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OS BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA NA TERCEIRA IDADE

Por:   •  16/4/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.578 Palavras (11 Páginas)  •  461 Visualizações

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André Pimentel De Melo (1140684)

 Erivã Vieira Da Silva (1140475)

 Evandro Jose Da Silva (1140446)

 Paulo Roberto Barbosa Gomes (1142168)

Bacharelado em Educação Física

OS BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA NA TERCEIRA IDADE

                                          Tutor: Profa. Dra. Maria Cecília L.B. Soares.

Claretiano - Centro Universitário

MACEIÓ

2016


                           OS BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA NA TERCEIRA IDADE

Resumo: O presente estudo tem como finalidade esclarecer que a prática regular de atividades físicas na terceira idade tem se revelado como um fator determinante no que diz respeito à qualidade de vida principalmente com objetivo de melhorar e minimizar as alterações fisiológicas, melhorar a capacidade motora e proporcionar benefícios sociais, psicológicos e físicos. Portanto, é importante ressaltar que o processo de envelhecimento evidencia mudanças cronológicas seja primaria ou segundaria mas, através da atividade física e principalmente o fator genético esse quadro vem mudando muito principalmente em países em desenvolvimento.

Palavras-chave: Benefícios da atividade física, as alterações no processo cronológico, envelhecimento.

                           

INTRODUÇÃO

Muito se discute sobre a importância da atividade física na terceira idade, e não raro toma-se conhecimento dos seus efetivos e incontestáveis benefícios à saúde, por meio de pesquisas cientificas e testes de campo. Ao contrário do que muitos acreditam envelhecer não é e nunca será sinônimo de incapacidade. Envelhecer é apenas uma fase da nossa vida que é necessário um cuidado mais específico e peculiar, tendo em vista que há um desgaste fisiológico natural do corpo e em consequência disso, uma debilidade um pouco mais acentuada, mas que não implica em incapacidade.

No que diz respeito à atividade física na terceira idade é unanime o consenso que existem inúmeros benefícios que englobam a saúde física e mental, e cada vez mais as evidências científicas vem apontando os efeitos benéficos de um estilo de vida ativo na manutenção da capacidade funcional e da autonomia física durante o processo de envelhecimento.  Moreira (2001) enfatiza que a atividade física não é somente uma ferramenta interventiva, mas preventiva de algumas patologias no envelhecimento. Além dos inúmeros efeitos positivos, torna-se mais que evidente que a degeneração provocada por esta etapa da vida possa ser minimizada, proporcionando ao idoso uma melhor qualidade de vida.

Ao fazer uma análise desse grupo em específico, busca-se descobrir as causas que levam ao acometimento de algumas patologias, que nada mais é que o reflexo das alterações biológicas e fisiológicas que nosso corpo apresenta durante o processo de envelhecimento, e se por este motivo já estiver instaurada alguma patologia, o que agrava essa condição. A atividade física não é somente um coadjuvante no envelhecimento, mas parte de um processo de estimulação de diversas funções orgânicas, controlando doenças crônico-degenerativas como diabetes, hipertensão e osteoporose, assim como mantendo a integridade do sistema locomotor e proporcionando melhor qualidade de vida, independência e autonomia (OKUMA, 2013 apud BUCIOLI, 2015). Desta forma vislumbra-se que a atividade física é uma poderosa ferramenta não só interventiva, mas também preventiva e é através dela que podemos promover uma melhor qualidade de vida bem como prevenir possíveis doenças que somos acometidos devido ao aumento da idade.

