aceitação corporal e corpo saudável.
Palavra-chave: Corpo. Educação Física. Autoimagem. Mídia.
12
CASTILHO, C. L; OLIVEIRA, M. C. ACCEPTANCE OF BODY IMAGE IN
STUDENTS 4 ° E 9th YEAR DISTRICT CONGONHAS, CORNELIO PROCÓPIO,
PR. 64 f. Course Work Degree in Physical Education - Faculty of Education Superior
Don Bosco, Cornelio Procópio (PR), 2013.
ABSTRACT
In spite of the bodily and human diversity, the unrestrained search to acquire a
perfect bodily beauty standard, spread by media, is evident. It is confirmed by the
high index of people looking for body changes through diets, surgeries, excessive
gym attendance and idealization of artists’ body. This situation makes many people,
considered in normal conditions according to IMC criteria feel unhappy with their
bodies due to mirroring themselves in a stereotyped andartificial body.
Based on (2009), Gonçalves (1994), Medina (1983) and Foucault (1999), this paper
arose from Mathematics. Does the self image influence one’s acceptance in the living
environment? Its search object is the Congonhas District Cornélio Procópio Pr 4 th to
9th grade students’ acceptance of bodily image. The general objective is to
understand the construction of bodily image that leads to the uncontrolled searching
for a perfect body. The specific objectives are: to characterize the body in every
historical age; to analyze the media influence on the bodily image; to gather data on
the students’ body concept influenced by media dissemination of body image and to
instigate a critical reflection on body acceptance.
The adopted methodology is the data gathering search with qualitative and
quantitative approaches. The results suggest a need for a higher mobilization as far
as teachers and people in charge of students are concerned. They have to get to
know the students and develop a discussion work about the body stereotypes,
media, body acceptance and a healthy body.
Key words: Body. Physical Education. Self Image. Media.
13
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
GRÁFICO 1- FAIXA ETÁRIA.....................................................................................28
GRÁFICO 2 – ESCOLARIDADE DO RESPONSÁVEL..............................................29
GRÁFICO 3- SATISFAÇÃO CORPORA....................................................................30
GRÁFICO 4- IMC DOS ESTUDANTES....................................................................31
GRÁFICO 5- ACEITAÇÃOCORPORAL....................................................................33
GRÁFICO 6- DESEJO DE TER CORPO DE ARTISTA.............................................36
TABELA 1- PERFIL DE CORPO APONTADO PELOS ALUNOS.............................37
14
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................12
2 RELATOS HISTÓRICOS SOBRE O CORPO........................................................14
3 MÍDIA – CONSTRUÇÃO OU DESCONSTRUÇÃO DO CORPO...........................20
4 ENCAMINHAMENTO METODOLOGICO..............................................................26
4.1 PARTICIPANTES.................................................................................................27
4.2 INSTRUMENTOS.................................................................................................27
4.3 PROCEDIMENTOS PARA COLETA DE DADOS................................................27
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES............................................................................29
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................39
REFERÊNCIAS..........................................................................................................42
APÊNDICES...............................................................................................................45
APÊNCICE A..............................................................................................................46
APÊNDICE B..............................................................................................................48
APÊNDICEC..............................................................................................................50
APÊNDICE D..............................................................................................................52
APÊNDICE E..............................................................................................................54
ANEXOS....................................................................................................................57
15
ANEXO A....................................................................................................................58
ANEXO B....................................................................................................................62
16
1 INTRODUÇÃO
O corpo está no centro das discussões políticas e preocupações econômicas
da sociedade moderna. O que, consequentemente, tem tornado alvo das atenções
mediáticas, e motivo de discussão de estudiosos do corpo. Pois na sociedade
contemporânea é possível averiguar que a crescente idealização de modelos
corporais vendido pela mídia, tem levado as pessoas, cometerem atitudes
exageradas em prol da busca por um corpo isento de gordura, belo e sedutor,
estereotipado pelos suportes midiáticos de forma oculta na imagem do artista. O que
faz que a busca pelo corpo perfeito, ultrapasse os limites do próprio corpo.
A Educação Física, que tem o papel de conscientizar e ajudar a melhorar a
qualidade de vida a partir do despertar de novos olhares sobre o ser humano e suas
culturas, na abordagem sobre o corpo e imagem corporal, tem buscado desenvolver
um trabalho interdisciplinar que contribua para a superação daconcepção
fragmentada de que apenas o corpo em “boa” forma seja considerado, a melhor
parte do indivíduo e por isso faz dele, livre para frequentar todos os lugares e ser
apreciado, enquanto que o corpo que não está em boa forma, seja considerado um
simples corpo, e consequentemente um incômodo a ser carregado pelo indivíduo,
como uma mala pesada, que é necessário ser carregada, ainda que a vontade maior
seja de escondê-la e eliminá-la (SANT’ANNA, 2001).
A humanidade do homem se confunde com a sua corporeidade, a Educação
Física, neste aspecto, tem o objetivo dar o suporte básico ao ser humano, ao
ensinar-lhe, e ajudar a sentir e viver sua corporeidade (SANTIN, 1987).
È nesse sentido que ao deparar com uma realidade, na qual é abordado de
forma excessiva sobre o corpo perfeito que surgiram questionamentos como: quais
as concepções de corpo construídas na história? Como a mídia atua nessa
concepção de imagem corporal? A imagem corporal influencia na aceitação da
pessoa no ambiente em que vive? E como o profissional de Educação Física deve
intervir para uma possível autoaceitação corporal? São essas as questões que
nortearam este estudo, que tem como problema de pesquisa responder ao seguinte
questionamento: “A autoimagem influencia na aceitação da pessoa no ambiente em
que vive?”.
17
Essa pesquisa teve como objetivo geral: compreender o constructo da
imagem corporal que leva a busca desenfreada pelo corpo perfeito. E como
específicos: caracterizar o corpo em cada período Histórico, Analisar a influência da
mídia sobre a imagem corporal; coletar dados referentes ao conceito de corpo dos
alunos, confrontando-os, com a atuação damídia na difusão da imagem corporal;
estimular uma reflexão crítica sobre a aceitação corporal.
Este estudo se justifica pelo fato de que apesar da existência da diversidade
humana e corporal, existe uma busca desfreada por atingir um único padrão de
beleza corporal difundido pela mídia, considerado “perfeito”, o que se confirma pelo
alto índice de pessoas em busca de mudanças corporais, por meio de regimes,
cirurgias, frequência em excesso em academias e idealização do corpo de artistas.
O que faz com que muitas pessoas mesmo possuindo corpos considerados de
acordo com os padrões estéticos normais de acordo com os dados do Índice de
Massa Corpórea (IMC), sintam insatisfeitos por se referenciar em padrões de corpo
estereotipados e artificiais que são difundidos pela mídia.
A metodologia que foi adotada é a da pesquisa de campo, com abordagem
qualitativo/quantitativo-descritiva, de natureza aplicada.
Após esta breve introdução, apresenta-se na sequencia o referencial teórico,
com relatos históricos sobre o corpo, junto à discussão dos vestígios deixados para
os tempos atuais e o papel da mídia na construção e desconstrução do corpo. Em
seguida, são apresentadas as análises do estudo de campo realizado. Depois a
metodologia e as considerações finais.
18
2 RELATOS HISTÓRICOS SOBRE O CORPO
Esta primeira seção aborda como o corpo se fez presente em diferentes
momentos históricos, a influência da cultura sobre ele e como pode ser
caracterizado pela sociedade contemporânea.
No decorrer da história, o corpo é estudado pelas mais diversas áreas como:
Medicina, Religião, Arte, Ciência, Filosofia, Educação e na Educação Física pelosmovimentos e práticas corporais, considerando suas perspectivas em diferentes
pontos. As concepções de corpo estão ligadas a cada época em que este perpassa,
sendo, algumas vezes valorizado e outras vezes ridicularizado ou nem lembrado. O
corpo sempre foi utilizado como meio de trabalho, mais em outras épocas,
apresentava a visão do corpo como um atrativo para o pecado, aparência à
civilização das formas, tornou-se objeto para a sociedade em busca de um corpo
perfeito. A partir desse contexto de supervalorização da aparência começou a surgir
problemas cada vez mais agravantes para a saúde, como as cirurgias, os
medicamentos, as dietas rigorosas, entre outros com a finalidade de buscar um
corpo belo, forte, exuberante e sedutor considerado como perfeito no período
contemporâneo (LUDORF, 2009).
Tudo começou na era primitiva quando o Homo Sapiens1 já se diferenciava
dos outros seres com algumas características específicas, como: a linguagem,
técnicas aprimoradas de sobrevivência e o controle do seu território utilizando-se da
sua força, velocidade e resistência para conseguir alimentação e proteger sua
família. Nessa época a fala não era desenvolvida ainda se utilizavam das danças e
gestos para se comunicarem, todas as atividades humanas dependiam do corpo
sendo utilizado como trabalho (GONÇALVES, 1994).
Embora atualmente, o corpo humano continue sendo utilizado para garantir o
sustento, as condições de trabalho violam sistematicamente as condições humanas.
1
Homo Sapiens: hominídeo (do qual descendem os homens da sociedade atual, pelo processo
evolutivo), que viveu no período de 300 a 125 mil anos passados. Com capacidade cranianade 1 050
cm³, e que possuía como suas principais características: o bipedismo e o desenvolvimento da
técnica, da cultura e da linguagem (PETTA; OJEDA, 1999).
19
O corpo é a principal mão de obra dos que não detém o capital, inserido em um
mundo voltado para as relações sociais, políticas, culturais e econômicas.
