Os Fundamentos para a criação da Metodologia de Treino
Por: Hugo Leites • 5/4/2018 • Trabalho acadêmico • 12.887 Palavras (52 Páginas) • 241 Visualizações
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Índice
Introdução 4
Parte 1 5
Contextualização da Intervenção 6
Caracterização da Equipa 8
F.C. Porto (Equipa sénior) 8
F.C. Porto (Equipa de formação) 10
Parte 2 11
Proposta de Intervenção 12
Fundamentos para a criação da Metodologia de Treino 12
Caracterização da modalidade 15
Perfil Energético 15
Principais capacidades físicas 15
Principais habilidades técnicas 16
Componente tática 17
Caracterização dos praticantes 18
Faixa etária 18
Períodos sensíveis de treino 18
Principais dificuldades (capacidades física e aspetos técnicos) 19
Definir testes padrão para avaliar o progresso 22
Justificação/Validação da Metodologia de Treino 23
Fundamentos de origem prática 23
Fundamentos de origem teórica 24
Metodologia de Intervenção 28
Reflexão Global 35
Referências Bibliográficas 47
Anexos 50
Introdução
O presente documento, representa a componente teórica do trabalho “Contexto de Intervenção Prática”, realizado no âmbito da unidade curricular (UC) Metodologia II – Desporto e Populações Especiais.
Este trabalho teve como objetivo, proporcionar aos alunos desta UC, uma experiência de vivência prática, onde pudessem observar o trabalho realizado num projeto/modalidade, inserido no contexto da atividade física adaptada. Embora o principal objetivo fosse o da observação, os alunos podiam obviamente intervir, se lhes fosse dada essa oportunidade.
Foram-nos fornecidas diversas opções de intervenção, e a escolha foi inteiramente nossa. Apenas era encorajado, que a escolha nos ligasse uma área de intervenção, com a qual ainda não estivesse-mos familiarizados. No meu caso em particular, optei por realizar o estágio nas equipas sénior e de formação, de Futebol de 7 para Paralisia Cerebral (PC), do FC Porto.
Este documento encontra-se dividido em duas partes, sendo que na primeira parte, irei proceder à contextualização da intervenção onde estive inserido, bem como realizar a caracterização das equipas com quem trabalhei. Já na segunda parte, irei fundamentar e apresentar uma sugestão de Metodologia de Intervenção adequada ao contexto onde realizei o estágio, mas apenas para a equipa de formação. Por fim, irei terminar com uma reflexão global sobre o trabalho desenvolvido durante a intervenção.
A criação da metodologia referida, terá por base uma breve revisão da literatura, sobre a modalidade e a sua população alvo, bem como o resultado das minhas observações e vivências, durante o estágio realizado.
Parte 1
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Contextualização da Intervenção
Como referido na introdução, optei por realizar o meu “estágio” na equipa de Futebol de 7 para PC, do FC Porto. Logo no início do estágio, foi-me informado que também poderia trabalhar com a equipa de formação. Aceitei a oportunidade, ficando assim a realizar o estágio em ambas as equipas.
Relativamente à equipa sénior, os treinos realizavam-se às Segundas, Quartas, e Quintas, das 21h-22h30, nas instalações do Vitalis Park. Já em relação à equipa de formação, os treinos realizavam-se apenas aos Sábados, das 14h às 15h, no Pavilhão Pêro Vaz de Caminha.
Optei por frequentar dois treinos da equipa sénior, às Segundas e Quintas, e o treino de formação no único dia disponível.
Não há muito a dizer relativamente às condições de trabalho. As instalações do Vitalis Park são de excelente qualidade, e o material disponível também. Em relação à equipa de formação, tanto o material como o pavilhão, se encontravam em boas condições.
Relativamente ao trabalho desenvolvido, não tive uma intervenção ativa na equipa sénior, e estive mais ligado ao treino dos guarda-redes. Desempenhei portanto um trabalho essencialmente de observação dos “jogadores de campo”, e auxiliei no treino de guarda-redes, que estava a ser desenvolvido por outro estagiário, aluno da ESE.
Na equipa de formação, embora não tivesse participado no planeamento e criação de exercícios, desempenhei um papel bastante mais ativo durante o estágio. Talvez por esse motivo, tenha optado por elaborar uma metodologia de intervenção direcionada para a equipa de formação.
Por fim, resta-me referir que o Futebol de 7 para PC resulta da adaptação do Futebol de 11, de forma a ser adequado à prática por pessoas com PC. As adaptações não são muitas, e seguem as regras da FIFA.
As únicas exceções estão relacionadas com a remoção da regra do fora de jogo, e da possibilidade de se realizar o lançamento lateral, usando apenas uma mão, sendo que neste caso, a bola terá que sair a rolar e contactar o solo mal saia da mão do atleta. O jogo compõe-se de duas partes de 30min cada, e com 15min de intervalo entre elas.
Existem ainda algumas restrições relativamente ao uso de atletas das diversas classes (C5, C6, C7 e C8), sendo que apenas pode jogar um atleta C8, e têm obrigatoriamente de estar presentes em campo, dois atletas C5 ou C6.
Caracterização da Equipa
F.C. Porto (Equipa sénior)
A equipa sénior do FC Porto, foi formada em 2015, e resultou da aposta do FC Porto nesta modalidade, que “absorveu” a equipa da APPC.
É treinada por Vasco Ferreira, Licenciado em Educação Física e Desporto pelo ISMAI em 2003, e Mestre em Atividade Física Adaptada pela FADEUP, em 2006. Era também ele que treinava a equipa da APPC, desde 2011, o que significa, que embora esta equipa tenha aparecido no FC Porto apenas em 2015, já está formada desde 2011.
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