 Em consequência disso, este artigo tem como objetivo principal esclarecer a importante contribuição que a atividade física traz para a saúde dos indivíduos que se enquadram no grupo da terceira idade, contudo, para que essa questão não seja uma mera especulação, traremos a luz do cerne os conceitos de idade, classificar o grupo dos idosos, descrever as características e fases do processo fisiológico de envelhecimento e como isso afeta nosso organismo e elucidar questões relacionadas aos benefícios da atividade física na terceira idade e demonstrar que a programação da atividade física no idoso não é muito diferente da preconizada para indivíduos mais jovens. Apenas alguns cuidados especiais devem ser tomados caso haja alguma restrição, que pode estar relacionada às modificações progressivas da idade ou a patologias das mais diversas (cardiovasculares, osteoarticulares, outras). Em virtude do que foi mencionado, iremos discorrer no decorrer deste artigo que a intervenção de um profissional da área de educação física através de um programa de exercícios para condicionamento físico, melhora a capacidade funcional e poderá prevenir e retardar ou mesmo minimizar essa dependência dos idosos.

DESENVOLVIMENTO

É notório que nas últimas décadas vem-se observando uma grande mudança na pirâmide de crescimento populacional dos países desenvolvidos, com um aumento exponencial da população idosa, contudo, isso não é só uma realidade nesses países. Países em desenvolvimento também apresentam esse fenômeno, porém a falta de estrutura não permite tratamento adequado para esse grupo. E problemática nesse quesito está justamente nessa falta de estrutura, pois boas partes dos indivíduos que englobam o grupo da terceira idade estão sujeitos doenças crônicas e incapacitantes, que levam a maior número de internações.  Essa população idosa está crescendo no mundo em tal proporção importante, que o que parecia ser uma tendência apenas de países desenvolvidos também está ocorrendo nas nações menos desenvolvidas. O aumento na expectativa de vida denota uma vitória sobre a mortalidade e está diretamente associada à melhoria no acesso da população aos serviços de saúde e, como consequência, uma maior adesão às campanhas nacionais de vacinação.

Outros fatores que contribuem para um aumento na expectativa de vida são: maior nível de escolaridade da população, maiores investimentos na infraestrutura de saneamento básico e na percepção dos indivíduos com relação às enfermidades, além dos avanços tecnológicos da Medicina (BRASIL, 2010 apud BUCIOLI, 2015).

Estudos demográficos demonstram que em 2025 o Brasil se enquadrará como a sexta maior população de idosos do mundo e que consequentemente implicara um custo maior para um país com péssima distribuição de renda, em transição em sua economia e que apresenta um sistema de saúde inoperante. Associado a isso, temos os efeitos do desenvolvimento industrial, que permitiu o surgimento dos grandes centros urbanos, que trouxe como consequência profundas modificações na sociedade. Os indivíduos tornaram- se mais competitivos ansiosos e preocupados com a sobrevivência. O tempo tornou-se escasso para a prática de atividades físicas associadas a mudanças dos hábitos como alimentação inadequada, obesidade e tabagismo, que são determinantes importantes para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, que podem levar a incapacidade prematura e a dependência de terceiros. Neste cenário, a atividade física vem como uma interessante ferramenta que fornecer as pessoas idosas uma oportunidade de manter a sua saúde física e mental, bem como para assegurar sua independência. Em ordem para alcançar este objetivo, um programa de exercícios deve ser realizado com segurança, geralmente precedido por um teste de esforço e um protocolo personalizado. Benefícios relativos à aptidão física e psicológica são evidentes, proporcionando uma melhor integração social destes indivíduos, podendo prevenir, retardar ou até minimizar a dependência que os idosos necessitam conforme a debilidade que alguns apresentam devido ao acometimento de algumas patologias referentes ao envelhecimento. Segundo Farinatti (2008), envelhecer é uma expressão imprecisa que referencia um estado de percepção difícil, pois deixa-nos o questionamento da idade em que uma pessoa passa a ser considerada idosa – a partir de 50, 60, 65 ou 70 anos? O autor afirma que a velhice não é um fenômeno estatístico e que na, análise da literatura, não existe uma unanimidade que explique o processo de envelhecimento. Assim, envelhecer ultrapassa as barreiras cronológicas. Dessa forma, também não nos prenderemos a conceitos ou teorias sobre a idade cronológica em que tem início a Terceira Idade, mas em dados gerais sobre o crescimento deste público e o envelhecimento global populacional, assim como as projeções percentuais da representatividade destes nas próximas décadas.

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