Por volta de 1500, o corpo era designado ao trabalho, conforme relata Medina
(1994) quando os portugueses chegaram ao Brasil o nomadismo é quebrado com as
novas técnicas agrícolas e pecuárias diminuindo a produção em relação ao
consumo, o homem encontra uma saída capaz de libertá-lo do trabalho, instituindo a
escravidão. Esses produziam muito e consumiam pouco, era o que os portugueses
precisavam para ter lucros. Não existiam momentos de diversão.
Com o passar do tempo, à produção começou a diminuir, os escravos já não
rendiam como antes, a solução para estabelecer o equilíbrio foi estimular. Surge
então, o regime de servidão, em que o homem é metade escravo, metade livre,
auferindo parte do que produz. Mesmo assim o corpo continua sendo explorado
como fonte de trabalho (MEDINA, 1994).
Nesse sentido, Foucault (1999, p. 80) em seus estudos sobre corpos
disciplinados relata que:
O controle da sociedade sobre os indivíduos não se opera simplesmente
pela consciência ou pela ideologia, mas começa no corpo, com o corpo. Foi
no biológico, no somático, no corporal que, antes de tudo, investiu a
sociedade capitalista. O corpo é uma realidade bio-política.
Como afirma Foucault (1999) ao mesmo tempo em que se passou a
conhecer, descobrir mais sobre o corpo ele passa a ser disciplinado, controlado pela
sociedadecapitalista, ou seja, manipulado, modelado, treinado para exercer rotinas
de trabalhos desgastantes. O corpo sempre foi visado para produzir, render ou
lucrar, desde a antiguidade até os dias de hoje o corpo continua sendo excluído,
inibido de expressar seus sentimentos. O corpo,
[...] atravessa uma manipulação calculada de todos seus elementos, gestos
e comportamentos numa relação que no mesmo mecanismo torna o corpo
mais obediente, quanto mais útil e mais útil quanto mais obediente. Essa
coerção disciplinar acentua a dominação no sentido político da obediência
ao mesmo tempo em que aumenta a aptidão do humano em termos
econômicos de utilidade (FOUCAULT, 1989, p.127).
20
Com o Cristianismo, assiste-se a uma nova percepção de corpo, a presença
da instituição religiosa inibiu avanços tanto na Filosofia quanto na Ciência, além de
submeter o corpo a pesadas regras morais restringindo qualquer manifestação mais
criativa. O cristianismo dominou durante a Idade Média, influenciando, portanto, as
noções e vivências de corpo da época. Um dos maiores senhores feudais era a
Igreja Católica que viu seu poder aumentar a partir do século XII, quando as
doações ofertadas pela nobreza aumentaram em função da prosperidade do sistema
feudal. Os nobres acreditavam que quanto maiores e melhores as doações, melhor
seria o seu tratamento após a morte. A Igreja influenciava nos costumes, culturas e
tradições, inclusive o corpo considerado pecaminoso, começando-se a delinear a
separação de corpo e alma.
Nesse mesmo período em que se formou a Europa cristã, foi o tempo da
Igreja e do Cristianismo agregada a mensagem cristã como alicerce espiritualinfluenciando as noções de vivências da época em que,
(...) o bem da alma estava acima dos desejos e prazeres da carne.
Imaginava-se o corpo culpado, perverso, necessitado de purificação, o que
incentivava indivíduos a submetê-lo a autoflagelações, apedrejamentos e
execuções em praça pública. Entretanto, contrariamente ao que foi dito, o
corpo poderia ser também encarado como uma fonte de salvação da alma,
assumindo, então, outra função. Podemos dizer que o corpo, nesse período
histórico, passa a ser, ao mesmo tempo, tanto responsável pelo pecado,
como responsável pela redenção (MARROUN; VIEIRA, 2008, p. 174-175).
Como aponta Pereira (1988), a preocupação estética e a cultura física eram
contra os dogmas da Igreja, ou seja, Deus era o centro de todas as coisas, a Igreja
influenciava de maneira muito forte no comportamento das pessoas no campo
moral, nos relacionamentos interpessoais, na vida familiar e na forma de pensar e
vestir. Havia um dualismo entre o corpo, visto como pecaminoso, e a alma destinada
à salvação.
Ainda nos dias atuais, a Igreja apresenta paradigmas sobre o corpo,
influenciando nas concepções de certo e de errado na sociedade. As imposições
colocadas pela Igreja reprimem certos comportamentos como penitências, jejuns,
sexo só depois do casamento, induzindo o cristão sempre buscar a santidade,
21
mostrando o corpo como templo do espírito santo encarnado por Deus levando a
cuidar muito bem desse corpo para que viva em condições divinas.
Foi um período em que pouco se fez para o ser humano, oprimidos e
explorados, os servos representavam muito pouco para os seus senhores, muitas
vezes tinha menos direito que osanimais (OLIVEIRA, 2006).
Nesse período da Idade Medieval, os principais pensadores foram Santo
Agostinho e São Tomás de Aquino. Santo Agostinho acreditava que o corpo era
pecaminoso por intermédio de castigos físicos poderia ser purificado, levava consigo
a mesma vertente do Cristianismo, sendo crucial no desenvolvimento da filosofia
cristã nesse período. Já São Tomás de Aquino interpretava o corpo como
fundamental no processo de construção do conhecimento, ou seja, ele não
interpretava o corpo como fonte de pecado, muito menos como motivo de
degradação do homem. Para Gonçalves (2007, p.46):
O homem, para São Tomás, é uma unidade substancial de alma e corpo. É
o homem que, como unidade, possui dois princípios: o corpo e a alma.
Temos em São Tomás, a afirmação mais veemente da união corpo e alma,
estando o corpo presente na própria constituição da pessoa.
Com o fim da Idade Medieval, final do século XV, o corpo quebra muitos
paradigmas e deixa ser considerado como intocável e algo sagrado, começa a ser
manipulado e controlado conforme a crença de cada um.
A partir do Renascimento, período que compreende os séculos XV a XVII,
houve uma mudança no modo de pensar Medieval para uma nova percepção do
homem, iniciando a libertação dos vínculos da Igreja, surge uma nova concepção do
mundo e do homem, havendo um redescobrimento da individualidade, do espírito
crítico e da liberdade do ser humano adquirindo um sentido menos religioso, mais
civil e disciplinado. Esse humanismo renascente voltou a valorizar o belo resgatando
a importância do corpo. A Educação Física torna a ser assunto dos intelectuais,
numa tentativa de reintegração dofísico e do estético. A preocupação humana está
ligada ao prazer, o papel do homem muda, ele se vê como dono da verdade sendo o
centro de tudo (OLIVEIRA, 2006).
22
Segundo Marroun e Vieira (2008) nesse mesmo período renascentista, é um
momento de muitas manifestações, lutas contra os dogmas religiosos e as
autoridades
imposta,
colocando
o
homem
no
centro
das
decisões
e,
consequentemente, responsabilizando-o por seu próprio destino. O corpo nu
aparece como destaque referente à Arte por pintores como Michelangelo, Da Vinci,
entre outros. Com o avanço da anatomia, fisiologia começa estabelecer uma
compreensão ampla do corpo valorizando o pensamento científico e o estudo
corporal o que o afastava ainda mais da antiga visão religiosa. A Partir daí, o homem
considera a razão como:
[...] único instrumento válido de conhecimento, distanciando-se de seu
corpo, visualizando-o como um objeto que deve ser disciplinado e
controlado. Fragmentado em inúmeras ciências, o corpo passou a ser um
objeto submetido ao controle e à manipulação científica. (GONÇALVES,
2007; p. 20).
A partir dessas transformações, mudança no modo de pensar, a Idade
Moderna continua seu caminho, trilhando ao longo dos 400 anos que separam o
renascimento dos tempos contemporâneos. O século XXI se torna um cenário de
uma série de transformações nas sociedades ocidentais. A tecnologia por meio da
informação, a ciência transformou o modo de pensar, produzir, consumir, comunicar
e, consequentemente, alterou o modo de viver da sociedade. Presenciou-se
mudanças sociopolíticas, econômicas a refletir no imaginário corporal influenciando
osujeito pós-moderno. Em consequência disso às pessoas começou adequar-se
aos padrões de beleza da contemporaneidade, visando uma “perfeição” física
praticamente inalcançável. Todos desejam continuarem belos jovens e atraentes
levando investir na imagem corporal esteticamente “perfeita” (MARROUN, VIEIRA,
2008).
Ao relatar os diferentes momentos históricos evidencia a relevância de indicar
que a felicidade almejada passa, substancialmente, pela condição corporal das
pessoas. O corpo físico bonito, jovem e atraente virou um requisito de sobrevivência,
uma espécie de obrigação a ser cumprida. O corpo em todo período histórico foi
adestrado, disciplinado, controlado, negado. Por isso é necessário compreender o
23
movimento humano para além da imagem corporal esteticamente perfeita e criar
possibilidades de transformações na sociedade contemporânea. A partir desse
contexto, observa-se que cabe especialmente ao docente de Educação Física
desenvolver o corpo como potencial de humanização. Por essa razão, na próxima
seção, será abordado sobre a forte influência da mídia na construção e
desconstrução do corpo e a importância de trabalhar e desenvolver uma consciência
crítica na práxis pedagógica (MARROUN, VIEIRA, 2008).
