A IMPORTÂNCIA DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA EMERGÊNCIA DO DESLOCAMENTO PREMATURO DE PLACENTA
Por: angela3026 • 12/10/2021 • Trabalho acadêmico • 3.801 Palavras (16 Páginas) • 1.187 Visualizações
GRUPO EDUCACIONAL FAVENI
ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
ÂNGELA BARBOSA CARREIRO LIMA
IMPORTÂNCIA DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA EMERGÊNCIA DO DESLOCAMENTO PREMATURO DE PLACENTA
COLINAS – MA
2021
IMPORTÂNCIA DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA EMERGÊNCIA DO DESCOLAMENTO PREMATURO DE PLACENTA
Ângela Barbosa Carreiro Lima¹
Declaro que sou autora deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).
RESUMO: Este trabalho objetiva identificar a importância das práticas de cuidado da equipe de enfermagem na emergência obstétrica de Deslocamento Prematuro de Placenta (DPP) e faz uma breve revisão literária que compreende a interpretação de diferentes autores sobre a atuação da enfermagem nesta área, identificando suas contribuições no atendimento emergencial obstétrico. Estudos destacam que, no Brasil, as taxas de morbimortalidade materna e perinatal ainda são altas, considerando a Organização Mundial de Saúde (OMS), reforçando a necessidade da equipe de enfermagem que atua nesse serviço. Muitos artigos sobre o assunto foram encontrados, os que não possuem contribuição para este trabalho foram descartados. Pode-se concluir que a equipe de enfermagem competente possui várias atribuições no atendimento emergencial de gestantes e se torna de extrema importância que o profissional tenha conhecimento dessas atribuições. Espera-se, então, contribuir com estas informações para a população em geral e, também, para os profissionais da área de obstetrícia.
PALAVRAS-CHAVE: ENFERMAGEM. EMERGÊNCIA. DESCOLAMENTO PREMATURO DE PLACENTA.
INTRODUÇÃO
A gravidez é considerada um período do ciclo de vida, que na maior parte das vezes, pode transcorrer sem alterações na saúde, porém envolve em si uma crise de adaptação que pode ser caracterizado por difíceis mudanças fisiológicas, emocionais, interpessoais e sociodemográficas, as quais trazem um potencial risco eminente e por isso acarreta uma atenção de caráter multidisciplinar de saúde. Dentre as várias emergências que a equipe de enfermagem atende em seu dia a dia, o descolamento prematuro de placenta (DPP) tem destaque neste trabalho. (BITTENCOURT & HORTALE, 2009).
O descolamento prematuro de placenta (DPP) é conceituado como a separação da placenta que está normalmente inserida antes da saída do feto, em gestações de 20 ou mais semanas completas. É mais comum em mulheres multíparas e com história de DPP em gestação anterior, sendo este último fator com risco aumentado de recorrência de 8 a 12 vezes. Nos últimos anos, pode-se observar um aumento da incidência de DPP, por causa do maior número de diagnóstico realizado no pré-natal e ao aumento na exposição a diferentes fatores de risco, que antes não eram tão prevalentes como, por exemplo, a idade materna avançada. (SOUZA; CAMANO, 2006)
Nesse sentido, o diagnóstico precoce e a conduta correta frente a gestante com suspeita de DPP melhoram o prognóstico materno e fetal. Os riscos maternos que estão associados, geralmente, se referem com os aspectos de perda sanguínea excessiva, coagulação intravascular disseminada (CIVD), insuficiência renal e morte materna. Na avaliação da gestante quando existe suspeita de DPP, se observam os seguintes sinais clínicos: dor localizada no fundo do útero repentina e intensa, seguida de perda sanguínea externa em torno de 80% dos casos, sangramento escuro, podendo existir sinais de hipovolemia e pressão arterial em níveis normais. No exame obstétrico, são detectados a hipertonia uterina e os batimentos cardiofetais alterados ou até mesmo ausentes. (SOUZA; CAMANO, 2006)
A separação da placenta da parede uterina pode acontecer devido uma força mecânica (trauma abdominal que está associado a descompressão rápida do útero) ou de anormalidades nos vasos uteroplacentários (trombose, vasculopatia decidual, inflamação). A hemorragia decidual e a formação de coágulo retroplacentário causam eventos progressivos que levam a redução da oxigenação materna e fetal e da troca de nutrientes, a ruptura de membranas e o aumento da contratilidade miometrial. (BITTENCOURT & HORTALE, 2009)
Diante dos aspectos já apresentados, este trabalho se justifica pela experiência profissional vivida dentro de um centro obstétrico, o que possibilitou a comprovação de elevadas taxas de DPP, uma intercorrência onde a gravidade leva a grandes repercussões em toda a equipe de enfermagem. Além disso, esse problema necessita de um diagnóstico clínico precoce e condutas rápidas e ativas, o que exige da equipe de enfermagem competências, responsabilidades e atitudes específicas e qualificadas para a área.
A relevância deste trabalho está na temática que engloba o DPP, onde se exige um diagnóstico precoce e um manejo adequado e rápido, configurando uma das emergências mais graves que podem atingir a segunda metade da gestação. Se acredita que a revisão integrativa pode trazer oportunidades para o reconhecimento de produções científicas presentes e as nuances da assistência materna e fetal diante de uma intercorrência patológica específica da gestação. Dessa forma, a questão da pesquisa que baseia este estudo pergunta qual a produção científica que se relaciona com a temática da DPP?
Frente a problemática exposta neste artigo sobre o DPP, se considera o tema de grande importância para a saúde da mulher, bem como para o cuidado de enfermagem que se direciona com essa clientela. Assim, este estudo tem como objetivo geral analisar a relevância da atuação da equipe de enfermagem na emergência obstétrica dos casos de descolamento prematuro de placenta. Dentre os objetivos específicos se destacam: identificar os principais fatores de risco para a DPP, descrever o processo fisiopatológico da gestação e sua evolução para uma DPP e descrever o manejo assistencial da equipe de enfermagem para o DPP e a terapêutica correta para esta patologia. Espera-se, então, pode contribuir com informações pertinentes para a população e, também, para os profissionais da área.
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