A DOENÇA DE ALZHEIMER

DOENÇA DE ALZHEIMER

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1 – DEFINIÇÃO

• A doença de Alzheimer foi descoberta pelo médico (neurologista) alemão Alois Alzheimer no início do século XX;
• Consiste numa doença do cérebro degenerativa, isto é, que produz atrofia progressiva, com início mais frequente após os 65 anos;
• É caracterizada pela perda das habilidades de pensar, raciocinar, memorizar, afecta as áreas da linguagem e produz alterações no comportamento;
• A doença de Alzheimer é a causa mais comum de demência em todo o mundo;
• Existe sempre perda de memória, acompanhada de alterações do raciocínio e da comunicação.

2 – ETIOLOGIA

• As causas da doença de Alzheimer ainda não estão conhecidas;
• Segundo alguns autores, a doença de Alzheimer pode surgir de duas formas:

* De forma esporádica, representando 80% dos casos;

* De cariz hereditário, mas com menor frequência (5% dos casos).

Tal como já fora referido, a doença de Alzheimer aumenta com a idade, embora possa também afectar pessoas mais jovens. Não é portanto, um problema apenas nos idosos!...

2.1 – FACTORES DE RISCO

A causa da doença de Alzheimer é desconhecida, mas todos os estudos realizados ao longo dos últimos anos levaram a reconhecer alguns factores de risco, entre os quais os mais importantes são:

• Idade: a incidência é muito maior em pessoas com mais de 80 anos;
• Sexo feminino: com ligeiro aumento da prevalência;
• Hereditariedade de certos genes: a história familiar de doença de Alzheimer geralmente aumenta a probabilidade de a pessoa desenvolver a doença.
• Síndrome de Down (mongolismo)
• Estrogénio: o uso de estrogénio (reposição hormonal) pode ser mais comum entre mulheres;
• Traumatismo Craniano: aumenta o risco do indivíduo padecer da doença de Alzheimer, devido a eventuais lesões cerebrais causados pelo TCE;

3 – DIAGNÓSTICO

O diagnóstico da doença de Alzheimer é feito com base na exclusão de diversas patologias que também podem evoluir para um quadro de demência, tais como:

• Traumatismos cranianos;
• Tumores cerebrais;
• Acidentes Vasculares Cerebrais;
• Intoxicações ou efeitos colaterais de medicamentos;
• Intoxicação por drogas e álcool;
• Depressão.

De referir que não existe um teste clínico que, por si só, permita formular um diagnóstico certo da doença de Alzheimer. Assim, o diagnóstico é efectuado através da realização de alguns exames complementares de diagnóstico como:

• Exame neurológico;
• TAC ou ressonância magnética (RM);
• Exame clínico cuidadoso, mediante a utilização de escalas de avaliação cognitiva.

3.1 – EXEMPLO DE TESTE DE AVALIAÇÃO COGNITIVA

Um teste fácil e imediato para verificar o estado das funções cognitivas. Cada resposta equivale a um ponto.

• Perguntar a idade;
• Perguntar a hora;
• Indicar um endereço e pedir à pessoa para o recordar (no fim do teste pedir para repetir o endereço indicado);
• Perguntar o ano em curso;
• Perguntar o nome do local onde a pessoa se encontra;
• Perguntar o nome de duas pessoas conhecidas que se encontrem próximo;
• Perguntar a data de nascimento;
• Perguntar o ano em que deflagrou a primeira guerra mundial;
• Perguntar o nome do Presidente da República;
• Pedir para contar por ordem decrescente de 20 até 1.

Em caso de uma pontuação de 6 ou inferior é conveniente consultar o médico e, eventualmente, um especialista para um estudo mais aprofundado.

Outras escalas:

• Mini Mental State
• Teste do Relógio

4 – SINTOMATOLOGIA

Geralmente, a doença de Alzheimer divide-se em três estágios: leve, moderado e grave. Cada estágio pode durar alguns anos.

Estágio Leve

• Esquecimento de eventos / acontecimentos recentes;
• Comprometimento na aprendizagem de novas informações;
• Relações de tempo levemente alteradas;
• Orientação espacial prejudicada fora do ambiente familiar;
• Dificuldade em realizar tarefas complexas;
• Necessidade de ser lembrado sobre os cuidados pessoais e higiene.

Estágio Moderado

• Esquecimento eventual do nome e identidade de familiares e amigos;
• Dificuldades com a noção de tempo;
• Desorientação espacial dentro de casa;
• Dificuldade em encontrar a palavra certa e em nomear objectos;
• Fala menos espontânea e complexamente;
• Incapacidade de lidar com dinheiro;
• Dificuldade em lidar com emergências domésticas;
• Perda de iniciativa;
• Dificuldade em realizar as actividades da vida diária (AVD);
• Incontinência urinária e fecal;
• Irritabilidade e agressividade;
• Delírios e alucinações.

Estágio Grave

• Problemas com a memória de longo prazo (remota);
• Perda gradual da orientação de tempo, lugar e pessoa;
• Dificuldade em terminar uma frase;
• Comunicação quase e apenas por modo não verbal;
• Perda total da independência;
• Aparência fragilizada;
• Irritabilidade extrema.

4.1 – 10 SINAIS DE ALARME

O reconhecimento de alguns dos seguintes sintomas pode permitir o diagnóstico precoce da doença de Alzheimer.

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1- Perda da memória de factos recentes