24
3 MÍDIA: CONSTRUÇÃO OU DESCONSTRUÇÃO DO CORPO
Não diferente daquela época hoje os padrões estéticos impostos ao longo dos
tempos refletem os valores centrais do contexto cultural. Que faz com que,
atualmente, no momento em que se vive o advento das tecnologias, o corpo não
fique de fora.
A indústria cultural ao possibilitar a multiplicação de recursos e formas de
mudar a aparência física, como a necessidade de seter, um corpo “bonito”, jovem,
malhado, tornou-se a identidade da sociedade contemporânea. O padrão dominador
cria necessidades de consumo para uma determinada estética.
E é a partir desse contexto que a mídia revela seu poder de persuasão,
quando tanto homens quanto mulheres estão à procura de academias,
suplementações alimentar, cirurgias plásticas e outros, para se alinhar nos modelos
vinculados por ela.
Esse modelo isento de gordura, passa a ser o único a ser aceitável pela
sociedade. A importância e a preocupação, com a saúde, bem como as futuras
consequências que a comprometem para se atingir a beleza tão sonhada, se tornam
questões de segundo plano.
A constatação da incidência desses problemas advindas do desejo de se
enquadrar a aparência física, denominada “escultural”
2
evidencia a importância e a
necessidade do profissional de Educação Física fazer um trabalho diferenciado em
relação ao corpo, a corporeidade, expressão corporal e sua relação com a mídia e
seus padrões de beleza, que esta intervindo na busca desenfreada pela imagem
corporal, conforme explicita (PARANÁ, 2008).
É preciso que de modo sistematizado seja trabalhado no decorrer das aulas
de Educação Física, a desmitificação das perspectivas ingênuas sobre o corpo, que
2
Escultural: Concernente à escultura; Que tem formas perfeitas. (FERREIRA, 2000).
25
possibilita avaliar e discutir o exacerbado culto ao corpo, às consequências e os
riscos que a correções estéticas podem trazer.
E a partir de então conscientizar e estimular a buscar por hábitos saudáveis,
uma qualidade de vida que respeite os limites do corpo e as individualidades de
cadapessoa, e a partir de então possa contribuir para modificar essa visão
contemporânea de:
[...] possuir um corpo magro. Ao pensarmos que esse padrão é tido como
ideal, e que tempos atrás ser obeso era considerado mais belo, nos
sentimos estimuladas a refletir sobre como somos sujeitos de determinados
modelos de beleza física (RIBEIRO, 2009; p.72).
Porque é no contexto da contemporaneidade, da necessidade de expansão
do sistema econômico capitalista, que cria a mídia, como ferramenta de auxílio e
expansão em massa, dos estereótipos sociais, que levam ao consumismo contínuo
e aumento da circulação de lucros.
Assim, esses fatores presentes na totalidade social, impregnam modelos,
valores e normas sociais, que os indivíduos apropriam de forma involuntária e
inconsciente, quando não possuem conhecimentos suficientes para avaliar e criticar
o que vivenciam. Sem consciência da existência de todo o trabalho intencional, em
torno dos padrões sociais e falta de autonomia intelectual para rejeitar o que é
apresentado, os indivíduos incorporam sem questionar.
Frente a essas constatações, indaga-se: de onde vem essa busca de corpo
perfeito? Como superar a visão do padrão de beleza defendido/vendido pela mídia
em geral? Quais as consequências que essas questões podem submeter o corpo? A
importância do profissional de Educação Física diante essas constatações? No
esforço de esboçar respostas para essas questões, à intenção é colaborar com o
entendimento da temática possibilitando ao aluno a reflexão da supervalorização da
beleza, estética e consumos exagerados propagados pelos meios de comunicação,
como programas de TV, rádio, internet,revistas ou outros, estabelece padrões
estereotipados que o modernismo contemporâneo nos sujeita, como pessoas que
antes mesmo,
26
[...] de serem alfabetizadas pela escola, as crianças, sobretudo nos grandes
centros já foram alfabetizadas pelas marcas e pelos logos. Antes de
aprenderem direito a falar, elas começam a ler o mundo por meio dos
ícones do consumo (MOREIRA, 2003, p.1220).
Ao nascerem às pessoas já estão sendo influenciado indiretamente pelos
meios de comunicação, um exemplo disso são as roupas e acessório escolhido
pelas futuras mamães que procuram produtos de marcas famosas que esteja na
moda atual ao se preocupar com o belo estipulado e começando desde cedo a
buscar padrões estabelecidos pela sociedade influenciando a vida da criança antes
mesmo de nascer pelos ícones de consumo imposto pela mídia que propicia a
constituição de saberes a respeito desses elementos veiculando e formando
opiniões.
[...] As diversas modalidades enunciativas da mídia parecem afirmá-la não
só como veiculadora, mas como produtora de saberes e formas de
comunicar e produzir sujeitos, assumindo assim uma função reconhecida
como pedagógica. A mídia traceja, situa e opina, estimulando determinadas
formas de existência coletiva ou individual. Hoje existem diferentes formas
de educação, que vão além dos espaços escolares, como imagens que nos
são apresentadas diariamente e constituem nosso processo educativo
(RIBEIRO, 2009, p.72).
Pois se vive, numa era globalizada, na qual os meios de comunicação social
se faz presente em todos os aspectos da vida das pessoas, e devido ao trabalho,
correria do dia a dia das famílias e a falta de tempopara ficar com os filhos, que
consequentemente acarreta o não acompanhamento das atividades dos filhos, e as
crianças ficam a mercê dos programas de TV. Assim os indivíduos muito precoces
se tornem alvo da indústria cultural, que tem dominado os lares, que apresentandose como um meio educativo, a partir de informações incompletas, enganadoras ou
até falsas, contribui para que muito cedo crianças e jovens busquem atingir padrões,
modelos de personagens da vida figurativa ou fictícias, que descontextualizados da
realidade contribuem para despertar a violência e frustração pessoal, por não atingir
o padrão de beleza que na maioria das vezes é pregado como perfil coerente da
identidade social, que é o ser: alto, magro, musculoso, loiro e sensual. Sem
27
consciência se é bom ou ruim, ser alto e magro, o que é realmente bonito? Até que
ponto esses padrões podem se tornar objetivos de vida.
É justamente o consumo para a transformação do corpo, o alvo de maior
convencimento de investimento de capital por parte dos consumidores e ao mesmo
tempo, de preocupação social.
A preocupação social, nesse sentido, advém da constatação das mudanças,
que ocorrem quando a mídia propaga que a pessoa pode ser muito mais feliz
quando consome. Já que tudo pode ser mudado e conquistado, quando existe um
investimento financeiro que propicie a compra do que se quer obter: a cor dos olhos
pelo uso da lente de contato, a cor do cabelo pelo tingimento, o aparecimento de
músculos por meio de estímulos causados por medicação, exercícios, a mudança da
fisionomia da face por meio de cirurgias plásticas, o ato de emagrecer ou engordar
por meio de regimes, cirurgiase outros.
A aparência física dessa forma, conforme argumenta Abdala (2008), passa a
ser, parte da identificação do indivíduo, uma vez que as pessoas tendem a rotular
uns aos outros em um primeiro contato a partir de sua aparência física. Assim, os
que não estão de acordo com o padrão de beleza pré-estabelecido, são culpados,
pela sociedade ao mesmo tempo vitimas de violências e preconceitos, por não estar
em de acordo com esse padrão.
E então convencidos pela emoção e não pela razão, muitas pessoas
influenciadas pelas mensagens da mídia, incorporam como ideal de corpo aquele
propagado pelos suportes midiáticos, que de forma enganadora ou incompleta,
idealiza o jovem, malhado, como exuberante. E a partir de então, esses padrões,
levam homens e mulheres, crianças, adolescentes, adultos e idosos, em busca de
uma aparência física idealizada, e
se submetem a atitudes violentas com seu
próprio corpo, colocando a saúde e em alguns casos até a sua vida em risco, com
consumo exagerado de produtos químicos, uso de hormônios e esteroides
anabólicos, altos investimentos em academias, atividades físicas em excesso,
cirurgias plásticas de risco e hábitos alimentares incorretos que acarretam em
doenças como bulimia e anorexia, dentre outras, para atingir a sonhada beleza de
ter um corpo perfeito, que nunca se concretizará, perante a sociedade do
consumismo.
28
Partindo então da realidade de massificação social, por meio do padrão de
beleza divulgado pela mídia, no qual busca enquadrar, todas as pessoas ao sistema
de corpo “escultural”. Constata-se assim a importância e a necessidade de trabalhar
a questão do corpo, na sociedadecontemporânea, principalmente dentro das
instituições escolares.
A partir dessa contextualização se verifica, a importância da intervenção de
profissionais, na educação como o professor de Educação Física, para se trabalhar
concepções de corpo diferentes das divulgadas pela mídia. Esse profissional pode
esclarecer dúvidas, elevar o nível de informação e conhecimento sobre o corpo, que
venham contribuir para a valorização e cuidados coerentes. Ele deve alertar que
para ter um corpo saudável e o despertar da consciência crítica e para tomada de
decisões responsáveis. Constituem-se em atitudes que podem contribuir para a
diminuição da possível probabilidade de uma pessoa desenvolver o Transtorno do
Corpo Dismórfico3.
Porque o profissional da Educação Física tem por função desenvolver um
trabalho que estimule a busca por um corpo saudável, por meio da difusão de
conhecimentos sistematizados (que dão condições para desenvolver a consciência
crítica e autônoma) sobre o corpo, corporeidade e expressão corporal.
