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Educação Fisica no Ensino Noturno

Por:   •  22/1/2017  •  Artigo  •  3.945 Palavras (16 Páginas)  •  412 Visualizações

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EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO MÉDIO NOURNO: SUJEITOS ESQUECIDOS?

OBJETIVO GERAL

Analisar a (in) exclusão da disciplina Educação Física no ensino noturno regular em uma escola pública de ensino médio no município de São João de Pirabas.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

 Apresentar os aspectos históricos e legislativos que amparam o caráter facultativo da disciplina educação física no ensino noturno.

Identificar a importância da Educação Física enquanto disciplina curricular a partir do olhar dos educandos.

Analisar documentos normativos.

Problemática

O ensino básico é constituído de fases que são primordiais para o desenvolvimento pleno da pessoa; começando com o ensino infantil e terminando com o ensino médio.

Cada ciclo de ensino tem sua importância na formação do aluno enquanto ser social. Para tanto, a ele é apresentado currículos que constam de conhecimentos necessários a sua formação como ser integral, pleno. Cada área do conhecimento sozinha ou junto com outras áreas do conhecimento dá ao indivíduo o suporte para sua desenvoltura intelectual, física, psicológica e cultural.

Diante disso, tem-se a Educação Física como área responsável pela saúde e bem-estar do corpo, entendendo-o como um todo, integrando os aspectos mental e físico. Considerando esse conceito, pensa-se: Se o ensino médio é considerado o final do ciclo básico, por que os alunos do período noturno não têm em sua grade curricular a disciplina Educação Física, sendo está componente curricular obrigatório?

Justificativa

Há mais de vinte anos lecionando em escolas públicas, sempre ministrando aulas para jovens, no antigo segundo grau, e para adultos nos cursos do magistério e normal, e agora ensino médio regular; dou-me conta hoje de que nas escolas por onde passei neste município de São João de Pirabas, nenhuma oferecia e nem oferece a disciplina Educação Física aos alunos do horário noturno; mesmo tendo nesses estabelecimentos de ensino o professor de educação física. Esse fato nunca me chamou tanta atenção como agora, em que tenho um olhar bem particular em relação à prática da Educação Física. Penso que todo aluno, seja da educação infantil ou ensino médio possui necessidades básicas e que corresponde a aspectos cognitivos, afetivos e corporais, com mais ou menos intensidade. Penso que a prática da Educação Física para os alunos do horário noturno é importante, mas quem tem que decidir se é ou não, é o próprio aluno, como confirma o parecer nº 05/97 do Conselho Nacional de Educação:

“Certamente, à escola caberá decidir se deseja oferecer educação física em curso que funcionem no horário noturno. E, ainda que o faça, ao aluno será facultado optar por não frequentar tais atividades, se esta for a sua vontade”.

Entendo a Educação Física escolar como meio de estimular, analisar, descrever, compreender e sistematizar vivências da cultura corporal em todas as suas amplitudes, proporcionando aos praticantes (alunos) os seus benefícios, como referenciado nos Parâmetros Curriculares Nacionais:

“A concepção de cultura corporal amplia a contribuição da Educação Física escolar para o pleno exercício da cidadania, na medida em que, tomando seus conteúdos e as capacidades que se propõe a desenvolver como produtos socioculturais, afirma como direito de todos o acesso a eles”.

Compreendo também que o profissional da área por sua vez, deve estar sensível às necessidades do alunado levando em consideração as perspectiva comportamental, sociocultural, e biológica; entendendo que os alunos do curso noturno, em sua maioria são jovens, e que ainda estão em fase de descobertas e formação de personalidade, e a prática da educação física poderá ajudar nesse e em outros aspectos da vida deles, não só no que se refere à apreensão do conhecimento cientifico formal.

Portanto, acredito que a prática das atividades físicas proporcionadas pela disciplina Educação Física no horário noturno poderá influenciar diretamente no estado de ânimo de cada aluno, na sua autoestima e na apreciação positiva de si mesmo.

Estrutura do artigo

Capítulo 1: (NOME)

Um breve histórico da Educação no Brasil. (A educação no Brasil; o ensino noturno: aspectos históricos; quando e como surgiu, quais as transformações organizativas do ensino; Quem é o sujeito noturno; Legislação)

        De acordo com historiadores só em meados do século XX o processo de expansão da escolarização básica no país começou, e seu crescimento, em termos de rede pública de ensino, se deu no fim dos anos 70 e início dos anos 80.

        Cronologicamente, a história da educação no Brasil começa em 1549 com a chegada dos primeiros padres jesuítas, inaugurando uma fase que haveria de deixar marcas profundas na cultura e civilização do país. Quando os jesuítas  chegaram  por  aqui  eles  não  trouxeram  somente  a  moral,  os costumes  e  a  religiosidade  europeia;  trouxeram  também  os  métodos  pedagógicos. Todavia, movidos por intenso sentimento religioso de propagação da fé cristã, durante mais de 200 anos, os jesuítas foram praticamente os únicos educadores do Brasil. Embora tivessem fundado inúmeras escolas de ler, contar e escrever, a prioridade dos jesuítas foi sempre a escola secundária, grau do ensino onde eles organizaram uma rede de colégios reconhecida por sua qualidade, alguns dos quais chegaram mesmo a oferecer modalidades de estudos equivalentes ao nível superior.

        Em 1759, os jesuítas foram expulsos de Portugal e de suas colônias, abrindo um enorme vazio que não foi preenchido nas décadas seguintes. As medidas tomadas pelo ministro D. José I, o Marquês de Pombal, sobretudo a instituição do Subsídio Literário, imposto criado para financiar o ensino primário, não surtiu nenhum efeito. Só no começo do século seguinte, em 1808, com a mudança da sede do Reino de Portugal e a vinda da família Real para o Brasil-Colônia, a educação e a cultura tomaram um novo impulso, com o surgimento de instituições culturais e científicas, de ensino técnico e dos primeiros cursos superiores, como os de medicina nos estados do Rio de Janeiro e da Bahia.

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