A Atuação em Base Territorial
Por: ferraro27 • 14/11/2020 • Resenha • 1.037 Palavras (5 Páginas) • 215 Visualizações
O caso apresentando nos mostra a família de Clotilde, de 33 anos, que está grávida e é doméstica, seu marido Carlos, de 51 anos, desempregado, faz biscates na comunidade. A família já possui 4 filhos (Ana de 11 anos, Maria de 9 anos; Letícia de 8 anos e Carlos de 5 anos). A renda familiar é de pouco mais de um salário mínimo, o que nos mostra uma família de 6 integrantes, e com mais um a caminho. Podemos concluir que a família possui baixa renda.
Clotilde teve busca adequada pelo ACS Pedro, o qual fez seu cadastro e a encaminhou para o início de seu pré-natal a Unidade de Saúde da Família – USF mais próxima da sua casa.
Chegando a USF, foi atendida pelo Dr. Carlos, constatando gestação de 20 semanas. Prescreveu alguns medicamentos, solicitou exames de rotina de pré-natal, fez encaminhamento para a nutrição e odontologia, orientou que retornasse para marcar a consulta, quando os exames estivessem prontos. Informou que ela poderia escolher aonde seria realizado o parto, uma vez que a USF só se responsabiliza pelo pré-natal. Ao tentar buscar a medicação na farmácia da unidade, o atendente informou que o mesmo se encontra em falta e só tinha o genérico com a dosagem diferente, então ela foi orientada a procurar o medicamento em outra unidade de saúde. O resultado dos exames após a coleta está demorando cerca de 45 dias e a consulta com a nutrição e a odontologia, depende do sistema de regulação de vagas.
Nesse paragrafo podemos observar várias falhas, a paciente já estava com 20 semanas de gestação na sua primeira consulta de pré-natal, paciente já se encontra no segundo trimestre da gestação, quando o recomendado é ter uma consulta no primeiro trimestre, duas consultas no segundo trimestre e três consultas no terceiro trimestre, no mínimo. Poderíamos ter tido uma captação mais precoce dessa gestante, uma busca ativa pelo ACS ou mesmo comunicação em saúde, para orientar a população da importância das consultas de pré-natal. Apesar do pioneirismo brasileiro em adotar uma relação de medicamentos essenciais e do financiamento público garantido pelo SUS, a disponibilidade média dos medicamentos traçadores não deve ser inferior aos 80% recomendados pela OMS, em todas as regiões do país. Desta forma, permanece o desafio de garantir o acesso aos medicamentos no âmbito da atenção primária. A baixa disponibilidade pode prejudicar os tratamentos instituídos, elevar os gastos com a atenção à saúde e comprometer a qualidade de vida das pessoas. Os menores índices de disponibilidade identificados nos municípios de pequeno porte associados à baixa disponibilidade dos medicamentos de aquisição centralizada pelo Ministério da Saúde sinalizam possíveis deficiências nos processos logísticos e de gestão da assistência farmacêutica. À semelhança da Estratégia Saúde da Família, é fundamental que a União e os estados se corresponsabilizem com os municípios para garantir padrões mínimos de estrutura e qualidade para as unidades dispensadoras, a fim de incrementar a disponibilidade de medicamentos no SUS.
A demora na marcação dos exames é outro problema que impacta, pois, a consulta de retorno está atrelada ao resultado dos exames, o município poderia avaliar a possibilidade de manter uma cota mensal para as gestantes, pois é um número que deve variar pouco ao longo dos meses, com isso, manteria a regularidade dos exames para gestantes.
A USF é responsável por encaminhar a gestante para conhecer a maternidade aonde será realizado o parto.
A paciente, na semana seguinte a consulta, apresentou falta de ar, mal estar generalizado e aperto no peito, buscou a USF, a qual relatou não fazer atendimentos de urgência. Sendo orientada por equipe a buscar atendimento em maternidade em município vizinho. Lá, foi prontamente atendida, foram realizados exames de bioquímica e ultrassom e tudo estava bem com ela e o bebê. Antes de receber alta. Antes de receber alta, a equipe de plantão
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