Ao intervir de forma integral sobre o indivíduo, a partir da organização de um
ensino, que fornece meios ao individuo para conhecer seu próprio corpo. A relação
entre consumo de alimentos com o bem estar do corpo e outros também faz parte
do papel desse profissional que deve conscientizar sobre o que é ter um corpo
saudável, e quais são os limites do corpo humano.
Por intermédio dessas informações, o indivíduo, ao ter contato com os meios
de comunicação em massa, ele possa olhar com criticidade e a partir de então terá
condições para perceber, diferenciar a influência negativa e positiva exercida pelos
meios de comunicação. Assim, hámenos chances de se tornarem jovens e/ou
adultos frustrados e insatisfeitos com sua imagem corporal, por não atender
determinado padrão, já que passam a ter ciência que constitui em questão
mercadológica que muda constantemente para gerar lucros. Na medida em que
3
Transtorno do Corpo Dismórfico é caracterizado por uma preocupação exagerada com defeito
imaginário em pessoa de aparência normal (MORITZ; NEZIROGLU; TOBIAS,1998).
29
possam ter claro e definido, o que quer e porque quer quais as vantagens e
desvantagens de suas escolhas para o seu corpo.
Trata-se de uma tarefa complexa, que só será efetivada, mediante, o acesso
ao saber sistematizado que:
[...] verdadeiramente revolucionária só pode ser concebida por categorias
críticas de pensamentos. Não é possível projetar esta nova perspectiva
utilizando-se de uma forma de raciocínio apoiada no senso comum
prevalente em nossa sociedade. Esta constatação nos permite concluir que
uma mudança de concepção implica uma gradual mudança de percepção
da nossa realidade, vale dizer que uma gradual mudança de consciência.
(MEDINA, 1948; p.89).
Ao discorrer sobre mudança da consciência crítica, inovadora é essencial
falar sobre as Diretrizes Curriculares da Educação Básica (DCE) da disciplina de
Educação Física que tem como elemento articulador a “cultura corporal e mídia” que
apresenta como fundamento para o trabalho pedagógico na escola contribuindo de
maneira decisiva para o fortalecimento da consciência crítica e autônoma dos
estudantes, possibilitando ao aluno discussão e reflexão sobre: a supervalorização
de modismo, estética, beleza, saúde, consumo (PARANÁ, 2008).
A Escolatem como função levar a construção do conhecimento e a formar
homens críticos, participativos e criativos para ser participativo na sociedade é no
mínimo contraditório que ela continue ajudando a construir “corpos dóceis”,
ignorando a importância de integrar o corpo no processo de aprendizagem conforme
afirma (FIORENTIN, 2006).
Entende-se que a escola é o ponto de partida para o conhecimento, seu papel
fundamental é a transformação e a conscientização crítica dos sujeitos com
capacidade de refletir sobre os aspectos de sua própria vida, se tornando agentes
do conhecimento.
30
4 ENCAMINHAMENTO METODOLOGICO
Esta pesquisa consiste em um estudo a partir de um levantamento de dados
de abordagem qualitativa e quantitativa, na medida em que apresenta os dados em
porcentagens e os analisa de acordo com suas especificidades.
No seu decorrer da realização deste estudo, inicialmente foi feita a revisão
bibliográfica para compreender as concepções de corpo construídas ao longo da
história e entender a influencia da mídia nas concepções de corpo da atualidade.
Para fundamentação da pesquisa, nos apoiamos na afirmação de Pádua (2003, p.
53), que a pesquisa bibliográfica tem como objetivo:
[...] colocar o pesquisador em contato com o que já produziu a respeito de
seu tema de pesquisa. Bibliografia é o conjunto de obras derivadas sobre
determinado assunto, escrito por vários autores, em épocas diversas,
utilizando todas as partes ou fontes. O conceito de fonte se diferencia do de
bibliografia, sendo considerada fonte todo material imprescindível à
elaboração do trabalho de pesquisa [...].
A abordagem, enquanto questão qualitativapossibilitou melhor compreensão
dos participantes da pesquisa pela possibilidade de poder verificar seus conceitos
sobre seu corpo, princípios e significados do constructo4 da imagem corporal, que
permitiu melhor entendimento e análise dos fenômenos que estavam envolvidos no
processo de construção de concepções e a realidade em que elas foram elaboradas.
4
Constructo: Definição mental dada por um ou mais autores a termos / expressões / fenômenos /
constatações que são difíceis de ser compreendidos ou que são novidades científicas.
Criação mental simples que serve de exemplificação na descrição de uma teoria. (DICIONÁRIO
HOUAIS, 2013).
31
E em relação à abordagem quantitativa, essa se evidencia na apuração dos
dados em aspectos porcentuais e numéricos, que garantiu maior precisão nos
resultados, de análise do valor da imagem corporal. Que consistiu na interpretação
de um estudo de caso, que é um procedimento que permitem descobrir novos dados
conforme explicita Lakatos e Marconi (2007).
Porém, ao determinar como foco de estudo à busca da imagem corporal
idealizada, averiguou-se que seria adequado realizar esta pesquisa na base da
formação da sociedade, que é o espaço no qual acontece à educação da futura
geração, na “escola”, conforme foi realizada. A pesquisa é também de natureza
aplicada e descritiva quanto aos objetivos e de campo quanto à fonte de dados, que
é aquela, que visa atingir resultados que possam ser diretamente utilizados na
tomada de decisões praticas ou na melhoria de programas e sua implementação
(SCHEIN, 1987 apud BIKLEN, 1994).
4.1 PARTICIPANTES:
Participaram desta pesquisa alunos do 4° ano do EnsinoFundamental - Anos
Iniciais e alunos do nono ano do Ensino Fundamental - Anos Finais, de duas escolas
públicas do Distrito de Congonhas, município de Cornélio Procópio - PR.
4.2 INSTRUMENTOS
O instrumento utilizado foi um questionário com doze questões, sendo que
destas, três questões eram fechadas objetiva, sete semiabertas objetiva e subjetiva
e uma apenas subjetiva.
4.3 PROCEDIMENTOS PARA COLETA DE DADOS
32
Com o objetivo de analisar a possibilidade da realização dessa pesquisa,
inicialmente foi feito uma seleção do público alvo da pesquisa, e escolhido dois
grupos distintos: alunos do último ano (5º ano) dos anos iniciais do Ensino
Fundamental (1º ao 5º ano) da escola x e alunos do último ano (9º ano) dos anos
finais do Ensino Fundamental da escola y. Em seguida, foram feitos contato com os
diretores das escolas selecionadas para a pesquisa, para averiguar a possibilidade
de realização deste estudo. Então, nesse contato houve a mudança de análise do 5º
ano para o 4º ano, devido questões específicas do calendário da instituição escolar.
Na sequencia em outro contato, foi entregue nessas escolas um ofício do
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, conforme o apêndice C, para o
responsável pela escola e responsáveis pelos alunos, solicitando autorização para a
participação do aluno por meio de um convite formal, que esclarecia os objetivos da
pesquisa e Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Com exceção de 3 alunos
do quarto ano, que não trouxeram a autorização, todos os demais alunos
participaram da pesquisa.
A aplicação do questionário ocorreu no período de 22 e 25 de outubro de
2013. Do total de 35participantes: 18 eram do quarto ano e 17 do nono ano.
33
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Após análise dos dados de identificação, verificou-se que dos 35
participantes, 60% eram do sexo feminino e 40% eram do sexo masculino; 11% com
idade de 8 anos, 29% com 9 anos, 11% com 10 anos, 35 % com 14 anos, 11%
com 15 anos e 3% com 16 anos.
Do total de participantes foram formados dois grupos: grupo A de estudantes
de 8 a 10 anos de idade e grupo B de estudantes de 14 a 16 anos de idade. Sendo
assim os 51% dos participantes que representam o grupo A estavam frequentando o
4º ano e os 49% dos participantes que representam o grupo B estavam
frequentando o 9º ano do Ensino Fundamental.
34
Gráfico 1: Faixa etária dos alunos pesquisados.
Considerando o grau de escolaridade dos responsáveis destes alunos,
verificou-se que do Grupo A, 11% não declararam, 17% possuíam o Ensino
Fundamental anos iniciais incompletos, 11% Ensino Fundamental anos iniciais
completos, 6% Ensino Fundamental anos finais incompletos, 11% Ensino Médio
incompleto, 33% Ensino Médio completo e 11% Ensino Superior completo, já os do
Grupo B 12% não eram alfabetizados, 6% possuía o Ensino Fundamental anos
iniciais incompletos, 6% Ensino Fundamental anos iniciais completos, 12% Ensino
Fundamental anos finais incompletos, 6% Ensino Fundamental anos finais
completos, 40% Ensino Médio completo, 6% Ensino Superior incompleto e 12%
Ensino Superior completo.
35
Gráfico 2: Escolaridade dos Responsáveis pelos alunos que participaram da pesquisa.
Sobre a situação de satisfação ou não, dos estudantes, com o seu corpo,
envolvendo nesse aspecto: peso, altura e formato. DoGrupo A 17% afirmaram que
não, 72% afirmaram que sim e 11% afirmaram que às vezes.
Do Grupo B 29% afirmaram que não, 3% afirmaram que sim e 53% afirmaram
que às vezes.
36
Satisfação corporal
(peso, altura e formato)
53%
Ás vezes
11%
29%
Grupo B
Não
17%
Grupo A
3%
sim
72%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
Gráfico 3: Condição de satisfação ou não satisfação corporal dos alunos.
