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ANTIDIABÉTICOS PÂNCREAS E HORMÔNIOS

Por:   •  17/8/2019  •  Abstract  •  5.118 Palavras (21 Páginas)  •  141 Visualizações

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ANOTAÇÕES DA AULA DO DIA 02/04/2018 (Continuação)

ANTIDIABÉTICOS

PÂNCREAS E HORMÔNIOS

O tratamento clínico é com fármacos utilizados para o tratamento da diabetes na realidade está relacionado com fármacos que vão atuar como se fosse a insulina, ou atuar melhorando a ação da insulina. Então antes de entender definitivamente como tudo isso aí acontece, é importante nós termos noção de como o nosso pâncreas vai funcionar e como ocorre essa desregulação que vai combinar na hiperglicemia que deve ser tratada. Na realidade o nosso pâncreas é responsável por produzir estocar e liberar insulina, essa insulina quando ela é liberada ela vai atuar perifericamente promovendo a entrada de glicose nas células, essa glicose vai ser utilizada como fonte energética. O glucagon por sua vez tem o efeito contrário, de estocar glicose em reservatório para ser utilizado posteriormente, acontece que por alguma desregulação ou a insulina para de atuar e isso vai levar ao surgimento da hiperglicemia, então a diminuição da secreção de insulina pelo pâncreas vai levar ao surgimento da hiperglicemia. A glicose aumentada na corrente sanguínea pode levar a uma série de modificações no nosso organismo, pode provocar aumento da pressão arterial, essa glicemia ela pode ser convertida em gordura e consequentemente levar ao aumento do colesterol, essa glicemia pode obstruir a microcirculação periférica, essa glicemia aumentada pode prejudicar a cicatrização de feridas, diminuir a imunidade e todos esses processos podem combinar naqueles fatores, aqueles sintomas característicos de pacientes com diabetes. Da mesma forma que eu falei lá em hipertensão, que o tratamento deve ser voltado para evitar que os problemas resultantes da patologia aconteça, nós vamos observar aqui. O paciente não vai morrer imediatamente por uma questão ligada a hiperglicemia, os problemas vão acontecer a longo prazo, o aumento da pressão, falência renal, diminuição da acuidade visual, então perda de membros, todos esses fatores vão acontecer a longo prazo, por isso que o tratamento deve ser institucionalizado assim que for diagnosticado o quadro de hiperglicemia, da mesma forma como nos vimos lá em hipertensão, o quadro de instalação dos sintomas apresentados por um paciente diabético são muito parecidos com os sintomas apresentados por outras situações clínicas, e às vezes pode passar despercebido. Então consequentemente, o diagnóstico só vai vir efetivamente na medida da glicose plasmática em jejum e aí realmente nós vamos saber se o paciente apresenta diabetes ou não. Levando em consideração a mesma coisa que eu já falei em outras doenças degenerativas, ou seja, vamos afastar causas secundárias, porque existem outros fatores que podem fazer a Glicemia plasmática aumentar, não necessariamente uma disfunção no organismo do paciente, então afastando-se essas causas e analisando-se também se a Glicemia está aumentada aí é que vamos institucionalizar o tratamento farmacoterapêutico, medidas medicamentosas e não medicamentosas também. Então nós podemos ter algumas alterações como alterações no nível de glucagon, que podem combinar na hiperglicemia, diminuição do efeito de incretinas que são substâncias produzidas e liberadas pelo intestino que regulam o metabolismo da glicose plasmática de modo que podem levar também a hiperglicemia, o aumento da lipólise, ou seja, você vai quebrar lipídios e pode levar à formação de glicose vai levar essa hiperglicemia, a reabsorção renal de glicose também pode levar a hiperglicemia, a diminuição da Captação e utilização de glicose pela musculatura periférica pode levar também a hiperglicemia, distúrbios de neurotransmissores também podem levar porque a liberação de insulina ela é controlada pelo nível de glicose, mas ela é controlada também pelo sistema nervoso e aí essas alterações de todas podem consequentemente culminar na hiperglicemia, e a hiperglicemia como vocês vêem é que pode levar ao surgimento da diabetes, que é um quadro um pouco mais complexo.

DIABETES TIPO 1 E DIABETES TIPO 2

Então o principal sintoma que vai ser apresentado pelo paciente é realmente a hiperglicemia circulante, e de acordo com o surgimento dessa hiperglicemia é que vem a classificação dos diabetes que nós temos hoje disponível o diabetes tipo 1 e 2. A gestacional e aquela que é ocasionada por outras causas, como por exemplo medicamentos e outras patologias, como por exemplo neoplasias.

No quadro de diabetes tipo 1 o que nós vamos observar é que a hiperglicemia ela é resultante devido à ausência total da insulina circulante. Isso vai acontecer porque o organismo, ele vai produzir anticorpos que são anti células pancreáticas e esses anticorpos eles vão destruir essas ilhotas de langerhans que são as células responsáveis por produzir a insulina, e consequentemente o organismo deixa de produzir a insulina, e sem insulina não tem como acontecer a entrada de glicose nas células e aí com essa falta de entrada de glicose nas células é que vai vir todo o quadro característico de um paciente com diabetes. Pela falta da principal fonte energética o organismo começa a utilizar outras fontes secundárias, vai quebrar a gordura, vai quebrar a proteína, e a quebra dessas outras fontes secundárias e que consequentemente vai levar os sintomas características os pacientes com diabetes tipo 1. Ele sente muita fome, mas mesmo se alimentando ele não consegue ter essa saciedade e com alimentação não entra glicose na célula, porque não tem insulina presente e pode observar que as vezes são pacientes bem magros. E isso acontece porque como não entra glicose tem que quebrar outra fonte energética e a outra fonte primeiramente é a gordura,  e segundo começa a quebrar as proteínas. Então às vezes é por conta disso que o paciente tem braços e pernas mais finas por conta justamente dessa quebra da proteína que pode acontecer. A longo prazo a quebra de proteínas e de ácidos graxos pode levar à formação de corpos cetónicos, e esses corpos cetónicos podem reduzir o pH plasmático, levando a uma cetoacidose diabética. Isso pode ser revertido com a utilização de insulina, porque a formação desses corpos cetônicos é estimulada justamente pela quebra de outras fontes energéticas. Ao utilizar a insulina a glicose começa a entrar na célula, consequentemente o organismo vai ter energia, deixa de quebrar as fontes secundárias, ocorre a diminuição da formação de corpos cetônicos, e essa cetoacidose ela vai ser revertida gradativamente. Isso vai ser falado um pouco mais na frente para vocês também. Uma outra situação que vai acontecer durante o diabetes é que como a glicose ela não está sendo captado e utilizada a tendência ela ser também mais eliminada, então nós vamos encontrar essa glicosúria que é característica de um paciente diabético tipo 1. Uma outra situação é que sem a utilização da glicose a microcirculação periférica ela fica prejudicada, com isso chega menos nutrientes a periferia, com isso caso ocorra uma lesão nessa região essa lesão ela tem uma cicatrização pouco mais dificultada. Primeiro porque está chegando menos nutrientes segundo porque o sistema imunológico também está deprimido a tendência é que se essa região sofrer uma lesão, ela não vai cicatrizar e com o tempo ela pode necrosar. E aí vai exigir a amputação da região, e ao amputar a região a ferida que foi gerada ela também não vai cicatrizar, e a tendência é que o paciente vá amputando o membro aos poucos. Por conta desse problema que pode ser ocasionado pelo diabetes.

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