A Relevância na vida da mulher

1. INTRODUÇÃO

        De acordo com Carvalho (2007), o parto é um acontecimento de relevância na vida da mulher, uma vez que constitui momento único para o binômio mãe-filho.

A história do parto teve com a passagem dos anos muitas modificações com relação ao modelo assitencial. O momento do parto natural é a etapa mais siginificativa para a parturiente, recém-nascido e familiares, processo que depende de horas e provoca profundas mudanças fisiológicas, psicológicas, proporcionando-nos a oportunidade de colocar em práticas nossas habilidades (enfermeiros) para assistir ao nascer com qualidade.

        A gravidez é um processo fisiológico na qual o organismo feminino passa por diversas transformações seja ela anatômica ou fisiológica. Estas alterações começam a regredir, ou seja, retomam ao estado pré-gravídico logo após a dequitação da placenta, ou terceiro estágio do parto nesse momento inicia-se o puerpério. Esse período é dividido em: imediato, mediato, remoto. Ao darmos seqüência  ao artigo científico enfatizaremos o puerpério imediato no parto natural, o qual se inicia nas primeiras horas após a saída da placenta e estende-se até o décimo dia.

        Conforme Barros (2009), a assistência ao parto pressupõe a relação de respeito que os profissionais de sáude estabelecem com as mulheres durante o trabalho de parturição, na qual compreendem como um processo natural  e fisiológico que,quando bem conduzido, não precisa de condutas intervencionistas, informando e orientando à parturiente sobre a evolução de trabalho de parto normal, respeitando e reconhecendo o papel principal da mulher nesse processo,inclusive aceitando a sua recusa a condutas que lhe causem constrangimento e dor.

        No parto natural é necessário encontrar formas para que a mulher possa ter maior controle sobre o processo do nascimento, a mesma sendo a protagonista desse momento sublime, na qual fará vir ao mundo de forma mais natural possível (muitas vezes sem ocitócitos) o tão esperando recém-nascido (CARVALHO, 2007).

        No contexto do plano de cuidados do enfermeiro no ciclo-gravídico-puerperal,as medidas preventivas adotadas durante este ciclo são de fundamental importância para se garantir um bom prognóstico materno-fetal. Podem ser implementadas durante a consulta pré-natal e na hospitalização dessas pacientes e devem ser desenvolvidas por uma equipe multiprofissional (SILVA, 2007).

        

2- OBJETIVOS

    2.1GERAL

    Demonstrar a importância da orientação do enfermeiro no período puerperal imediato no parto natural.

   2.2 ESPECÍFICOS

• Conceituar o parto natural e suas características;
• Especificar e classificar período puerperal imediato;
• Descrever as orientações do enfermeiro no período puerpério imediato no parto natural.

        

3- JUSTIFICATIVA

A importância deste estudo justifica-se pelo intuito de enfatizar atuação do enfermeiro no ciclo puerperal imediato, de modo positivo na relação enfermeiro e puérpera afim de beneficiar a abordagem referente ao tema.

                A contribuição dessa pesquisa nunca seria demais, mesmo para aqueles que já sabem bastante do assunto, pois serão alguns repasses de informações e, para aqueles que nem desconfiam da importância dos cuidados a puérpera, alguns aprendizados serão, também, úteis.

Por haver uma parcela significativa de puérperas despreparadas quanto a orientação, dificuldades e manejo no ciclo puerperal imediato.

 Uma vez bem orientadas, puérpera e familiar, aliados a assistência qualificada oferecida, facilitará e muito a compreensão e abrandamento de todos as dúvidas que possam transcorrer no puerpério.

                A relevância deste estudo justifica-se pela necessidade de uma acolhida, por parte da enfermagem com relação às orientações dos cuidados a mulher no período pós-parto numa abordagem bio-psico-sócio-espiritual, objetivando a qualidade de vida da mãe, mas, sobretudo, prevenindo distúrbios no desenvolvimento do bebê e preservando um bom nível de relacionamento conjugal e familiar, bem como complicações que possam advir por falta de orientação e conhecimento.

4- HIPÓTESE

        A falta de humanização, Educação continuada, a comunicação constante do enfermeiro com a puérpera e rigor na seleção de profissional qualificado levam a essa diferenciação na assistência, reconhecer o cuidar da paciente após a parição como o ser bio-psico-social-espiritual.

5-REVISÃO TEÓRICA

5.1 PARTO NATURAL E SUAS CARACTERÍSTICAS

        O parto natural é recomendado pela Organização Mundial da Saúde pois já foram comprovados seus inúmeros benefícios e a diminuição dos riscos maternos e neonatais. Existe uma diferenciação entre o parto normal (tradicional) e o parto natural, pois, já há algum tempo, o parto normal tem ocorrido de maneira oposta à sua normalidade e naturalidade, com muitas intervenções sendo realizadas.Ou seja, para a realização do parto de forma tradicional, são utilizados, de maneira rotineira, alguns procedimentos como o corte na vagina, a colocação de soro na veia, a raspagem dos pelos, a lavagem intestinal, a suspensão da alimentação, o repouso na cama hospitalar, a proibição da presença de um acompanhante, dentre outras ações, que só causam sofrimento, dor e aumento do risco de inúmeras complicações à mãe e ao RN. Daí, também, a explicação para muitas mulheres terem tanto medo do parto normal (CARVALHO, 2010).

Dentro deste contexto é que surge o parto natural ou humanizado, que se diferencia do tradicional parto normal pela centralização das condutas e atitudes profissionais nas necessidades da mulher. A aplicabilidade das intervenções ou procedimentos faz-se necessária no parto natural quando há uma real indicação, e não apenas como uma prescrição de rotina. Todos os cuidados prestados baseiam-se nas melhores evidências, no respeito à mulher e na aplicação de uma intervenção, quando houver uma indicação (GONZALEZ, 2010).