A Importância Da Vacinação Infantil: Um Olhar Ao Cuidado Com As Crianças De Baixa Renda

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A Importância da Vacinação Infantil: um olhar ao cuidado com as crianças de baixa renda

PEREIRA, L.N. G

SCHMIDT, T.S

Orientador (a) Amaral, D. C. S.

A atenção à saúde da criança vem ganhando visibilidade ao longo dos anos, através de programas que a promovem de forma integral, priorizando os grupos de risco, procurando qualificar a assistência e aumentar a cobertura dos serviços, possibilitando uma atenção de melhor qualidade. Figueiredo (2013), ressalva que através disto a conscientização sobre a importância da vacina é um assunto bastante discutido atualmente. Para Kreutz et e tal (2006), a vacinação é uma das medidas mais importantes de prevenção contra doenças. Ela protege o corpo humano contra os vírus e bactérias que provocam vários tipos de doenças graves, que podem afetar seriamente a saúde das pessoas e inclusive levá-las à morte. Segundo Organização Mundial de Saúde (OMS) (2014), seriam evitadas de 4 a 5 milhões de mortes por ano, se fossem aplicados os devidos esforços de vacinação infantil no mundo. Isto posto, existe uma lei que ressalta a importância e obrigatoriedade da vacinação, a Lei no 6.259/75 que foi regulamentada pelo Decreto no 78.231 4, de 12 de agosto de 1976 conforme descrito no Art. 27 do regulamento, “serão obrigatórias, em todo o território nacional, as vacinações como tal definidas pelo Ministério da Saúde, contra as doenças controláveis por essa técnica de prevenção, consideradas relevantes no quadro nosológico nacional”. O Decreto ainda dispõe, no Art. 29, que é dever de todo cidadão submeter-se à vacinação obrigatória, juntamente com os menores dos quais tenha a guarda ou responsabilidade. A dispensa da vacinação obrigatória somente é permitida à pessoa que apresentar Atestado Médico de contra indicação explícita da aplicação da vacina. Ressaltamos aqui também que a obrigatoriedade de vacinação de menores foi reforçada posteriormente pelo disposto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) – Lei no 8.069/90 5 – que regulamentou o artigo 227 da Constituição Federal de 1988, visando estabelecer os direitos e a proteção integral a essa população. O ECA, no parágrafo único do Art. 14, estabelece que “é obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias” (BRASIL, 1990). Diante disto, este presente trabalho tem como objetivo trazer reflexões acerca da importância da vacinação infantil, assim como analisar dados sobre situação vacinal infantil com crianças de baixa renda. A partir disto, este trabalho justifica – se diante da indagação sobre qual a verdadeira importância da vacinação infantil e diante da curiosidade de se pesquisar sobre os cuidados das crianças em situação de vulnerabilidade social. Isto posto, trata-se de uma revisão de literatura do tipo sistemática, tendo sido utilizados os sites de busca Scientific Electronic Library Online -SCIELO, considerando trabalhos em português e publicados nos últimos cinco anos. Tendo sido encontrados apenas 8 trabalhos que abordavam a temática aqui salientada. Utilizou-se como palavras-chave para realizar a busca os termos Crianças, Baixa Renda, Enfermagem e Vacinação Infantil. Como resultados, observou – se que a cada ano, são publicadas centenas de estudos sobre a vacinação infantil. O campo que tais estudos englobam é vasto e abrange vacinas em desenvolvimento, epidemiologia das doenças, efetividade da vacinação, segurança das vacinas, comunicações e avaliação dos programas, porém pouco se fala sobre a vacinação em crianças de baixa renda e do quanto é importante que essas famílias saibam das causas e consequências que a não vacinação trás para a criança negligenciada e para a família que negligencia esse direito que vai além da perca de um benefício qualquer. Isto posto é grande o potencial das vacinas para evitar sofrimento e morte de crianças, e continuará a crescer à medida que novas vacinas forem desenvolvidas e que aquelas já existentes forem aperfeiçoadas para facilitar sua utilização. As crianças continuarão a obter benefícios da biotecnologia à medida que avanços no estudo das vacinas permitam controlar um maior número de doenças. Diante disto, conclui – se que a vacinação é um ato de cuidado que faz parte de todo ser humano, representando uma atitude de ocupação, responsabilidade e envolvimento afetivo com a criança e tratar com descuido o calendário básico de vacinação de crianças pode causar diversos agravos, que podem se reverter em graves problemas de saúde pública. Aumenta o risco, tanto dos infantes quanto o das famílias, de adquirir doenças imunopreviníveis, e torna real o risco de surgirem epidemias na comunidade ou até a morte das mesmas.

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