O que demonstra maior índice de insatisfação corporal, principalmente entre
os adolescentes, de acordo com os dados do grupo B, já que enquanto no grupo A
17% não esta satisfeito com o corpo no grupo B, 29% são os insatisfeito e os que as
vezes estão satisfeito enquanto que o grupo A,
representa 11% estão nessa
mesma condição 53% do grupo B, conciliando com os dados de outras pesquisas
como a apresentada pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP, 2013),
que revela o aumento de 141% de cirurgias plásticas por motivos estéticos, durante
o período do ano de 2008 a 2012, entre adolescentes de 14 a 18 anos de idade.
Para mais detalhes, desse índice alarmante, foi feito uma análise das
condições de satisfação, satisfação parcial e insatisfação desses estudantes, em
relação ao seu corpo, para analisar se elas estavam relacionadas com um corpo fora
dos padrões pré-estabelecidos como adequado para um corpo saudável, por meio
37
do cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC) de todos os participantes, que foi
tabelado conforme os dados da Organização Mundial da Saúde (SAÚDE, 2007).
Nesse estudo, foi possível verificar que, do Grupo A, 72% estavam com peso
normal, 22% com sobrepeso e 6% comobesidade. Do Grupo B 59% estavam com
peso normal, 12% com sobrepeso, 6% com obesidade, 6% com desnutrição aguda
moderada e 17% com desnutrição aguda ligeira.
IMC dos estudantes
80%
72%
70%
59%
60%
50%
40%
30%
22%
17%
20%
10%
Grupo A
12%
6% 6%
Grupo B
6%
0%
0%
0% 0%
0%
Condição
Gráfico 4: Dados do Índice de Massa Corporal – IMC dos alunos.
A partir desses dados ao analisar quem eram os estudantes que haviam
respondido não estar satisfeito ou estar parcialmente satisfeito com seu corpo, foi
possível verificar que dos que não estavam satisfeito com seu corpo e parcialmente
38
satisfeito do Grupo A, 30% eram pessoas com IMC normal e do grupo B, 70%
também estavam com IMC normal.
O que revelou que a aceitação corporal é muito mais presente na infância e
que há um grande porcentual de jovens preocupados em estar dentro de padrões
corporais estereotipados e não dentro da normalidade, em prol de um corpo
saudável, principalmente entre o grupo de adolescentes.
Para mais detalhes, sobre a aceitação corporal dos pesquisados, em um
questionário aberto, foi interrogado o que gostavam e o que não gostava neles. Do
grupo A, sobre o que gostavam: 17% era o olho, 28% a altura, 17% o cabelo, 28% o
corpo e 28% não responderam. Sobre o que não gostavam 28% o olho, 6% a altura,
22% o corpo, 22% o cabelo, 6% a cor, 6% o dente, 6% o joelho e 6% não
respondeu.
Já no Grupo B sobre o que gostavam: 18% eram do olho, 12% da altura, 29%
do corpo, 18% do cabelo, 6% do peso e 35% não responderam. Sobre o que não
gostavam 6% era a altura, 53% o corpo e 47% não disseram. Tanto no grupo A,
quanto no grupo B,houve alunos que apresentaram mais de uma questão, dentre
suas escolhas.
O que demonstrou uma grande preocupação entre os estudantes, em atender
aos padrões da estética física e incômodos gerados por ela, quando sua aparência
física, não atendia a determinados modelos considerados “adequados”.
39
Gráfico 5: Partes do corpo apontadas em destaque pelos alunos, para justificar sua aceitação e não
aceitação corporal.
Nessa condição, em seguida foi indagado, se importavam ou preocupavam,
com a opinião das outras pessoas quanto o que falavam sobre o seu corpo. No
Grupo A, 89% afirmaram que não e 11% afirmaram que sim, já no Grupo B, 76%
afirmaram que não, 6% que sim e 18% que às vezes.
Quando foi indagado se preocupavam com o seu corpo, no Grupo A, 44%
afirmaram que sim e 56% que não. E dos 44% que afirmaram que sim, 100%
disseram que pretende fazer regime para emagrecer. E os que disseram não
precisar, afirmaram estar satisfeitos com seu corpo e que praticam esportes para
manter um corpo saudável.
Já no Grupo B, 47% disseram se preocupar com o corpo, 24% disseram que
às vezes e 29% disseram não se preocupar. Sendo que dos que se preocupam
100% pretende fazer regime para emagrecer e dos que não se preocupam 100%
estão satisfeito com o corpo. Dos que responderam que às vezes se preocupam;
50%, disseram manter uma vida saudável e ativa, principalmente incluindo a pratica
do esporte no seu dia a dia, não por questão de estética, mas de saúde. Nesse
40
sentido, a análise das respostas, revela muito mais preocupação com a saúde entre
os membros do Grupo A e maior preocupação com a estética no Grupo B.
Ao questionar se algumdeles evita situações nas quais as pessoas possam
olhar para seu corpo, do grupo A 22% afirmaram que sim sendo que destes 75%
alegou como motivo ter vergonha de seu corpo, 67% afirmaram que não e 11%
disse que às vezes, já no grupo B 29% afirmaram que sim, sendo que deste total
60% explicou que isso acontece, por ter vergonha de seu corpo, 59% afirmou que
não, 6%, afirmou que às vezes e alegou como causa estar insatisfeito com o corpo
que tem e 6% não respondeu essa questão.
E ao perguntar se já havia vivenciado alguma situação em que chorou pelo
que sentia em relação ao seu corpo, do Grupo A, 28% afirmaram que sim, sendo
que destes, 80% foi devido sofrer bullying e preconceito, conforme expresso nas
respostas: “Sim. Porque as meninas me chamavam de loira do banheiro”; “Sim.
Porque sou baixinha”; ” Sim. “Eu chorei porque me chamaram de Morena”. E 72%
afirmaram que não. Já no Grupo B 12% afirmaram que sim e 88% afirmaram que
não.
Esses resultados e respostas apresentadas revelam que o estar fora dos
“padrões corporais” é uma questão que envolve muitos pré-conceitos. Observa-se
que as pessoas sofrem preconceito por diversos fatores: por ser muito branca,
negro, alto, baixo, magro, gordo, entre outros. Porque existe a difusão da beleza
perfeita pela mídia, no qual tudo esta sobre controle sem excesso. É justamente
essa perfeição inatingível e utópica vendida pela mídia, que leva a não aceitação da
imagem corporal, tanto de uma pessoa em relação à outra por meio de préjulgamentos, quanto pelo próprio sujeito em relação a si mesmo. Ter um corpo
saudável e com IMC adequado, não é suficiente para satisfazer os indivíduos uma
vez que essascríticas e autocríticas os fazem ir à busca de mudanças corporais.
Ao questionar se os responsáveis por eles acompanhavam as programações
da TV e internet a qual tem acesso do Grupo A, 89% afirmaram que sim, sendo que
destes 100% os responsáveis proíbem de ter acesso a alguns programas e 11% os
responsáveis não acompanham e também não tem controle dos programas aos
quais tem acesso. Já os integrantes do Grupo B, 65%, afirmaram que não e 35%
41
afirmaram que sim, sendo que dos que afirmaram que sim 50% os responsáveis os
proíbem de ter acesso a alguns programas e sites.
Confirma- se aqui que apesar de a maioria dos responsáveis serem pessoas,
escolarizadas, conforme apresenta o gráfico “Escolaridade do Responsável”.
Evidencia-se a preocupação em acompanhar e selecionar os programas mediáticos,
por parte dos responsáveis, com mais frequência e atenção no grupo A. Ainda pode
ser destacada, nas respostas, desse grupo, a revelação de um acompanhamento e
educação fragmentada, quando afirmam que, apesar de ser omitido seu acesso a
esses programas, não é conversado, explicado ou discutido, o motivo de tal decisão,
o que não os levam a desenvolver uma consciência crítica, sobre tais restrições.
Já no grupo B, evidencia-se, a não preocupação de controle dessa questão, e
consequentemente, é evidente, a maior vulnerabilidade dos adolescentes, a
violência simbólica ás imagens estereotipadas do corpo “perfeito” dos programas
midiáticos. O que demonstra a não preocupação e respeito por parte dos
responsáveis, com a Lei Nº 5.536/1968, que dispõe sobre a classificação do público
alvo nos programas de teatro, cinema, novelas e radiodifusão(BRASIL, 1968).
Então, para analisar sobre a influência da imagem do artista, foi apresentada
uma questão que os indagava se já desejaram ter o corpo igual ao de um artista de
TV ou internet.
Do Grupo A, 56% afirmaram que sim com explicações de cada aluno, como:
aluno 1 “Eu queria ter o corpo do Super-homem”, aluno 2 “Porque eu queria ser a
Alice do Rebelde”, aluno 3 “Eu queria ser igual o Cristiano Ronaldo e queria ter o
corpo igual dele” e 44% afirmaram que não. Já no grupo B, 59% afirmaram que sim
dando explicações como aluno 4 “ O formato perfeito, altura e peso ideal”, aluno 5
“De ser magra” , aluno 6 “Ser encorpada” e 41% afirmaram que não (2013).
42
Gráfico 6: Condição dos alunos sobre o desejo idealizado de ter um corpo igual de artista.
