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IMPLEMENTAÇÃO DE PRÁTICAS ESPORTIVAS EM DEPENDENTES QUÍMICOS COM ÊNFASE EM LUTAS

Por:   •  22/9/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.261 Palavras (10 Páginas)  •  415 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CAMPOS DE ANDRADE

WILIAM THOMAZ DE SOUZA TANAKA

IMPLEMENTAÇÃO DE PRÁTICAS ESPORTIVAS EM DEPENDENTES QUÍMICOS COM ÊNFASE EM LUTAS

CURITIBA

2014

1.TEMA : IMPLEMENTAÇÃO DE PRÁTICAS ESPORTIVAS EM DEPENDENTES QUÍMICOS COM ÊNFASE EM LUTAS

Assunto: Atividades físicas para dependentes químicos com ênfase em lutas.

Tema:  As possibilidades da inserção de atividades físicas utilizado como ferramenta o Jiu-Jitsu para pacientes com dependência química e seus efeitos.

2. PROBLEMA

Problema: A dificuldade na assimilação da prática do Jiu-Jitsu como forma reabilitadora e recreativa aos internos em sua rotina diária e/ou semanal.

3. HIPÓTESES

Hipótese 1 : A falta de um educador físico preparado à implementação da arte marcial, assim como sua  prescrição, aplicação, e coordenação, das atividades físicas para um acompanhamento continuo in loco.

Hipótese 2: O período de tratamento ter um tempo pré-determinado o que impossibilita a mediação de resultados obtidos através dos programas inseridos.

Hípótese 3: Clínica com estrutura e recursos escassos à qual dificulta a implementação de práticas aos internos, bem como seu desenvolvimento através das praticas esportivas diversas propostas.

 

4. OBJETIVOS

4.1 OBEJTIVO GERAL

Relacionar a pratica do Jiu-Jitsu como agente transformador na recuperação aos pacientes internos na Clínica Dr. Hélio Rotenberg.

4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

  • Identificar na arte marcial um instrumento de ressocialização e seus inúmeros efeitos bio-psico-sociais benéficos aos pacientes;
  • Observar no grupo de internos os níveis de coordenação motora, sua corporeidade e capacidade de neuroadaptação;
  • Verificar na percepção dos participantes os possíveis efeitos da prática do Jiu-Jitsu no bem-estar e sua influência no tratamento;
  • Aplicar de maneira concisa e eficiente a prescrição correta observando a individualidade biológica de cada um, assim como a substância utilizada.

5. JUSTIFICATIVA

O presente trabalho prático pedagógico com aplicação na clínica Dr Helio Rotemberg, situada na praça Joaquim Menelau de Almeida Torres – Hauer/Curitiba tem como caráter além da implementação de uma prática desportiva no caso o Jiu-Jitsu como instrumento de auxílio na reabilitação de internos através de atividades que reforcem a inserção social que o esporte trás, além das valências que proporcionam ao dependente químico melhorias em sua composição corpórea, metabólica e psicológica.

A dependência química é uma das doenças psiquiátricas mais frequentes da atualidade e representa um grave problema de saúde pública. Na fase da juventude, os jovens buscam prazer em coisas novas, querem explorar diferentes tipos de diversões e essa vontade parece não cessar nunca. Em um determinado momento de suas vidas acabam conhecendo aquele que irá apresentá-lo a tão temida substância química, e a partir desse momento sem se dar conta, acaba-se criando mais um dependente químico. (GIGLIOTTI E BESSA, 2004)

Tendo conhecimento de que a prática regular de exercícios físicos acompanha uma série de benefícios que se manifestam em vários aspectos do organismo, favorecendo a melhora do tônus muscular e força, da flexibilidade, fortalecimento ósseo e articular, perda de peso e percentual de gordura, redução da pressão arterial em repouso é fato que auxiliaria também em casos diagnosticados de dependência química elevando mais ainda os benefícios dos exercícios físicos.

    A atividade física faz com que o organismo adapte-se a um patamar maior de exigência e de capacidade de resposta. Se observarmos as pessoas em tratamento para dependência química, existe um processo contínuo desde a fase inicial, que se caracteriza pela limitação, pela perda progressiva da capacidade de adaptar-se, de responder a uma sobrecarga física ou mental, seja do cotidiano, seja uma sobrecarga artificial ou incomum, como sua exposição a doenças provenientes do uso de substâncias psicoativas. Ela varia de intensidade e duração respeitando a individualidade biológica de cada indivíduo, causando-lhes um estado de relaxamento tanto psíquico quanto somático (ROEDER, 1999).

Com base nesse quadro, estabeleceu-se o foco de atrair os pacientes para prática convidando-os, pois a reinserção é um passo importante neste processo de reabilitação através de atividades, onde com o ganho de confiança pode-se estabelecer meios de estimulação e assim por consequência o desenvolvimento de atividades.

Pelo fato da instituição ter um quadro não tão efetivo no acompanhamento multidisciplinar no que se refere à educadores físicos, isso se reflete também nos recursos esportivos disponíveis cabendo a nós intercedermos na maneira do bom e velho improviso.

6. REVISÃO DA LITERATURA

De acordo com Sharkey apud Roeder (2003), a atividade física ocupa a mente permitindo a passagem do tempo durante períodos difíceis; permite a substituição de maus por bons hábitos e de fixações negativas por positivas; é uma forma de meditação; promove uma sensação de controle sobre a própria vida e o meio ambiente. O controle sobre a vida possibilitado pelo exercício físico é influenciado pela percepção de aquisição de um domínio sobre determinada área, habilidade ou esporte. A percepção deste domínio influencia o desempenho e altera a percepção. Uma experiência bem sucedida nesta área pode, portanto, reforçar um comportamento de convivência, garantindo então a sua continuidade.

 

Como foi observado a partir da primeira visita a clínica, os pacientes internados foram num primeiro instante, reclusos quanto à nossa presença devido ao fato da constância irregular de profissionais ou graduandos de Educação Física salvo o trabalho da Profª Leticia Marlo que mantém esse lado tanto psicossocial quanto o físico ainda presente na rotina semanal destes internos.

Ferreira et al. apud Roeder (2003) dividem o tratamento das dependências em três fases: promoção da abstinência, tratamento das complicações e prevenção das recaídas. Por ser o tratamento um processo dinâmico, complexo e de longa duração, requer uma abordagem múltipla entre os profissionais de saúde: psiquiatra, psicólogo, assistente social, profissional de educação física, terapeuta ocupacional, enfermeiro entre outros desta e de outras áreas.

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