ATIVIDADE FÍSICA E PREVENÇÃO/ CONTROLE DA HIPERTENSÃO ARTERIAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE (APS)
Por: Henrique Escórcio • 9/12/2016 • Resenha • 858 Palavras (4 Páginas) • 536 Visualizações
ATIVIDADE FÍSICA E PREVENÇÃO/ CONTROLE DA HIPERTENSÃO ARTERIAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE (APS)
A atenção à saúde no Brasil tem investido na formulação, implementação e concretização de políticas de promoção, proteção e recuperação da saúde. Desta forma é de importância se construir modelos de atenção à saúde que priorize ações de melhoria da qualidade de vida, destacando-se dentre essas o aprimoramento do acesso e qualidade dos serviços prestados no SUS, com ênfase no fortalecimento da saúde da família; promoção, informação e educação em saúde, incentivo à prática de atividade física, de hábitos saudáveis de alimentação e de vida, controle do tabagismo e do uso abusivo de álcool e cuidados voltados ao envelhecimento.
O Projeto Academia na Praça despertou a população para a procura de atividades físicas como alternativa de melhor qualidade de vida. Entretanto, qual a melhor forma de inserção da atividade física no contexto da APS? Qual tipo de atividade física é a mais benéfica? Que grupos podem ser mais beneficiados? Dentre outros questionamentos.
Destacam-se então duas opções como forma de enfrentamento para essa problemática, sendo a primeira opção a Prescrição da atividade física na APS para a prevenção e tratamento da hipertensão arterial em nível individual, visto que no Brasil a saúde cardiovascular pode ser resumido por meio do tabagismo, hipertensão, diabetes mellitus e obesidade, tendo uma população superior a 40 anos que representa um total de 17 milhões de portadores de hipertensão onde cerca de 75% dessas pessoas recorrem ao Sistema Único de Saúde (SUS) para receber atendimento na atenção básica. As estratégias de mudanças no estilo de vida mencionam o abandono do tabagismo, os benefícios terapêuticos da atividade física e a importância da dieta como prioridade da saúde pública, entretanto, estudos ainda apontam que o aconselhamento à prática da atividade física na unidade de saúde ainda é muito baixo frente às necessidades dos indivíduos.
A segunda opção no caso seria Incentivar, em nível comunitário, a prática de atividade física aeróbica sob supervisão profissional. A promoção da atividade física na unidade básica de saúde tem-se feito notar mais evidente ultimamente em se preocupar com o estilo de vida, visto que o envelhecimento vem acompanhado de uma série de efeitos nos diferentes sistemas do organismo. A cobertura populacional pelas equipes de saúde da família e as práticas sociais que compõem a saúde coletiva, além do perfil dos profissionais de saúde com formação em saúde pública, facilitam o aconselhamento dos usuários. Os exercícios aeróbicos de baixo impacto podem estar associados ao menor risco de lesões e trazem grandes benefícios a nível antropométrico, neuromuscular, metabólico e psicológico, visto que a prática de exercícios físicos aeróbios promove redução dos níveis plasmáticos de triglicerídeos e aumento dos níveis de HDL-Colesterol.
Estudos apontam que a redução da mortalidade por doenças do aparelho circulatório está diretamente relacionada às mudanças nos hábitos de vida. Muitos estudos indicam que o sedentarismo acarreta sérias consequências a médio prazo para os indivíduos, como aumento do peso corporal, hipertensão arterial, diabetes e suas decorrências como doenças cardiovasculares, em Piripiri, a atividade física nunca foi difundida e a prescrição de exercícios como forma de evitar e tratar doenças ainda é discreta, pois a renda média da população local e a histórica falta de aparelhagem podem desfavorecer a maioria dos cidadãos, já que nem todos podem se matricular em academias particulares. No final do ano de 2009, o município de Piripiri implantou o Projeto Academia da Praça, que propõe a realização de atividades coordenadas por profissionais de educação física e fluxo orientado pela Estratégia Saúde da Família (ESF), com ampla adesão dos mais variados grupos etários, portadores ou não de doenças crônicas.
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