Evidencia-se, nesse sentido, que o não esclarecimento e discussão sobre a
mídia, em ambos os grupos, levam-os a apresentar alto porcentual de idealização do
corpo dos artistas. E uma abertura muito ampla em relação ao novo, ao que esta em
auge, que leva muitos não filtrar as informações e perder a noção do valor da
importância de ter um corpo saudável que pode ser entendido de acordo com a
Organização Mundial da Saúde (OMS, 1946) não simplesmente como um corpo que
tem a ausência de doenças, mas também aquele que esta em um estado completo
de bem estar físico, mental e social. É justamente a sensação de não se sentir bem
que leva muitos a buscar mudar algo em seu corpo, com procedimentos complexos
como das cirurgias plásticas de mudança da face, implante de silicones, ou
procedimentos simples como regimes, uso de produtos químicos como suplementos
alimentares e anabolizantes, que as fazemcometer atitudes que colocam a própria
vida em risco, ou que contribui para que desenvolvam comportamentos doentios,
como o que acontece com transtorno de anorexia e bulimia.
Para verificar, qual é esse corpo considerado como adequado por esses
grupos, foi elaborado uma questão final no questionário, com apresentação de sete
slides com 19 imagens de diversos tipos de perfil corporal: estético, cor, altura,
formato de corpo e cor de cabelo, aos alunos. E solicitado que indicassem qual
imagem se identificava e ou gostaria de ser e qual não se identificava e também não
43
gostaria de ser. Após a análise dos dados, foi realizada a tabela abaixo, de ambos
os grupos indicando qual dos perfis foram mais votados.
Análise
Altura
Cor cabelo
Cor da pele
Corpo homem
Corpo mulher
Formato do
corpo homem
Formato do
corpo mulher
Homem
musculoso
Mulher
musculosa
Identificou-se e
ou gostaria de
ser
Grupo A
Alto 81%
Ruivo 31%
Branco 87%
Encorpado 94%
Magro 93%
Não se
identificou
e ou não
gostaria de ser
Grupo A
Baixo 81%
Preto 43%
Negro 87%
Magro 88%
Gordo 75%
Identificou-se e
ou gostaria de
ser
Grupo B
Alto 71%
Loiro 53%
Branco 82%
Encorpado 88%
Encorpado 41%
Não se identificou e
ou não gostaria de ser
Grupo B
Baixo 71%
Ruivo 35%
Negro 82%
Magro 82%
Gordo 58%
Mesomorfo 93%
Ectomorfo 73%
Mesomorfo 88%
Endomorfo 59%
Mesomorfo 86%
Com músculos
definidos 87%
Endomorfo 60%
Sem músculos
definidos 87%
Mesomorfo 52%
Com músculos
definidos 88%
Endomorfo 70%
Sem músculos
definidos 88%
Sem músculos
definidos 100%
Com músculos
definidos 100%
Sem músculos
definidos100%
Com músculos
definidos 100%
Tabela 1: Perfil de corpo apontado pelos alunos.
A partir desses dados pode-se verificar que embora, os dois grupos ainda que
com idades, nível de escolaridade e pertencentes a famílias diferentes, o padrão de
beleza idealizado em maior porcentual, é muito parecido. Segue um padrão de corpo
ideal específico e diferenciado para pessoas do sexo feminino e masculino,
conciliando com uma matéria da Folha de Londrina (AVANSINI, 2013) 5, que de
forma crítica, verifica que o padrão de beleza ideal é de ser magras para as meninas
e musculoso para os meninos os quais buscam a todo custo, alcançá-lo mesmo que
estes estejam em fase de crescimento. Pela cobrança cultural da sociedade
contemporânea, que faz com que as pessoas sejam culpadas pelo que são e
consequentemente, rejeitadas no ambiente em que vivem por não atender ao “ideal”
de imagem corporal. Esse ideal de imagem corporal é impulsionado todos os dias
5
Jornal Folha de Londrina – Reportagem na íntegra, verificar anexo B.
44
pelo processo de massificação mediática; atingindo todas as faixas etárias e classes
sociais.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
No transcorrer dessa pesquisa, pode-se constatar que a concepção de corpo
e os julgamentos procedentes dessa questão bem como os motivos que leva o
corpo a ser classificado na condição de adequado e inadequado, bonito ou feio, não
é algo fixo, mas que muda e altera, no decorrer de épocas, períodos e contextos
históricos. Questões culturais também estão envolvidas e associadas aos aspectos
sociais, políticos e econômicos que marcam os padrões de estética ideal para cada
época da sociedade.
Osdados da pesquisa demonstram que o processo de autoaceitação corporal
e idealização do corpo considerado “perfeito”, são contraditórios com os padrões
considerados adequados e saudáveis. Há existência de vários modelos corporais e
apenas um único modelo de beleza padrão.
Porque esse padrão corporal é construído de acordo com modelos artificiais
de beleza, difundidos pela mídia.
E são padrões que exigem alto investimento
financeiro e consumo exagerado de química e cirurgias plásticas, por não ser algo
possível de ser alcançado de modo natural, já que foi criado como objetivo de gerar
lucros para o mercado.
Verifica-se assim por meio desta pesquisa, que é justamente esse, referencial
de corpo artificial definido como padrão de beleza, que leva as pessoas se
autoavaliar e avaliar as outras pessoas, de forma negativa. E, consequentemente,
querer mudar a si próprio e ao outro, o que contribui para o aumento da violência
simbólica, bullying e preconceitos com o outro, o que leva os indivíduos a uma busca
incessante pela procura de recursos que contribuem para modificar o corpo, com o
intuito de serem aceitos, e ou inserido no grupo das pessoas elegantes e com
status.
Este estudo demonstrou que a imagem corporal influência na aceitação da
pessoa no ambiente em que vive. Foi possível constatar que a mídia atua na
concepção de imagem corporal de forma oculta a partir da figura idealizada do
45
artista, que muito mais do que interpretador de um papel de novela ou filme, é um
manequim e ao mesmo tempo vendedor da imagem corporal.
Diante dessas constatações, verifica-se que os dados sugerem a necessidade
de maior mobilização porparte dos responsáveis pelas crianças e adolescentes, em
não simplesmente omitir o acesso a meios que os expõem em contato com a
violência simbólica do corpo estereotipado, por meio da seleção de programas
oferecidos pela mídia, mas discutir e conversar sobre, no sentido de contribuir para a
consciência crítica desses indivíduos. O professor de Educação Física precisa
conhecer esse sujeito o qual dá aula e a partir desse estudo trabalhar a
corporeidade por meio da transmissão intencional do saber científico e trazer para
discussão e análise, os conteúdos difundidos pela mídia, nas suas aulas, e garantir
condições necessárias para que os alunos, por meio desse ensino, desenvolva uma
nova qualidade de pensamento, que o ajude a valorizar mais a si próprio e ao outro
e desenvolva autonomia para entender sobre os hábitos saudáveis, como tempo de
sono adequado, realização de atividades físicas e alimentação correta, bem como a
compreensão sobre a intenção da mídia na difusão dos padrões de corpos “belos” e
as consequências de determinadas ações, alimentação, regimes, e exercícios
inadequados e ou em excesso.
Por meio de uma explicação científica, que esclareça os prejuízos imediatos e
futuros para a saúde como o uso indiscriminado de suplementos utilizados antes da
realização de exercícios físicos, (que podem causar hipertensão), e hormônios, que
como efeito imediato, causa ganho na massa muscular, mas com risco de gerar
atrofia testicular, agressividade, infertilidade na vida adulta, entre outros problemas.
E nesse aspecto buscar garantir condições que levem os estudantes a se
preocuparem em ter um corpo saudável e não a simplesmente selimitar a idealizar
como únicos e exclusivos aos padrões de beleza vendidos pela mídia. A partir de
então, contribuir para o desenvolvimento da autonomia, que só pode ser alcançado
mediante o acesso ao conhecimento científico. Para que seja trabalhada uma
possível aceitação de si próprio, enquanto uma pessoa única, importante e que deve
valorizar as pessoas e que também merece ser valorizada independente do corpo
que possui, alertando sobre a importância de ter controle sobre seu próprio
comportamento.
46
Essa
pesquisa
possibilitou
responder
os
objetivos
propostos
e
questionamentos apontados, marca indícios de como esta sendo construída a
compreensão de imagem corporal, pelas novas gerações e a maneira como essa
concepção de corpo interfere na aceitação corporal e consequentemente, a forma
como os padrões de beleza, se reverte em violência, física, verbal e emocional entre
as pessoas. Justamente porque o perfil de corpo idealizado, não é fruto préestabelecido e determinado, mas sim construído historicamente pelos sujeitos, de
acordo com o meio social, portanto mutável.
Espera-se com esse trabalho contribuir com os profissionais de Educação
Física, pois embora os resultados reflitam uma realidade limitada, a amostra
analisada, se espera é estimular reflexão crítica sobre a realidade em que se vive,
para uma futura intervenção na prática do trabalho cotidiano em sala de aula e
incitação para a possível existência de mais estudos, debates e pesquisas sobre o
tema. O contexto histórico atual exige desse profissional, uma compreensão sobre o
presente para que ele possa realizar futura intervenção e controle de umfuturo
próximo.
47
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49
MORITZ, K. ;NEZIROGLU, F.A.; TOBIAS, J. A. Y.. Transtorno do Corpo Dismórfico.
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OLIVEIRA, V. M. O Que é Educação Física. São Paulo: Brasiliense, 2006.
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______. Growth reference data for 5-19 years. 2007. Disponível em:
http://www.who.int/growthref/who2007_bmi_for_age/en/index.htm. Acesso em: 15
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PÁDUA, E. M. M. Metodologia da Pesquisa: Abordagem teórica-prática.9.ed.
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PARANÁ, Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Educação Física. 2008.
PEREIRA, O. A. S. Idade média, época de trevas: A família imperial brasileira e
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medieval,
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http://www.ihp.org.br/docs/oasp20000411.htm. Acesso em 20 maio 2013.
