A Importância da 8°Conferência
Por: Isabele Amâncio • 14/10/2022 • Dissertação • 330 Palavras (2 Páginas) • 143 Visualizações
O papel da 8° Conferência Nacional de Saúde
A 8° Conferência Nacional de Saúde foi realizada entre os dias 17 e 21 de março de
1986, formada por mais de quatro mil participantes (membros da área da saúde e
participação de cidadãos), isso já era um diferencial, pois nas conferências
anteriores só era permitido a participação de deputados, senadores e autoridades
do setor. Essa conferência tinha como principal objetivo debater os seguintes temas:
“A saúde como dever do Estado e direito do cidadão”, “A reformulação do Sistema
Nacional de Saúde” e “O financiamento setorial”. Basicamente esse foi o momento
em que se deu a iniciação da idealização do Sistema Único de Saúde (SUS).
Até a criação do SUS a saúde só era acessível para trabalhadores com carteira
assinada e trabalhadores rurais, o restante da população dependia de Santas Casas
de Misericórdia e uso de recursos naturais como medicamento. Por volta da década
de 70 os profissionais da saúde passaram a discutir sobre a necessidade da
mudança desse sistema no Brasil, de ser acessível para toda a população e com
isso começou o movimento sanitarista que ganhou força, de fato, na 8° Conferência.
Sérgio Arouca foi um dos líderes da Reforma Sanitária e que definiu a saúde com a
seguinte fala: “Saúde não é simplesmente ausência de doenças, é muito mais que
isso. É bem-estar mental, social, político. As sociedades criam ciclos que, ou são
ciclos de miséria, ou são ciclos de desenvolvimento...". A Reforma Sanitária era de
extrema necessidade para garantir a descentralização, universalidade, integralidade
e continuar aceitando a participação popular, já que são também os usuários da
saúde e podem apontar as necessidades mais particulares de cada região.
Concluindo, a 8° Conferência foi o ínicio de um grande sistema de saúde que hoje
atende a população brasileira desde a aplicação de vacinas até a realização de
transplantes; onde tem como foco principal a prevenção. Lembrando que saúde
depende também de moradia digna, alimentação adequada, saneamento básico,
bem-estar mental e acesso a emprego, ou seja, não depende apenas do SUS e sim
do Estado, por isso a saúde é um direito de todos e dever do Estado.
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