A INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA
Por: Eduarda Teixeira • 4/5/2022 • Trabalho acadêmico • 931 Palavras (4 Páginas) • 382 Visualizações
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA
DEFINIÇÃO: A insuficiência cardíaca congestiva, também chamada de ICC, é uma condição caracterizada pela perda da capacidade do coração bombear sangue corretamente, o que diminui o transporte de oxigênio para os tecidos, resultando em sintomas como cansaço, falta de ar e aumento dos batimentos cardíacos.
Insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome clínica complexa, na qual o coração é incapaz de bombear sangue de forma a atender às necessidades metabólicas tissulares, ou pode fazê-lo somente com elevadas pressões de enchimento. Tal síndrome pode ser causada por alterações estruturais ou funcionais cardíacas e caracteriza-se por sinais e sintomas típicos, que resultam da redução no débito cardíaco e/ou das elevadas pressões de enchimento no repouso ou no esforço.
A função do coração é bombear sangue. O bombeamento move líquidos de um local para outro. Com o coração, o lado direito do coração bombeia o sangue das veias para os pulmões. Já o lado esquerdo bombeia o sangue que sai dos pulmões pelas artérias para o restante do corpo.
O sangue sai do coração quando o músculo cardíaco se contrai (durante a sístole) e entra no coração quando o músculo cardíaco relaxa (durante a diástole). A insuficiência cardíaca se desenvolve quando a ação de contração ou relaxamento do coração é inadequada, normalmente devido à fraqueza ou rigidez do músculo cardíaco (ou ambos). Como resultado, o sangue pode não sair do coração em quantidades adequadas. Também pode haver acúmulo de sangue nos tecidos, o que causa congestão. É por esse motivo que a insuficiência cardíaca também é conhecida como insuficiência cardíaca congestiva.
FISIOPATOLOGIA: O entendimento da fisiopatologia da insuficiência cardíaca evoluiu significativamente nas últimas décadas, desde o modelo hemodinâmico até o paradigma neuro-hormonal. A insuficiência cardíaca representa uma síndrome complexa, na qual uma lesão miocárdica inicial resulta na super expressão de vários peptídeos, com efeitos distintos sobre o sistema cardiovascular em longo e em curto prazo. A ativação neuro-hormonal tem uma função central reconhecida no desenvolvimento e na progressão da insuficiência cardíaca.
Na fase aguda, a ativação neuro-hormonal parece ser benéfica para a manutenção do débito cardíaco e da perfusão periférica adequados. Entretanto, a ativação neuro-hormonal sustentada resulta em um maior estresse, dilatação e remodelamento da parede ventricular, contribuindo para a progressão da doença no miocárdio lesionado a qual, por fim, provoca ainda mais ativação neuro-hormonal. O remodelamento ventricular esquerdo é o processo pelo qual os fatores mecânicos, neuro-hormonais e, possivelmente, genéticos alteram o tamanho, o formato e a função ventriculares.
O remodelamento ocorre em várias condições clínicas, incluindo infarto agudo do miocárdio, cardiomiopatia, hipertensão e valvopatia cardíaca; os seus sinais de identificação incluem hipertrofia, perda de miócitos e fibrose intersticial aumentada. Um possível resultado deletério do remodelamento, à medida que o ventrículo esquerdo se dilata e o coração assume uma forma mais globular, é o desenvolvimento de regurgitação mitral. A regurgitação mitral resulta em uma sobrecarga de volume crescente no ventrículo esquerdo já sobrecarregado, contribuindo ainda mais para o remodelamento e a progressão da doença e dos sintomas.
SINAIS E SINTOMAS: Os sinais e sintomas são importantes para definir um diagnóstico e conhecer qual ventrículo está comprometido e de que forma estar comprometido com o objetivo de realizar o tratamento adequado.
Esquerdo: Fadiga
Pressão venosa periférica aumentada
Ascite (edema na barriga)
Veias jugulares distendidas
Anorexia e queixa de problemas gástrico
Edema nos membros inferior
Ganho de peso devido os extravasamentos de líquido nos espaços intersticial
Direito: Dispneia por esforço
Dispneia noturna paradoxica
Cianose central
Fadiga
Taquicardia, Taquipineia e Ortopneia
Inquietação
Confusão
Tosse com presença ou não de hemoptose (sangue rosa, claro e espumoso)
Alcaloide respiratória
Pressão venosa pulmonar
Hipóxia
Fator de risco para surgimento de falência de outros órgãos
TRATAMENTO:
- Dieta e mudanças no estilo de vida
- Tratamento da causa da insuficiência cardíaca
- Medicamentos
- Às vezes, um cardioversor desfibrilador implantável, terapia de ressincronização cardíaca ou suporte mecânico circulatório
- Às vezes, transplante cardíaco
- O tratamento da insuficiência cardíaca exige diversas medidas gerais, além do tratamento dos distúrbios que possam causá-la, alterações no estilo de vida e o uso de medicamentos para insuficiência cardíaca.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM:
- Monitorizar a ingesta e a excreta a cada 2 horas;
- - manter a posição de Fowler para facilitar a respiração;
- - monitorizar a resposta ao tratamento diurético;
- - avaliar a distensão venosa jugular, edema periférico;
- - Administrar dieta hipossódica;
- - promover restrição hídrica.
- - proporcionar conforto ao paciente; dar apoio emocional;
- - manter o paciente em repouso, observando o grau de atividade a que ele poderá se submeter;
- - explicar antecipadamente os esquemas de rotina e as estratégias de tratamento;
- - incentivar e permitir espaços para o cliente exprimir medos e preocupações;
- - apoiar emocionalmente o cliente e familiares;
- - promover ambiente calmo e tranqüilo;
- - estimular e supervisionar a respiração profunda;
- - executar exercícios ativos e passivos com os MMII;
- - pesar o paciente diariamente;
- - realizar balanço hídrico;
- - oferecer dieta leve, fracionada, hipossódica, hipolipídica;
- - anotar alterações no funcionamento intestinal;
- - administrar medicamentos conforme prescrição médica, adotando cuidados especiais;
- - observar o aparecimento de sinais e sintomas de intoxicação medicamentosa;
- - transmitir segurança na execução das atividades;
Referências
ALFARO e LEFEVRE, R. Aplicação do Processo de Enfermagem: promoção do cuidado colaborativo. 5th ed. Porto Alegre: Artmed; 2005.
BARRET0 & RAMIRES. Insuficiência Cardíaca; Arq.Bras.Cardiol volume 71, (nº 4), 1998. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/abc/v71n4/a14v71n4.pdf.
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