PETTA, Nicolina Luiza de; OJEDA, E. A. B.. História: Uma abordagem integrada.
São Paulo: Editora Moderna, 1999
RIBEIRO R.G, SILVA K.S, KRUSE M.H.L. O corpo ideal: a pedagogia da mídia.
Rev Gaúcha Enferm. Porto Alegre (RS) 2009.
SANTIN, S. Educação Física: uma abordagem filosófica da corporeidade. Ijuí, RS:
Livraria UNIJUÍ Editora, 1987.
SANT’ANNA, D. B. Corpos de passagem: ensaios sobre a subjetividade
contemporânea, São Paulo, SP: Estação Liberdade, 2001.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIAS PLÁSTICAS. Números de cirurgias
plásticas entre adolescentes aumenta 141% em 4 anos. Disponível em:
50
http://www2.cirurgiaplastica.org.br/numero-de-cirurgias-plasticas-entre adolescentesaumenta-141-em-4-anos/#!/sbcp. Acesso em: 20 out. 2013.
APÊNDICES
51
APÊNDICE A:
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Prezado (a) Senhor (a)
Tenho
o
prazer
de
convidar
a
ESCOLA
MUNICIPAL
“EDGARD
GALAFASSI”- ENSINO FUNDAMENTAL. A participar da pesquisa Aceitação da
Imagem Corporal em Estudantes do 4° e 9° ano do Distrito de Congonhas, Cornélio
Procópio, PR. Vinculada ao trabalho de conclusão de curso do qual eu, Cleberson
Luiz Castilho, acadêmico do curso de educação física licenciatura, faz parte,
conjuntamente com a minha orientadora Marlene Vitória Biscaro.
A pesquisa tem comoobjetivo compreender a construção da imagem corporal
que leva a busca desenfreada pelo corpo perfeito. Será realizada em estudantes do
4° ano da referida escola. A metodologia adotada prevê, em um primeiro momento,
vídeo gravação para filmar as escolhas dos alunos por meio de slide com diferentes
imagens corporal identificando a percepção de corpo que a criança já carrega. Em
um segundo momento, aplicação de questionário pré-estabelecidos com perguntas
abertas e fechadas que, durante 2 (duas) aulas, serão observados, fotografados e
filmados as atividades em sala de aula.
Através do presente termo de consentimento informo sobre os seguintes
itens:
1) Da inexistência de riscos, como também da garantia de ser atendida a
qualquer pergunta ou esclarecimento de qualquer dúvida sobre da
52
metodologia, benefícios e outros aspectos relacionados com a pesquisa
envolvida.
2) Da segurança da escola pesquisada não será identificadas (a não ser se
permitirem) e se manter o caráter confidencial das informações relacionadas
como a sua privacidade e a proteção da sua imagem.
3) Das informações coletadas à serem utilizadas exclusivamente para o
desenvolvimento da pesquisa em questão, e de não serem utilizadas para
seu prejuízo ou prejuízo da instituição na qual trabalha.
4) Da liberdade de acesso ao resultado de pesquisa.
A colaboração da escola em participar da pesquisa tornou-se imprescindível
para o alcance dos objetivos propostos. Agradeço antecipadamente a atenção
dispensada e me coloco à sua disposição para quaisquer esclarecimentos
(keko_castilho@hotmail.com ou 043-99303402).-------------------------------------------------------------------------------------------------
Nesses
termos
e
considerando-me
esclarecido,
eu___________________________ diretor (a) da ESCOLA MUNICIPAL “EDGARD
GALAFASSI”. ENSINO FUNDAMENTAL autoriza que essa instituição participe da
pesquisa proposta, de livre e espontânea vontade, devidamente informado sobre a
natureza da pesquisa, objetivos propostos, metodologia empregada e benefícios
previstos, sem cobrança de ônus ou qualquer encargo financeiro, resguardando a
autora de projeto a propriedade intelectual das informações geradas e expressando
a concordância com a divulgação pública dos resultados.
Cornélio Procópio, __ de ________________ de 2013.
_______________________RG: ______________ .
Diretora da Escola
53
___________________________
Pesquisador Responsável
Cleberson Luiz Castilho RG: 8.6991918
APÊNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Prezado (a) Senhor (a)
Venho, através deste termo, solicitar a permissão para realizar filmagens e
fotografias de seu filho (a) durante as aulas em que ele frequenta na Escola
Municipal “Edgard Galafassi”- Ensino Fundamental. Essa filmagem serve apenas
para fins de estudos, que no qual eu Cleberson Luiz Castilho, acadêmico do curso
de Educação Física Licenciatura realizo como trabalho de conclusão de curso na
Faculdade Dom Bosco PR.
Através do presente termo de consentimento informo sobre os seguintes
itens:
1) Da inexistência de riscos, como também da garantia de ser atendida a
qualquer pergunta ou esclarecimento de qualquer dúvida sobre da
metodologia, benefícios e outros aspectos relacionados com a pesquisa
envolvida.
2) Da segurançadas escolas pesquisadas não serem identificadas (a não ser se
permitirem) e se manter o caráter confidencial das informações relacionadas
como a sua privacidade e a proteção da sua imagem.
3) Das informações coletadas serem utilizadas exclusivamente para o
desenvolvimento da pesquisa em questão, e de não serem utilizadas para
seu prejuízo ou prejuízo da instituição na qual trabalha.
54
4) Da liberdade de acesso ao resultado de pesquisa.
A sua colaboração tornou-se imprescindível para o alcance dos objetivos
propostos. Agradeço antecipadamente a atenção dispensada e me coloco à sua
disposição para quaisquer esclarecimento (keko_castilho@hotmail.com ou 04399303402).
--------------------------------------------------------------------------------------------------Nesses
termos,
e
considerando-me
esclarecido
(a),
eu,
___________________________ consinto em permitir a filmagem e fotografia do
meu filho (a) ________________________, de livre e espontânea vontade,
devidamente informado sobre a natureza da pesquisa, objetivos propostos,
metodologia empregada e benefícios previstos, sem cobrança de ônus ou qualquer
encargo financeiro, resguardando à autora de projeto a propriedade intelectual das
informações geradas e expressando a concordância com a divulgação pública dos
resultados como também das imagens adquiridas.
Cornélio Procópio, __ de ________________ de 2013.
_______________________RG: ______________ .
Pai ou responsável
___________________________
Pesquisador Responsável
Cleberson Luiz Castilho RG: 8.699.191-8
55
APÊNDICES C
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Prezado (a) Senhor(a)
Tenho o prazer de convidar o COLÉGIO ESTADUAL “DULCE DE SOUZA
CARVALHO”- ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO. A participar da pesquisa
Aceitação da Imagem Corporal em Adolescentes do Distrito de Congonhas, Cornélio
Procópio, PR. Vinculada ao trabalho de conclusão de curso do qual eu, Cleberson
Luiz Castilho, acadêmico do curso de educação física licenciatura, faço parte,
conjuntamente com a minha orientadora Marlene Vitória Biscaro.
A pesquisa tem como objetivo compreender a construção da imagem corporal
que leva a busca desenfreada pelo corpo perfeito. Será realizada em estudantes do
9° ano do referido colégio. A metodologia adotada prevê, em um primeiro momento,
vídeo gravação para filmar as escolhas dos alunos por meio de um painel com
diferentes tipos de imagens corporal identificando a percepção de corpo que a
criança já carrega. Em um segundo momento, aplicação de questionário préestabelecidos com perguntas abertas e fechadas que, durante 2 (duas) aulas, serão
observados, fotografados e filmados as atividades em sala de aula.
Através do presente termo de consentimento informo sobre os seguintes
itens:
56
5) Da inexistência de riscos, como também da garantia de ser atendida a
qualquer pergunta ou esclarecimento de qualquer dúvida sobre da
metodologia, benefícios e outros aspectos relacionados com a pesquisa
envolvida.
6) Da segurança da escola pesquisada não será identificadas (a não ser se
permitirem) e se manter o caráter confidencial das informações relacionadas
como a sua privacidade e a proteção da sua imagem.
7) Das informações coletadas a serem utilizadas exclusivamente para o
desenvolvimento da pesquisa em questão,e de não serem utilizadas para
seu prejuízo ou prejuízo da instituição na qual trabalha.
8) Da liberdade de acesso ao resultado de pesquisa.
A colaboração da escola em participar da pesquisa tornou-se imprescindível
para o alcance dos objetivos propostos. Agradeço antecipadamente a atenção
dispensada e me coloco à sua disposição para quaisquer esclarecimentos
(keko_castilho@hotmail.com ou 043-99303402).
-------------------------------------------------------------------------------------------------
Nesses
termos
e
considerando-me
esclarecido,
eu___________________________ diretor (a) Do COLÉGIO ESTADUAL “DULCE
DE SOUZA CARVALHO” ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO. Autorizo que essa
instituição participe da pesquisa proposta, de livre e espontânea vontade,
devidamente informado sobre a natureza da pesquisa, objetivos propostos,
metodologia empregada e benefícios previstos, sem cobrança de ônus ou qualquer
encargo financeiro, resguardando a autora de projeto a propriedade intelectual das
informações geradas e expressando a concordância com a divulgação pública dos
resultados.
Cornélio Procópio, __ de ________________ de 2013.
