A SAUDE MENTAL
Por: Lésly Lorrany • 18/11/2020 • Seminário • 1.083 Palavras (5 Páginas) • 190 Visualizações
Estratificação de risco em saúde mental
O QUE É?
A estratificação de risco em saúde mental é uma estratégia para identificar as pessoas que sofrem mentalmente, ofertando um cuidado mais adequado e auxiliando as equipes a se organizarem para possibilitar este cuidado, e assim conhecendo e discutindo mais sobre o paciente, possibilitando que ações sejam planejadas de acordo com as necessidades da população, além de orientar o melhor manejo para os casos estratificados.
A estratificação de risco utiliza parâmetros para orientar em que nível deverá ocorrer a assistência em saúde. No entanto, nem sempre os sinais e sintomas definidos como graves e persistentes em determinado grupo exigem que a atenção em saúde ocorra num nível secundário ou terciário, assim como, os sinais e sintomas dos grupos definidos como leves não necessariamente excluem a necessidade de um atendimento em nível secundário.
Os sinais e sintomas foram divididos em seis grupos e foram pontuados de acordo com a resposta recebida (SIM/NÃO):
GRUPO I – Sintomas relacionados aos transtornos mentais comuns.
GRUPO II – Sintomas relacionados aos transtornos mentais severos e persistentes.
GRUPO III – Sintomas relacionados à dependência de álcool e outras drogas. GRUPO IV – Sintomas relacionados a alterações na saúde mental que se manifestam na infância e/ou na adolescência.
GRUPO V – Sintomas relacionados a alterações na saúde mental que se manifestam nos idosos.
GRUPO VI – Fatores que podem se constituir em fatores agravantes ou atenuantes de problemas de saúde mental já identificados.
CONDIÇÕES ESPECIAIS: São circunstâncias consideradas sentinelas porque exigem mais atenção e cuidado das equipes de saúde, além da aplicação da estratificação de risco: Gestação, população indígena, deficiência mental moderada ou severa.
EVENTOS AGUDOS: Nestes casos não se faz estratificação de risco, pois são consideradas situações de urgência para as quais deve ser aplicada a classificação de risco como em qualquer outro evento agudo:
- OCORRÊNCIA RECENTE DE TENTATIVA DE SUICÍDIO
- CRISE OU SURTO PSICÓTICO
Os sinais e sintomas de cada grupo são pontuados de 1 a 10 de acordo com o nível de gravidade, por exemplo: Queixas somáticas – 1 ponto Medo intenso – 2 pontos Euforia – 4 pontos Delirium tremens – 10 pontos Alucinação – 10 pontos.
BAIXO RISCO= 0-30; MEDIO RISCO= 31 -50; ALTO RISCO= 51 -236
Sinais e sintomas leves e moderados podem ser direcionados = primário, secundário e terciário
Sinais e sintomas graves e persistentes= primário, secundário e terciário.
A estratificação de risco da população alvo: Gravidade dos sinais e sintomas apresentados + Condições de vida atual do usuário = Diagnóstico.
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A estratificação de risco servirá de base para o plano de cuidados que deverá ser elaborado em conjunto com o usuário e familiares, considerando a rede de apoio existente na comunidade.
PLANOS DE CUIDADOS EM SAÚDE MENTAL NAS SITUAÇÕES ESTRATIFICADAS COMO DE BAIXO RISCO:
como as que apresentam sintomas leves a moderados de depressão, ansiedade e somatização, os sintomas tendem a se sobrepor, além de compartilharem os mesmos fatores de risco e padrões de evolução. Nestes casos, os cuidados devem ser oferecidos com intensidade progressiva e os grupos não devem ser direcionados nem divulgados apenas para pessoas portadoras de um diagnóstico. Recomenda-se iniciar com cuidados de baixa intensidade (atividade física em grupo, panfletos de autoajuda, grupos de apoio), passando por grupos psicoeducacionais e de apoio que explorem questões como autoestima ou resiliência, evoluindo para o uso de terapia medicamentosa com supervisão especializada e psicoterapia em grupo ou individual, caso necessário. Atendimentos individuais, ou consultas compartilhadas em saúde mental, também podem ocorrer quando identificada a necessidade pela APS, e juntamente com os NASF, nos municípios que possuem tais equipes.
PLANOS DE CUIDADOS EM SAÚDE MENTAL NAS SITUAÇÕES ESTRATIFICADAS MÉDIO A ALTO RISCO:
a APS desempenha papel importante no diagnóstico precoce, no início rápido do tratamento com intervenções rápidas e efetivas na crise, na manutenção do tratamento farmacológico e nos programas de reabilitação psicossocial para os quadros psicóticos crônicos estáveis. Os atendimentos em domicílio e os vínculos com as famílias facilitam estas intervenções. Conforme for a rede municipal, as equipes de APS devem contar com capacitação, supervisão e apoio matricial de profissionais do Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF), e dos pontos de atenção secundária, como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e das equipes multiprofissionais especializadas em saúde mental. O usuário sempre continuará vinculado a APS de referência, onde o cuidado compartilhado tem se mostrado mais eficaz. Salienta-se, ainda, a necessidade de prover o cuidado para as comorbidades clínicas frequentes, não se limitando apenas ao fornecimento de medicação.
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