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A Anemia Ferropriva

Por:   •  29/7/2019  •  Trabalho acadêmico  •  2.558 Palavras (11 Páginas)  •  464 Visualizações

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  1. INTRODUÇÃO

Anemia é definida, segundo Organização Mundial de Saúde (OMS), como um estado de baixa concentração de hemoglobina e hematócrito no sangue, que são diferenciados em relação a gênero, raça e outros fatores e em decorrência da ausência de nutrientes essenciais como: vitamina B12, ferro, zinco e proteínas, sendo, a anemia por carência de ferro chamada de anemia ferropriva, cujo estar entre a mais comum (90% dos casos). O ferro é um nutriente fundamental para a saúde, ele atua, principalmente, na síntese das células vermelhas do sangue e no carregamento de oxigênio para todas as células do corpo. (BRASIL, 2007)

 No que diz Brasil 2007, em geral, a anemia manifesta-se quando a taxa glomerular (TFG) baixa para níveis menores que 70 ml/min em homens e 50 ml/min em mulheres, no caso de doença renal crônica e quando a hemoglobina for menor que 13g/dl em homens e 1g/dl em mulheres.

A aplicação de hemoglobina é um parâmetro mais usado como indício dos efeitos fisiopatológicos da anemia. Todavia a concentração da proteína sanguínea não possui boa característica e sensibilidade para avaliação do estado nutricional de ferro, visto que se encontrem mudanças em circunstâncias de varias patologias como, dos processos inflamatórios e infecciosos, hemorragia, tabagismo, desnutrição e uso de medicamentos. (PAIVA, 2000).

A forma mais comum de diagnosticar a anemia é através da medição da hemoglobina no sangue. A deficiência de ferro no organismo deve ser observada em três estágios: o primeiro acontece à redução nos depósitos de ferro, com valor menor a 12g/l. Já de segundo estágio ocorrem alterações bioquímicas refletindo a ausência de ferro para a fabricação normal da proteína do sangue e outros componentes fundamentais, com mudanças observadas no transporte da vitamina e nas hemácias que recentemente, foram repartidas na corrente sanguínea.  E por último, o terceiro estágio significa a anemia por escassez de ferro propriamente dito, quando a proteína tem uma produção ineficaz o considerável, levando a redução de sua concentração em valores inferiores ao normal para indivíduos de mesma idade e sexo, evidenciando-se por anemia hipocrômica e microcítica. (BRASIL, 2007)

Diante do que foi exposto, o presente estudo tem a proposta de relatar a história clínica de um paciente, cujas iniciais G.B.P. de 78 anos, que faz acompanhamento da Estratégia da Saúde da Família do Raul Barcelar, módulo 40 em Parnaíba-PI. Empregado a Sistematização de Assistência de Enfermagem (SAE), com a obtenção de dados criteriosamente adquiridos através de exames e conversas realizadas durante a assistência na Unidade de Saúde.

  1. OBETIVO

Adquirir conhecimento sobre a patologia, aliado a teoria e prática, embasado na aplicação da sistematização de assistência em enfermagem e a importância da assistência prestada na Unidade de Saúde ao paciente.

  1. ESTUDO DA PATOLOGIA

3.1- Conceito

Anemia é uma condição na qual a aglomeração sanguínea de hemoglobina encontra-se abaixo dos valores esperados, sendo insuficiente para atender as necessidades fisiologias, conforme o sexo, idade e altitude. Devido a inúmeros fatores, pode ser causada pela carência de ferro, chamada de anemia ferropriva, além de, outros micronutrientes, por hemorragias, processos infecciosos e patológicos simultâneos, com uso de medicações próprias que interrompam ou atrapalhem a absorção normal do ferro no organismo, sendo que essa deficiência estar associada à maioria dos casos no mundo. (JORDÃO, 2009)

O ferro é o metal mais presente no corpo humano, participando de todas as etapas da síntese protéica e dos sistemas fisiológicos, como respiração, oxidativos e anti-infecciosos do organismo. Grande parte do ferro usando no corpo humano é oriunda do próprio sistema de renovação de hemácias, e outra parte menor, originário da dieta vinda de fontes vegetais ou inorgânicas, ovos e da carne. (HENRIQUE, 2012)

3.2- Fisiopatologia

O corpo de uma pessoa adulta saudável e bem nutrida obtém de 3 a 4g de ferro. O éritron (órgão irregular, único, formado pelo somatório de eritroblastos, hemácias e reticulósitos), é um grande compartimento operacional de ferro no organismo, obtendo de 60 a 70% do metal total. Dessa maneira, a necessidade de ferro do éritron tem atuação principal na sua deficiência. Todo o resto de ferro esta distribuído nos hepatócitos e macrófagos do sistema reticuloendotelial (SER), que exercem como órgão de depósito. O SER é encarregado por fagocitar células velhas, catabolizar hemoglobina para renovar o ferro e devolve-lo para a transferrina, que tem a função de transporte de ferro no sangue, para uma nova utilização. A despeito da pouca capacidade de absorção do duodeno, o equilíbrio de ferro é conduzido a partir da absorção intestinal. Não tem nenhuma via fisiológica para excreção de ferro, fazendo essa regulação crítica. A carência de ferro começa a partir do desequilíbrio entre o que foi ingerido, absorvido e em situações de um processo aumentado ou perda crônica (anemia ferropriva) sendo multifatorial. (BRASIL, 2007)

No que diz Paiva (2000), a homeostase do ferro é um fator importante para eritropoiese, responsável pela produção dos eritrócitos ou hemácias, e as funções celulares fisiológicas. Inúmeras enzimas e proteínas transportam o ferro e são envolvidas no processo de equilíbrio, pode – se analisar que o metabolismo do ferro é regulado pela hepcidina, sendo uma proteína sintetizada no fígado.  

3.3- Quadro Clínico

A anemia por deficiência de ferro tem sintomas como fadiga, agravo no desenvolvimento muscular, crescimento e neurológico. O desenvolvimento cognitivo é prejudicado, como disfunções de comportamento e dificuldade de concentração e aprendizado. Irritabilidade e falta de interesse, incapacidade de manter a temperatura corporal quando se expõe ao frio, inapetência, alterações no crânio em crianças com a patologia em período longo, como espaços diplóicos aumentados, ossos longo anormais e tábuas externas afinadas. (BRASIL, 2007)

O ferro é um elemento fundamental para integridade funcional dos tecidos linfóides, a falta desse metal pode levar a mudanças na resposta imunitária e contribuindo assim para maior cometimento a morbidade em razão da falta de resistência a infecções. (GROTTO, 2008)

N gestação, são numeras as mudanças fisiológicas do qual há um aumento plasmáticos e diminuição de micronutrientes, caso existir a escassez de ferro, pode desencadear desnutrição e risco de morbidade e mortalidade fetal e materna, mesmo em caso de anemia moderada, evidencia risco de parto prematuro e feto com baixo peso ocasionando maior probabilidade de doenças infecciosas. (BRASIL, 2007)

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