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Conceito de saúde mental

Seminário: Conceito de saúde mental. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  31/10/2013  •  Seminário  •  1.226 Palavras (5 Páginas)  •  490 Visualizações

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Há muitos anos se estuda o conceito de saúde mental e cada vez mais a sociedade parece estar distante desta beneficência, pois, estar saudável mentalmente exige a desenvoltura de bem estar biopsicossocial, bem como do universo no qual está inserido e seu desenvolvimento atual. Passando assim a se perceber que equilíbrio cognitivo e dinâmico são premissas da ausência de patologias psicossociais. E não obstante a tempos remotos, as psicopatologias são vistas como consequência do estilo de vida que se leva, sua sociedade e cultura, que aos poucos desfigura o ser humano com suas manifestações físicas por vezes grosseira e agressora.

A literatura mostra de forma concisa os desarranjos das psicopatologias debruçadas sobre a sociedade e percebe que abrolha aí as maiores obras as quais de fato discorrem sobre a crise que paira e se manifesta com total clareza ao passo que seu bem maior seja vítima de entraves do mero convívio social. Esta inventada a patologia psicossocial. Diante da explanação de um clássico da literatura: Ensaio sobre a Cegueira (1995) de José Saramago é que terrivelmente sobre cai a consciência de que estar louco não significa apenas estar doente de fato, com interposições do estado físico e psíquico, e sim por vezes calar-se defronte de tanto vazio ilusório.

Esta obra constitui-se de um romance focado no trajeto de um grupo de pessoas/personagens lutando por méritos desconhecidos a sua existência que, no entanto revelam-se dentro de cada um, revelação esta que vai além das forças físicas de sobrevivência, perpassando a dádiva real para um lapso geral de representações como um dom vital para a vida humana dentro da sociedade em que está inserido. A partir desta denotação, a consciência coletiva certamente não se opôs em favorecer a narração sistemática demonstrada tão ironicamente e tão realmente verdadeira pelo saudoso escritor, onde não mediu intelecto para deslumbrar e desvendar a sociedade hipócrita a qual somos pertencentes, ultrajando até os políticos.

Em consonância é notório citar que, de forma literária, “O ALIENISTA” evidencia que a obra, expressa ironicamente em forma de arte a tese de que o homem verdadeiramente lúcido é um louco, porque é anormal por simplesmente aludir que a lucidez mental é sintoma de loucura, pois faz com que o homem, na tentativa de ser autêntico e coerente com os postulados ideológicos, se isole da maioria. “O ALIENISTA” nestes moldes versa ainda sob uma visão de adorno para a sociedade da época, embora se apresente de forma menos camuflada, como foi apresentada no Romantismo, logo, a descrição de várias concepções de patologia mental (ASSIS, 1994).

Diante da análise psicológica e a crítica social, a referida obra abre tendências à fase realista de Machado de Assis e apresenta diversas características devido a sua extensão. Com o narrador em terceira pessoa, Machado de Assis consegue mostrar e explorar o comportamento humano além das aparências, expondo com grande ironia toda a vaidade e egoísmo do homem. O autor coloca em questão as fronteiras entre o que é normal e o que é anormal através de um médico que se esforça em tentar compreender distúrbios psicológicos que acometem a população além de demonstrar interesse em analisar as atitudes das pessoas e suas relações dentro da sociedade (ASSIS, 2005).

O enredo de “O Alienista” traz aspectos de crítica sócio-política, tenta mostrar que a classe política sempre busca vantagens pessoais ao embriagar a obra com seu humor um tanto quanto margo de visão irônica ao enfatizar aspectos negativos denunciadores da frustração humana. A alienação por parte de Assis é vista acima de tudo como hipocrisia humana, impulsionada por um sistema social mediado pela falta de valores, ou seja, o objeto homem passa a ser primordialmente ganancioso e movido pela intenção de poder (grandes chagas das psicopatologias) (ASSIS, 1994).

Na personificação das psicopatologias simbolizadas por Machado de Assis, há um ponto em que um foco de atenção é retomado, a relatividade da ciência. Ao mencionar “O Alienista” como configuração da denotação do que é ou não adoecimento mental, entrelaça-se uma teoria por ele criada para que se defronte com a verdade absoluta para, posteriormente perceber que esta verdade não existe. Deste modo é revelada uma visão irônica e satírica sob os psiquiatras e também cientistas no início do século XIX (ASSIS, 2005).

É interessante perceber que já no início do XIX havia esta preocupação com a alienação social por Machado de Assis e posteriormente com as metáforas deflagradas por José Saramago. Em seu romance mesmo, Ensaio sobre a Cegueira, Saramago descreve a triste realidade social com inúmeras metáforas para enfatizar este dual mártir. A indiferença humana como ele chamava de “mal branco” é um exemplo da

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