57
_______________________RG: ______________ .
Diretora da Escola
___________________________
Pesquisador Responsável
Cleberson Luiz Castilho RG: 8.6991918
APENDICE D
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Prezado (a) Senhor (a)
Venho, através deste termo, solicitar a permissão para realizar filmagens e
fotografias de seu filho (a) durante as aulas em que ele frequenta no Colégio
Estadual “Dulce de Souza Carvalho” – Ensino Fundamental e Médio. Essa filmagem
serve apenas parafins de estudos, que no qual eu Cleberson Luiz Castilho,
acadêmico do curso de Educação Física Licenciatura realizo como trabalho de
conclusão de curso na Faculdade Dom Bosco PR.
Através do presente termo de consentimento informo sobre os seguintes
itens:
5) Da inexistência de riscos, como também da garantia de ser atendida a
qualquer pergunta ou esclarecimento de qualquer dúvida sobre da
metodologia, benefícios e outros aspectos relacionados com a pesquisa
envolvida.
6) Da segurança das escolas pesquisadas não serem identificadas (a não ser se
permitirem) e se manter o caráter confidencial das informações relacionadas
como a sua privacidade e a proteção da sua imagem.
58
7) Das informações coletadas serem utilizadas exclusivamente para o
desenvolvimento da pesquisa em questão, e de não serem utilizadas para
seu prejuízo ou prejuízo da instituição na qual trabalha.
8) Da liberdade de acesso ao resultado de pesquisa.
A sua colaboração tornou-se imprescindível para o alcance dos objetivos
propostos. Agradeço antecipadamente a atenção dispensada e me coloco à sua
disposição para quaisquer esclarecimento (keko_castilho@hotmail.com ou 04399303402).
--------------------------------------------------------------------------------------------------Nesses
termos,
e
considerando-me
esclarecido
(a),
eu,
___________________________ consinto em permitir a filmagem e fotografia do
meu filho (a) ________________________, de livre e espontânea vontade,
devidamente informado sobre a natureza da pesquisa, objetivos propostos,
metodologia empregada e benefícios previstos, sem cobrança de ônus ou qualquer
encargofinanceiro, resguardando à autora de projeto a propriedade intelectual das
informações geradas e expressando a concordância com a divulgação pública dos
resultados como também das imagens adquiridas.
Cornélio Procópio, __ de ________________ de 2013.
_______________________RG: ______________ .
Pai ou responsável
___________________________
Pesquisador Responsável
Cleberson Luiz Castilho RG: 8.699.191-8
59
APÊNDICE E
Prezado (a) Participante
Solicito sua colaboração, respondendo as questões abaixo. Informo que o objetivo
desse questionário é buscar subsídios para elaboração de uma monografia para
conclusão do curso de Licenciatura em Educação Física da Faculdade Dom Bosco,
cujo tema é “ACEITAÇÃO DA IMAGEM CORPORAL EM ESTUDANTES DO 4° E
9° ANO DO DISTRITO DE CONGONHAS, CORNÉLIO PROCÓPIO, PR”. Conto
com sua atenção, desde já agradeço.
Cleberson Luiz Castilho
Murilo César de Oliveiro
QUESTIONÁRIO
1-Sexo:
( ) Feminino
(
) Masculino
2- Idade:
( ) 9 ( ) 10 ( )11 ( )12 ( )13 ( )14 ( )15 ( )16 Outros_____
3-Qual é o grau de escolaridade do responsável por você?
( ) Não Alfabetizado
( ) Fundamental anos iniciais incompleto
( ) Fundamental anos iniciais completo
( ) Fundamental anos finais incompleto
( ) Fundamental anos finais completo
( ) Ensino Médio incompleto
60
( ) Ensino Médio completo
( ) Ensino Superior incompleto
( ) Ensino Superior completo
4-Você esta satisfeita (o) com seu corpo (peso, altura e formato)?
a) ( ) sim
b) ( ) não
( ) as vezes
5-Do que gosta e do que não gosta em você? Por quê?
R:_____________________________________________________________________________________________________________________________________
6-Você se importa com o que os outros dizem sobre seu corpo? Porquê?
a) ( ) sim
b) ( ) não
( ) as vezes
R:__________________________________________________________________
7- Você se preocupa com seu corpo? Acha que precisa fazer regime, ou alguma
ação para muda-lo? Por quê?
( ) sim
b) ( ) não
( ) as vezes
R:__________________________________________________________________
___________________________________________________________________
8-Você evita situações nas quais as pessoas possam olhar para seu corpo? Por
quê?
( ) sim
b) ( ) não
( ) as vezes
R:__________________________________________________________________
___________________________________________________________________
9-Você já chegou a chorar pelo que sente em relação ao seu corpo? Por quê?
( ) sim
b) ( ) não
( ) as vezes
R:__________________________________________________________________
___________________________________________________________________
10-As pessoas responsáveis por você acompanham as programações da TV e
internet a qual você tem acesso? Há algum programa apresentado pela mídia, que
eles, não permitem você ter acesso?
R:__________________________________________________________________
___________________________________________________________________
61
11-Você já desejou ter o corpo igual à de um artista de TV ou internet? O que nele
chamou sua atenção?
( ) sim
b) ( ) não
R:__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
12-Diante a apresentação dos slides, qual das imagensvocê se identificou? Qual
não gostaria de ser? Por quê?
01)
A(
)
B(
)
02)
A(
)
B(
)
03)
A(
)
B(
)
04)
A(
)
B(
)
05)
A(
)
B(
)
06)
A(
)
B(
07)
A(
)
B(
08)
A(
)
B(
C(
)
)
C(
)
)
C(
)
)
C(
)
D(
D(
)
)
E(
E(
)
09)
A(
)
B(
)
C(
)
D(
)
10)
A(
)
B(
)
C(
)
D(
)
11)
A(
)
B(
)
C(
)
12)
A(
)
B(
)
C(
)
D(
)
13)
A(
)
B(
)
C(
)
14)
A(
)
B(
)
C(
)
15)
A(
)
B(
)
C(
)
D(
)
16)
A(
)
B(
)
C(
)
17)
A(
)
B(
)
C(
)
D(
)
)
F(
E(
)
)
62
18)
A(
)
B(
)
19)
A(
)
B(
)
C(
ANEXOS
)
D(
)
63
ANEXO A
Imagens utilizadas para pesquisa
Imagem (01) Slide (01)
Fonte: personaltreinopesado.blogspot.com
Acesso em: 21. out. 2013
Imagem (02) Slide (01)
Fonte: pingonope.com
Acesso em: 21. out. 2013.
64
Imagem (03) Slide (01)
Fonte:amulherequemanda.sapo.pt
Acesso em: 21. out. 2013
Imagem(04) Slide (01)
Fonte: http://sexoforte.net/mulher/artigos.
Acesso em: 21. out. 2013.
Imagem (05) Slide (2)
Fonte: blogdagrendha.wordpress.com
Acesso em: 21. out. 2013.
Imagem(06) Slide (02)
Fonte: penteadeiracolorida.blogspot.com
Acesso em: 21. out. 2013.
Imagem (07) Slide (02)
Fonte: super.abril.com.br
Acesso em: 18. out. 2013.
Imagem (08) Slide (02)
Fonte: delas.ig.com.br
Acesso em: 21. out. 2013.
65
Imagem (09) Slide(03)
Fonte: compraripad.blogspot.com
Acesso em: 23. out. 2013.
Imagem (10) Slide (03)
Fonte: clickfeminino.com
Acesso em: 21. out. 2013.
Imagem (11) Slide (03)
Fonte: www.musculacaobrasil.com
Acesso em: 23. out. 2013.
Imagem (12) Slide (03)
Fonte: guiadamusculacao.com.br
Acesso em: 21. out. 2013.
Imagem (13) Slide (04)
Fonte: trendytwins.com.br
Acesso em: 21. out. 2013.
Imagem (14) Slide (04)
Fonte: apontamentosdesapontados.blogspot.com
Acesso em: 21. out. 2013.
66
Imagem (15) Slide (04)
Fonte: www.bonder.com.br
Acesso em: 21. out. 2013.
Imagem (17) Slide (05)
Fonte: extra.globo.com
Acesso em: 21. out. 2013.
Imagem (19) Slide (05 e 06)
Fonte: extra.globo.com
Imagem (16) Slide (04)
Fonte: www.mulhermalhada.com
Acesso em: 21. out. 2013.
Imagem (18) Slide (05)
Fonte: www.ofuxico.com.br
Acesso em: 21. out. 2013.
Imagem (20) Slide (05 e 06)
Fonte: papelpop.com
67
Acesso em: 21. out. 2013.
Acesso em: 21. out. 2013.
Imagem (21) Slide (06)
Fonte: regimesedietas.com
Acesso em: 21. out. 2013.
Imagem (22) Slide (06)
Fonte: musculoextreme.blogspot.com
Acesso em: 21. out. 2013.
Imagem (23) Slide (07)
Fonte: 180graus.com
Acesso em: 21. out. 2013.
Imagem (24) Slide (07)
Fonte: regimesedietas.com
Acesso em: 21. out. 2013.
ANEXO B
Reportagens utilizadas para pesquisa
68
FONTE: AVANSINI, C. Presas fáceis de modismo. Folha de Londrina. Folha Reportagem, Caderno
1.p.10. Londrina, 20 out. 2013.
69
FONTE: AVANSINI, C. Presas fáceis de modismo. Folha de Londrina. Folha Reportagem, Caderno
1.p.10. Londrina, 20 out. 2013.
8 Páginas 18 Consultas
imagem corporal
...INTRODUÇÃO Imagem corporal é a figuração que cada indivíduo tem de si mesmo,...
10 Páginas 9 Consultas
CITAR ESTE TRABALHO
APA
(2014, 10). aceitação da imagem corpo
...