Resenha livro da Cultura do Corpo
Por: GABRIELAABAND • 13/10/2015 • Resenha • 976 Palavras (4 Páginas) • 4.214 Visualizações
RESENHA DO LIVRO DA CULTURA DO CORPO
ALUNO: ANGELA GABRIELA PASSARELA
R.A. 1121932
CURSO: LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
VITÓRIA– ES
2015
1- INTRODUÇÃO
A obra é organizada por quatro capítulos, que trata de uma reflexão embasada acerca da construção da percepção social e científica do corpo. Através de um resgate antropológico do conceito de corpo ao longo do tempo, o autor interage com o recorte científico do corpo humano, associando essa reflexão ao papel da Educação Física na construção deste corpo e de como ele é percebido socialmente.
2- DESENVOLVIMENTO
No capitulo um, na parte que se refere ao “corpo antropológico”, Daolio busca em Maus aspectos relacionados ao “fato social total” que destaca que qualquer relação do homem podem haver dimensões sociológicas, psicológicas e fisiológicas (23p.). Ainda neste autor, cita sua colocação acerca da cultura/identidade, “não existia povos civilizados”, mas civilizações diferentes. Em Strauss, Daolio destaca as dimensões que constituem a experiência de qualquer individuo membro de uma sociedade, a historicidade do ser humano dentro do seu meio. Em Durkhein enfatiza a categoria do mesmo em destacar os fatos sociais como “coisas”, que se explicam a partir da relação com outros fatos sociais. Nesse sentido, Daolio traz a discussão a pesquisa antropológica como a base do conhecimento do lugar e do papel do observador. Por ser flexível, a antropologia não acata pré-conceitos ou pré-juízos, buscando compreender a atitude humana através da cultura e valores, que dão sentido as atitudes humanas;
No capítulo dois percorre a Antropologia Natural (até o século XIX), que influenciou a química, a geologia, a botânica, a zoologia, a biologia e demais ciências naturais. Neste período o homem e compreendido como uma espécie animal no reino da natureza (29p.). Depois na Antropologia Social, há uma oposição entre a natureza e cultura. O homem natural, fruto da concepção antropológica anterior, é confrontado pelo paradigma do homem sociocultural. Nesta etapa ele também destaca Geertz que trabalha com a categoria de corpo x signos sociais, ondo o corpo além de cultural é portador de especificidades sustentadas por essa cultura ao qual se insere. Torna o homem enquanto ser humano a partir do corpo ( RODRIGUES, 1986 in Daolio 1995). O corpo é patrimônio cultural universal, e de cada sociedade constrói nos corpos ao longo do tempo, significados que o definem de maneiras diversificadas. Destaca também o Estado de Natureza e o Estado de Sociedade, categorias de Strauss, no que se refere a cultura como elemento de controle do corpo e das práticas de movimento;
No terceiro capitulo trabalha com organização de uma pesquisa em doze escolas paulistas de classes populares e classe média, no qual avalia a organização espacial, de recursos humanos e dos alunos (características familiares e sociais entre o grupo de alunos populares e de classe media das escolas contempladas na pesquisa). A pesquisa foca também a percepção dos professores destas escolas, de como a Educação Física Escolar se apresenta nas escolas;
No quarto capítulo destaco as categorias corpo, cultura, natureza, sociedade e temporalidade destacadas por Daolio. Nessa ótica, o mesmo corpo que torna os homens e membros da mesma espécie, também os torna diferentes (72p.). As praticas que se realizam sobre o corpo e por meio dele, se explica pela relação entre a natureza e a cultura. O autor também relaciona a Educação física como uma construção social, assim como o corpo também o é, para tanto se necessário compreender não apenas a dimensão fisiológica do mesmo, mas também do corpo e do movimento. Trabalhando as representações dos professores sobre esta relação, e a influencia destas na sua prática docente. Discorre também sobre o Corpo “Natural” que brinca, joga, diverte, movimenta naturalmente, tendo no esporte especificamente, como manifestação consequente da socialização inclusiva do movimentar-se na Educação física escolar. Além de trabalhar as categorias corpo Natural e corpo Social a partir das técnicas esportiva, alternativa e lúdica, o corpo como matéria-prima do movimento e pedagogicamente produtora de saber.
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