Análise do Livro "O que é trabalho" com o filme Bee Movie

Para esclarecer sobre os conceitos reais do trabalho, a autora Suzana Albornoz escreve o livro “O que é o trabalho”. Ela aborda com base no conhecimento filosófico que os significados do trabalho podem mudar como tempo e objetivo, por exemplo, o trabalho tinha como origem o esforço para promover a sobrevivência, depois surgem as trocas de produtos dando origem ao comércio, chegasse, assim, ao sistema capitalista cujo trabalho é mais alienado e menos consciente. Uma análise mais crítica da obra pode ser com base no filme “Bee Movie – A história de uma abelha”.

Em primeira análise, é possível trazer uma visão expressiva sobre produção em massa de produtos ( a realidade do sistema capitalista), visto que a abelha Barry Benson recém formado, que vivia em uma colmeia, tinha que escolher uma função dentro da fábrica de mel; porém, o que mais ele queria era uma vida fora dos padrões que eram impostos sobre ele e toda a colmeia. Para Barry Benson, a vida precisava ter significado, e por ser uma abelha crítica, ele queria que seu trabalho não fosse um fardo, mas algo prazeroso e não aceitava as condições que lhe eram ofertadas. Esta parte é fundamental, pois é uma crítica ao que Suzana Albornoz descreve como trabalho alienado, onde o trabalhador só trabalha com foco na própria atividade, sem se importar com a finalidade do que está fazendo, ou seja, ele perde a noção do valor de seu trabalho e se torna dependente do sistema.

Além disso, no filme, percebe-se uma organização em um ambiente profissional e a importância do trabalho em equipe. Sendo o trabalho devidamente dividido para a fabricação do mel, cada grupo de abelhas desenvolve uma função específica e repetitiva. Assim, é nítido como o filme desenvolve uma visão bem expressiva do sistema de produção fordista, pois o trabalho é realizado sempre com a mesma função e pelo mesmo operário (no caso do filme: pela mesma abelha). Esse tipo de trabalho é visto como um fardo para o personagem Barry Benson, pois o limita e não permite que ele possa usar “a mente” para tornar real “seus sonhos”, e, atrela-se a isso a crítica da Suzana Albornoz ao trabalho sem conhecer a finalidade dele, conceito estabelecido pelo Fordismo.

Ademais, uma curiosidade que pode ser observada no filme é o parque de diversões, que foi feito em forma de estrada. Dessa maneira, não há necessidade de tirar férias, pois as abelhas chegam ao trabalho relaxando e se divertindo, assim, evita-se o “tempo morto” (descanso, folga, férias, etc.) obtendo-se bons resultados na produção. Uma outra relação que podemos perceber no filme é a seleção cientifica do trabalhador, quando os Ases do Pólen por serem maiores e mais fortes tem permissão de sair da colmeia. Outrora, as abelhas vêm o trabalho unificado como um avanço em sua colmeia, mostrando que se cada um fizer sua parte bem feita a máquina da colmeia funcionará perfeitamente.

Portanto, ao analisar a obra “O que é o trabalho” e o filme “Bee Movie – A história de uma abelha” fica mais simples relacionar questões sobre o trabalho. Pode-se citar o fato de a crítica sobre a abelha trabalhar no mesmo lugar pelo resto da vida, como, por exemplo, os que trabalham mexendo o mel nunca irão conhecer o trabalho dos outros grupos de abelhas, além de que não podem mudar de uma classe social para outra. Isso faz uma analogia a alienação do trabalhador, que