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A PREVENÇÃO DA GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA

Por:   •  20/6/2022  •  Trabalho acadêmico  •  4.046 Palavras (17 Páginas)  •  161 Visualizações

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A PREVENÇÃO DA GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO PARTO HUMANIZADO[pic 1]

Glauciane Dias Valente de Menezes¹

Luciene da Silva Correa¹

Enfª. Lourdes Mendes²

RESUMO

A gravidez na adolescência é um fator de “alto-risco” para a Organização Mundial de saúde (OMS) pelas suas implicações biopsicossociais. Além da gravidez propriamente dita, existem outros fatores a serem envolvidos como o contato com doenças sexualmente transmissíveis, e o aborto que são os principais. O estudo teve como objetivo analisar as representações sociais de adolescentes gravidas, em fatores sociais, psicológicos emocionais, dando ênfase na atuação do enfermeiro durante esse processo. Foram identificados quatro eixos temáticos: a adolescência nos processos fisiológicos, psicológicos, mudanças ocorridas nesse período; falta de informação sobre métodos contraceptivos; conflitos gerados na família, escola e profissão; gravidez não desejada entre as adolescentes. A pesquisa a ser realizada neste trabalho pode ser classificada como revisão bibliográfica do tipo descritiva. Assim, conclui-se que a consulta de enfermagem abarca as dimensões psicossociais dos cuidados com a gestante, com recém-nascido, com os familiares, oferecendo toda a assistência necessária para o enfrentamento deste momento.

Palavras-chave: Enfermeiro, gravidez, adolescência.

ABSTRACT

Adolescent pregnancy is a "high risk" factor for the World Health Organization (WHO) for its biopsychosocial implications. Besides pregnancy itself, there are other factors to be involved such as contact with sexually transmitted diseases, and abortion that are the main ones. The objective of this study was to analyze the social representations of pregnant adolescents in social and psychological emotional factors, emphasizing the role of nurses during this process. Four thematic axes were identified: the adolescence in the physiological, psychological processes, changes occurred during this period; lack of information on contraceptive methods; conflicts generated in the family, school and profession; pregnancy among adolescents. The research to be carried out in this work can be classified as bibliographic review of the descriptive type. Thus, it is concluded that the nursing consultation covers the psychosocial dimensions of care with the pregnant woman, the newborn, and the family, offering all the necessary assistance to confront this moment.

Key words: Nurse, pregnancy, adolescence

1. INTRODUÇÃO

Historicamente a assistência ao parto era de responsabilidade exclusivamente feminina, uma prática de mulheres e entre mulheres, realizada apenas por parteiras em domicílio. Apesar das parteiras não serem detentoras do conhecimento científico, da técnica adequada para a realização de um parto, sabe-se que as mesmas eram conhecidas e respeitadas na sociedade. Assim os partos sucediam na própria residência, com a presença da parteira, mãe, irmãs, REVISTA CIENTÍFICA ELETRÔNICA DE ENFERMAGEM DA FAEF, volume I, nº I, Junho/2018. E outras mulheres da comunidade, local em que trocavam conhecimentos e descobriam afinidade. Inclusive, é importante ressaltar que a presença masculina durante o parto não era bem-vinda (MARCONI, 2019).

 Entretanto, a partir do século XX, na década de 40, devido ao índice de morte materna, foi intensificada a hospitalização do parto, que contribui para que o processo fisiológico do parto se tornasse uma prática centrada no modelo biomédico. Esse fato favoreceu a submissão da mulher que deixou de ser protagonista do processo parturitivo.

Diante desse fato, a mulher perdeu a sua privacidade e autonomia para tomar decisão sobre o seu próprio corpo, foi separada da família e foi oferecida para a mulher e seu bebê, uma assistência com aparente segurança (DAVIM, 2018), Levando em consideração esse processo, o parto passou a ser vivenciado como um momento de intenso sofrimento físico e moral. O medo a tensão e a dor da parturiente, nesse modelo de assistência impedem o processo fisiológico do parto normal, o que pode favorecer as práticas intervencionistas, como o parto cesariano, que na maioria das vezes pode ser evitadas. A equipe de enfermagem tem contato direto com a mulher durante o trabalho de parto e pode contribuir significativamente para a humanização nesse processo importante na vida da parturiente. Nesse sentido o enfermeiro tem sido reconhecido pelo Ministério da Saúde e outros instituições não governamentais, como o profissional que possui formação holística e procura atuar de forma humanizada e proporciona uma assistência de enfermagem que oferece conforto e segurança no cuidado a parturiente (PAIVA, 1999; BRASIL, 2003; PEREIRA, 2018).

 Sabe-se que a humanização faz parte de uma assistência de enfermagem de qualidade. E tem grande importância no momento em que a mulher se encontra fragilizada, sensível e ansiosa (SALOME, et.al, 2019).

Deste modo, a humanização favorece o progresso fisiológico do parto, além de evitar traumas emocionais a parturiente e o enfermeiro é um profissional capacitado para desenvolver a humanização em partos. Assim, como objetivo do presente estudo, investigar na literatura nacional qual o papel do enfermeiro na humanização do parto.

A adolescência e marcada como um período de mudanças, que começa por volta dos 12 anos de idade aos 19 anos. Esse período se destaca na transição da vida infantil a vida adulta, e aí onde se inicia transformações físicas, como (aumento de mamas, crescimento de pelos pubianos e axilares, alteração de voz, aumento de estatura, menstruação, aparecimento de liquido seminal em homens, entre outros fatores) (FERREIRA, 2017).

Baseia-se esta fase da vida do adolescente onde ocorre a maturidade sexual, aumento de conflitos familiares, concretização de valores e comportamentos que definirão sua vida, cobranças com cargo profissional, estudos e responsabilidades maiores (MORAIS, 2017).

A maturidade sexual envolve problemas cotidianos e rotineiros na vida do adolescente, pois retrata a curiosidade, a descoberta de prazeres, escolha sexual, procura de parceiros diferentes, desperta a necessidade fisiológica da busca pelo sexo. (BRETAS, 2018).

Contudo é preciso dialogo e compreensão dos pais sobre assuntos que envolva a sexualidade, buscando formas objetivas e claras de auxiliar o adolescente sem constrangê-lo, evitando conflitos futuros com a família. Muitos problemas enfrentados nessa fase se caracterizam pela falta de diálogo, orientações e informações que não são prestadas e esclarecidas aos adolescentes, e também a falta da liberdade de não poder tratar destes assuntos abertamente com os familiares, o que acarreta ao isolamento, a agressividade, mudança de comportamento, a manter em segredo as ações que comprometem a eles, para que não sejam descobertos (FERREIRA, 2017).

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