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A IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO DO TRABALHO NA PREVENÇÃO DOS RISCOS ERGONÔMICOS NOS AMBIENTES LABORAIS

Por:   •  11/6/2018  •  Artigo  •  5.606 Palavras (23 Páginas)  •  432 Visualizações

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A IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO DO TRABALHO NA PREVENÇÃO DOS RISCOS ERGONÔMICOS NOS AMBIENTES LABORAIS

FURTADO, José Henrique de Lacerda¹

SLOB, Edna Marcia Grahl Brandalize²

RESUMO

O trabalho, notadamente, tem grande relevância na vida do ser humano, ocupando espaço de grande importância na vida dos indivíduos. No entanto, a modernização das tarefas trouxe consigo a mudança nos processos de trabalho e, consequentemente, uma exigência cada vez maior na execução de suas atividades. Além disso, muitas pessoas ainda adoecem e/ou sofrem acidentes em função do trabalho e, na maioria das vezes, por causas simples de serem readequadas a fim de promover um ambiente laboral mais seguro. Diante disso, o objeto de estudo desse trabalho será a importância da atuação do Enfermeiro do Trabalho na prevenção de riscos ergonômicos nos ambientes laborais objetivando conceituar Ergonomia e os riscos ergonômicos e ressaltar a importância desse profissional na prevenção desses riscos a fim de diminuir os agravos à saúde do trabalhador no ambiente laboral. O presente estudo bibliográfico, tem caráter descritivo e exploratório, mostrando – se de extrema relevância por ressaltar a importância da Ergonomia e da atuação do Enfermeiro do Trabalho no desenvolvimento de ações de prevenção de agravos e promoção à saúde do trabalhador.

Palavras-chave: Ergonomia. Enfermagem do Trabalho. Saúde do Trabalhador.

1. INTRODUÇÃO

Torreira (1999) destaca que o trabalho, notadamente tem importância fundamental na vida do ser humano, ocupando um espaço muito importante em sua vida. Isso pode ser confirmado a partir do fato de que as pessoas se orgulham ao dizer o que fazem e onde trabalham. No entanto, a modernização das tarefas trouxe consigo diversas e rápidas mudanças nos processos de trabalho e, consequentemente, diversos novos riscos à saúde do trabalhador e, diante da exigência cada vez maior, as pessoas ainda tem adoecido em função do trabalho.

Segundo Camargo (2001), embora muitos benefícios ao homem tenham sido gerados em função da industrialização e do consequente desenvolvimento econômico e social, inclusive a melhoria das condições de vida, este progresso vem acompanhado de mudança nos processos, as quais estão, geralmente, associadas a presença de diversos riscos adicionais capazes de gerar agravos à saúde não só dos trabalhadores, mas também para a população em geral e ao meio ambiente. Neste contexto, a higiene ocupacional tem como principal contribuição evitar e/ou controlar a exposição a estes agentes de risco em prol de um desenvolvimento econômico e social sustentável.

De acordo com Schimidt (2008), com a evolução do pensamento social e das novas ações relacionadas à busca pela otimização das atividades realizadas nas empresas, a preocupação em relação à proteção do trabalhador foi sendo cada vez mais salientada, resultando, com isso, na criação de normas que favorecessem a segurança dos empregados, como meio de propiciar a melhoria da qualidade de suas atividades, bem como em contribuição para o aumento da produtividade das organizações.

Diante disso, questões de grande relevância surgem, merecendo destaque na atualidade. Com a ocorrência dessas mudanças constantes no processo de trabalho diversas patologias e desconfortos, conseqüentes da inadequação do ambiente laboral às características individuais dos trabalhadores, passam a acometer os mesmos.

Esses problemas de saúde, em sua maioria evitáveis, devem ser encarados de forma adequada, necessitando de avaliação constante, planejamento e intervenções eficazes a fim de diminuir e/ou eliminá – los, tendo em vista o impacto dos mesmos na redução da qualidade de vida do indivíduo, no aumento do absenteísmo nas instituições e, consequentemente, gerando prejuízos tanto aos trabalhadores quanto às empresas.

Dentro desse contexto, se insere a Ergonomia, que de acordo com a Associação Brasileira de Ergonomia (ABERGO) é o estudo da adaptação do trabalho às características fisiológicas e psicológicas do ser humano objetivando, assim, modificar os sistemas de trabalho para adequar as atividades nele existente as características, habilidades e limitações das pessoas com vistas ao seu desempenho eficiente, confortável e seguro (ABERGO, 2000).

De acordo com Iida (2005) a Ergonomia ajusta o ambiente de trabalho às capacidades e limitações do trabalhador, tendo como missão, consequentemente, o estudo da adaptação do trabalho ao homem, buscando com isso a redução da nocividade, e proporcionar satisfação, segurança e saúde ao trabalhador.

Couto (2002) destaca a Ergonomia como um trabalho interprofissional que, baseado num conjunto de ciências e tecnologias, procura ajustar mutuamente o indivíduo e seu ambiente laboral de forma confortável e produtiva.

Dentro desse contexto, o Enfermeiro do Trabalho desponta como importante agente na prevenção de riscos ergonômicos nos ambientes laborais. A Enfermagem do Trabalho, ramo da enfermagem de saúde pública, é destacada por Carvalho (2001) utilizadora dos mesmos métodos e técnicas empregados na saúde pública visando à promoção da saúde, proteção contra os riscos e a manutenção da sua qualidade de vida.

Além disso, Brasil (2006) afirma que a Enfermagem do Trabalho contemporânea tem como missão garantir que o trabalho seja realizado em condições que contribuam para uma melhor qualidade de vida e saúde ao trabalhador, com o objetivo de alcançar realização pessoal e social e, através da execução de ações integradas e articuladas de prevenção, promoção, reabilitação e vigilância na área de saúde do trabalhador, reduzir a morbimortalidade dessa população

Diante do exposto, o presente trabalho, que será realizado com base na metodologia de Revisão Sistemática de Literatura, terá como objeto de estudo a importância da atuação do Enfermeiro do Trabalho na prevenção de riscos ergonômicos nos ambientes laborais.

Os objetivos desse trabalho serão descrever os conceitos de ergonomia e riscos ergonômicos ressaltando a importância do papel do enfermeiro do trabalho na prevenção dos riscos ergonômicos nos ambientes laborais a fim de diminuir os agravos causados à saúde do trabalhador.

A contribuição deste estudo é que ele possibilitará uma grande reflexão acerca do tema proposto, proporcionando um maior planejamento acerca das ações a serem implementadas na atenção à saúde do trabalhador. Além disso, contribuirá também para o engrandecimento do conhecimento técnico - científico da enfermagem do trabalho e na conscientização da importância da implementação efetiva de ações que visem a prevenção e controle dos riscos ocupacionais a fim de diminuir os agravos à saúde do trabalhador provocados em função dos riscos a que são expostos no ambiente de trabalho.

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