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OS RISCOS ERGONÔMICOS NO AMBIENTE DE TRABALHO

Por:   •  26/2/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.625 Palavras (7 Páginas)  •  613 Visualizações

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Curso de Educação Profissional Técnica em Nível Médio em Segurança no Trabalho

TRABALHO DE ERGONOMIA I – MÓDULO II

Marcelo Reina

2015



SUMÁRIO

1        INTRODUÇÃO        2

2        DESENVOLVIMENTO        3

2.1 LESÃO POR ESFORÇO REPETITIVO        3

2.1.1 Como a LER pode ser adquirida        4

2.1.2 Quais as formas de prevenção da LER        6

2.2 RISCOS ERGONÔMICOS NO AMBIENTE DE TRABALHO        7

3        CONCLUSÃO        8

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS        9


  1. INTRODUÇÃO

Apesar de já conhecidas há muito tempo, as Lesões por Esforços Repetitivos entraram em foco na década de 90, atingindo várias profissões que envolviam movimentos repetitivos e imobilização postural, situação associada a grande evolução do trabalho humano e ao aumento do ritmo na vida diária daquela época.

Atualmente as Lesões por Esforços Repetitivos são mais frequentes nos trabalhos informatizados e representa parcela significativa quando o assunto é afastamento por doença ocupacional.

Este trabalho tem como objetivo esclarecer o que é Lesão por Esforço Repetitivo, como esta lesão pode ser adquirida e suas formas de prevenção, assim como descrever as principais formas de surgimento dos riscos ergonômicos em um ambiente de trabalho.

Para elaboração desse trabalho utilizou-se como metodologia, para fins de pesquisa e orientação, consulta a artigos e a legislação brasileira disponível na internet.

Também com o objetivo de facilitar a leitura e a compreensão deste trabalho, o seu conteúdo foi dividido em tópicos.

  1. DESENVOLVIMENTO

Este capítulo é destinado a esclarecer o que é Lesão por Esforço Repetitivo, como esta lesão pode ser adquirida e suas formas de prevenção, assim como descrever as principais formas de surgimento dos riscos ergonômicos em um ambiente de trabalho.

2.1 LESÃO POR ESFORÇO REPETITIVO

A síndrome Lesão por Esforço Repetitivo (LER) é constituída por um grupo de doenças como, tendinite, tenossinovite, bursite, epicondilite, síndrome do túnel do carpo, dedo em gatilho, síndrome do desfiladeiro torácico, síndrome do pronador redondo, mialgias. Ela afeta músculos, nervos e tendões principalmente dos membros superiores e sobrecarrega o sistema musculoesquelético. (VARELLA, 2015)

A LER é causada por mecanismos de agressão, que vão desde esforços repetidos continuadamente ou que exigem muita força na sua execução, até vibração, postura inadequada e estresse.

A LER pode ou não ser considerada uma Doença Osteoarticular Relacionada ao Trabalho (DORT), ou seja, quando a lesão for ocasionada por uma atividade ocupacional, ele será considerada DORT. Na legislação brasileira é dado o seguinte conceito de LER/DORT:

Entende-se LER/DORT como uma síndrome relacionada ao trabalho, caracterizada pela ocorrência de vários sintomas concomitantes ou não, tais como: dor, parestesia, sensação de peso, fadiga, de aparecimento insidioso, geralmente nos membros superiores, mas podendo acometer membros inferiores. Entidades neuro-ortopédicas definidas como tenossinovites, sinovites, compressões de nervos periféricos, síndromes miofaciais, que podem ser identificadas ou não. Frequentemente são causa de incapacidade laboral temporária ou permanente. São resultado da combinação da sobrecarga das estruturas anatômicas do sistema osteomuscular com a falta de tempo para sua recuperação. A sobrecarga pode ocorrer seja pela utilização excessiva de determinados grupos musculares em movimentos repetitivos com ou sem exigência de esforço localizado, seja pela permanência de segmentos do corpo em determinadas posições por tempo prolongado, particularmente quando essas posições exigem esforço ou resistência das estruturas músculo-esqueléticas contra a gravidade. A necessidade de concentração e atenção do trabalhador para realizar suas atividades e a tensão imposta pela organização do trabalho são fatores que interferem de forma significativa para a ocorrência das LER/DORT. (BRASIL, Instrução Normativa INSS nº 98, de 05 De Dezembro de 2003, 2015)

2.1.1 Como a LER pode ser adquirida

A LER pode ser adquirida através de movimentos repetitivos, em alta frequência e em posição ergonômica incorreta, causando lesões de estruturas do Sistema tendíneo, muscular e ligamentar. Os principais sintomas são: dor nos membros superiores e nos dedos, dificuldade para movimentá-los, formigamento, fadiga muscular, alteração da temperatura e da sensibilidade, redução na amplitude do movimento e inflamação. (VARELLA, 2015)

É importante ressaltar que, a LER pode ser adquirida através de esforços repetitivos, seja relacionadas a atividades ocupacionais, atividades de lazer, como passar horas brincando com jogos eletrônicos, ou mesmo atividades domésticas, como lavar e passar roupas.

O desenvolvimento das LER/DORT pode ter mais que uma causa, sendo importante analisar os fatores de risco envolvidos direta ou indiretamente.  Entre os fatores que influenciam a carga osteomuscular, os mais comuns são a força, a repetitividade, a duração da carga, o tipo de preensão, a postura do punho e o método de trabalho.

Para melhor exemplificar algumas das formas de se adquirir LER, a tabela 1 foi reproduzida parcialmente, do anexo da Instrução Normativa INSS nº 98, de 05 de Dezembro de 2003.

Lesões

Causas Ocupacionais

Exemplos

Bursite do cotovelo (olecraniana)

Compressão do cotovelo contra superfícies duras

Apoiar o cotovelo em mesas

Contratura de fáscia palmar

Compressão palmar associada à vibração

Operar compressores pneumáticos

Dedo em Gatilho

Compressão palmar associada à realização de força

Apertar alicates e tesouras

Tenossinovite dos extensores dos dedos

Fixação antigravitacional do punho.

Movimentos repetitivos de flexão e extensão dos dedos.

Digitar, operar mouse

Tenossinovite de De Quervain

Estabilização do polegar em pinça seguida de rotação ou desvio ulnar do carpo, principalmente se acompanhado de força.

Apertar botão com o polegar

Tendinite do

Supra – Espinhoso

Elevação com abdução dos ombros associada a elevação de força.

Carregar pesos sobre o ombro

Síndrome do Pronador Redondo

Esforço manual do antebraço em pronação.

Carregar pesos, praticar musculação, apertar parafusos.

Epicondilites do Cotovelo

Movimentos com esforços estáticos e preensão prolongada de objetos, principalmente com o punho estabilizado em flexão dorsal e nas prono-supinações com utilização de força.

Apertar parafusos, desencapar fios, tricotar, operar motosserra

Síndrome do Canal de Guyon

Compressão da borda ulnar do punho.

Carimbar

Tabela 1 – Reprodução parcial da Relação Exemplificativa entre o Trabalho e algumas Entidades Nosológicas

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