Obesidade x Atividade Fisica
Por: Douglas Decker • 13/2/2017 • Monografia • 3.672 Palavras (15 Páginas) • 409 Visualizações
OBESIDADE x ATIVIDADE FISICA
MENDES, Eliane Beilke[1]
SOBRENOME, Nome do orientador (professor)[2]
RESUMO
Recorreu-se a pesquisa bibliográfica, com o objetivo de definir o que é obesidade, quais suas causas e qual seu tratamento, bem como relatar e salientar a importância da atividade física; tanto para indivíduos obesos quanto para não-obesos. A obesidade é um grave problema de saúde pública na sociedade atual. Constatou-se que a cada ano que se passa esse problema vem aumentando de proporção, tanto em adultos quanto em crianças, e nas crianças esse problema é pior pois elas não têm noção da gravidade dessa doença e dependem dos adultos para que esse problema seja solucionado, pois suas causas são múltiplas, mas em primeiro lugar está o excesso de alimentação. Seu tratamento depende do estado de saúde geral do paciente e suas complicações são as mais variadas. Concluiu-se que a atividade física, juntamente com uma alimentação equilibrada é essencial para seu tratamento e que o governo deve investir mais nos municípios e em campanhas de conscientização sobre a obesidade, bem como a população precisa conscientizar-se e passar a se alimentar melhor e ser mais ativa, procurando sempre um profissional para orientação de atividades físicas mais intensas.
Palavras chave: Obesidade. Atividade física. Obesidade infantil. Sedentarismo.
1 INTRODUÇÃO
A obesidade é considerada atualmente um dos principais problemas de saúde pública, pois afeta milhões de pessoas no Brasil e no mundo. É uma doença multifatorial, que resulta da interação de fatores genéticos, metabólicos, hormonais, ambientais, comportamentais e culturais; e que pode desencadear problemas sérios de saúde, como doenças cardíacas e respiratórias, diabetes mellitus, hipertensão, entre outros, inclusive a morte.
Pesquisas concluem que o aumento da incidência de obesidade nos últimos vinte e cinco anos do século XX teve como principais causas o consumo excessivo de nutrientes combinado com crescente sedentarismo. O consumo de alimentos industrializados aumentou muito nos últimos anos, mas um estilo de vida cada vez mais sedentário teve um papel importantíssimo no aumento da obesidade, o estresse da vida moderna e do dia a dia, além do sono insuficiente, também contribuem para que a doença ocorra, se tornando um dos problemas mais comuns do estilo de vida atual.
2 OBESIDADE
A obesidade é o acumulo de gordura no corpo causado na maior parte das vezes por um consumo excessivo de calorias na alimentação, muito superior ao valor que o organismo necessita para sua manutenção e realização das atividades do dia a dia. Ocorre quando o índice de massa corporal de uma pessoa é igual ou superior a 30. O principal sintoma é o excesso de gordura corporal, o que aumenta o risco de problemas de saúde mais grave. É considerada uma doença multifatorial e crônica, pois faz com que ocorram diversos problemas de saúde em conjunto e até o aumento da taxa de mortalidade. Apesar de ser uma doença de condição individual, há um crescimento dela na sociedade, podendo ser considerada um problema de saúde pública.
A Organização Mundial de Saúde já aponta a obesidade como um dos maiores problemas de saúde pública do mundo. A projeção é que em 2025, haja cerca de 2.3 bilhões de adultos com sobrepeso; e mais de 700 milhões de obesos.
Para definirmos se um indivíduo esta obeso ou não, basta fazer um cálculo simples, chamado de Índice de Massa Corpórea (IMC), da seguinte maneira:
IMC = peso (kg) ÷ (altura) ²
A tabela a seguir mostra a interpretação dos resultados obtidos pela equação:
[pic 1]
“O índice de massa corporal (IMC), definido como o peso em quilograma dividido pela altura em metros quadrados, é o indicador mais utilizado para a avaliação da obesidade em adultos [...]” (Nunes et al., 2008, p.252).
Uma pessoa é considerada obesa quando seu IMC é superior a 30 kg/m2. Devemos ter em mente que esse cálculo não se aplica para pessoas com grande massa muscular, pois o mesmo costuma enquadrá-los na categoria de sobrepeso, e até de obesidade, mesmo apresentando um percentual de gordura baixo.
O IMC ainda não nos dá a informação sobre o total de gorduras e como essas gorduras estão distribuídas pelo nosso corpo, o que é um fator importante, pois o excesso de gordura abdominal pode ter consequência em termos de problemas de saúde.
Uma forma de medir a distribuição, é a circunferência da cintura, que não apresenta uma relação com altura e fornece um método simples e prático de identificar pessoas com excesso de peso que tem risco acrescido de desenvolver problemas de saúde relacionados com a obesidade. Se a circunferência da cintura for superior a 102 cm para os homens e 88 cm para as mulheres, isto significa que tem excesso de gordura abdominal e que apresentam maior risco de problemas de saúde.
A medição da circunferência da cintura divide as pessoas em duas categorias: os indivíduos com distribuição de gordura androide e os com distribuição de gordura ginoide.
A obesidade androide é predominante no sexo masculino, é caracterizada pelo acumulo de gordura na metade superior do corpo, sobretudo no abdômen. Se assemelha a figura de uma maçã, e oferece maior risco de complicação metabólica.
Já a obesidade ginoide ocorre predominantemente no sexo feminino, e ocorre na metade inferior do corpo, particularmente na região glútea e coxas. Ela se associa a figura de uma pêra, e acarreta num menor risco de complicações metabólicas.
A figura abaixo nos mostra o exemplo de ambas as obesidades.
[pic 2]
Figura 1 - Obesidade Androide (maçã) e Obesidade Ginoide (pêra).
O culto ao corpo e a grande importância atribuída à imagem perfeita, faz com que a obesidade seja também a origem de situações de marginalização social, laboral e até familiar, por isso também está presente na origem de distúrbios psicológicos relacionados à depressão ou falta de autoestima.
A obesidade pode ter várias consequências como:
- Doenças cardiovasculares - hipertensão, insuficiência cardíaca, arteriosclerose,
- Doenças do metabolismo – diabetes, gota, tolerância a glicose,
- Doenças respiratórias – insuficiência respiratória, asma, fadiga, apneia, embolismo pulmonar
- Aparelho urinário e reprodutor – infertilidade, impotência, carcinoma da mama e da próstata,
- Doenças gastrointestinais,
- Dores nas costas, hérnias, enjoos e sensação de desequilíbrio,
- Discriminação e isolamento social,
- Depressão, fraca autoestima, ausência de objetivos.
- Rigidez nas articulações, entre outras.
2.1 Obesidade Infantil
A obesidade infantil já é considerada o distúrbio nutricional mais comum na infância. E ocorre quando uma criança está acima do peso para sua idade e altura.
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