Aps saúde da familia
Por: Winie Eliana Fiorini • 30/10/2015 • Projeto de pesquisa • 7.328 Palavras (30 Páginas) • 314 Visualizações
INSTITUTO TAUBATÉ DE ENSINO SUPERIOR
APS – Enfermagem da Família
Taubaté, 2015
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INSTITUTO TAUBATÉ DE ENSINO SUPERIOR
APS – Enfermagem da Família
APS apresentado para a Disciplina de Enfermagem da Família sob orientação da Profª.: Rosana Vador para o curso de Enfermagem Noturno, 4° semestre.
Taubaté, 2015
Sumário
1. Introdução.............................................................................................................4
2. Desenvolvimento..................................................................................................5
2.1. Conceito de sujeito, saúde e família...................................................................5
2.2. Resumo das principais conferências internacionais da OMS, sobre população e desenvolvimento...................................................................................................................6
2.3. Evolução histórica das famílias brasileiras..........................................................7
2.4. Os estágios do ciclo vital da família: crenças e valores, ritos de passagem.......8
2.5. Genograma e Ecomapa ( Rede Social da Família) – Modelo Calgary................9
2.6. Entrevista com famílias e visita domiciliar.........................................................10
2.7 Princípios gerais da Estratégia de Saúde da Família.........................................12
2.8 Política Nacional de Humanização e suas Tecnologias: Acolhimento com Classificação de Risco; Ambulância, Clínica Ampliada. A PNH na Atenção Básica...........13
2.9 Violência Intrafamiliar.........................................................................................14
2.10 A Família frente a situação de doença aguda e crônica de um de seus membros.............................................................................................................................15
2.11 Idoso e a Família..............................................................................................17
2.12 Família frente a morte de um de seus membros.............................................18
2.13 Cuidados Paliativos..........................................................................................19
2.14 Atenção Domiciliar / Princípios Gerais / Legislação e Papel da Equipe de Enfermagem.......................................................................................................................20
1. Introdução
A família pertence a diferentes estratos e classes sociais configurando-se de forma diferente de acordo com a cultura e a inserção no sistema produtivo. Portanto, existem famílias histórica e socialmente situadas, e não família num sentido universal. Considerando a multiplicidade de concepções e organizações familiares, diversas teorias científicas dedicaram-se ao estudo das famílias, sendo a Teoria Sistêmica, surgida no século XX, uma das mais difundidas nesse campo. Nessa perspectiva, a família é vista como um sistema de relações, onde os indivíduos são considerados sistemas por si só, que fazem parte de sistemas mais amplos, como o sociocultural, e assim por diante, em que o comportamento de cada um dos membros afeta e é afetado pelos outros membros do grupo e pelos sistemas.
No entanto, existe um consenso entre essas diversas teorias ao considerar que a família configura-se como o lócus privilegiado para o desenvolvimento humano (Kaloustian 1994; Ciampone, 1999; Cerveny, 2003; Melo Filho, 2004; Sarti, 2004; Gomes, 2005; Dessen, 2007).
Por considerar a influência da família na saúde de seus membros, Kaloustian (1994) discorre da importância de tomar a família como unidade de atenção das políticas públicas, buscando opções mais coletivas e eficazes na proteção dos indivíduos de uma nação. O tema família vem sendo discutido durante décadas no setor saúde. Em âmbito mundial, o interesse na atuação familiar retomou com a escolha do ano de 1994 como o “Ano Internacional da Família” pela Organização das Nações Unidas (ONU). No Brasil, na década de 1980, junto às discussões das políticas públicas e à reforma do SUS (Sistema Único de Saúde), esse tema foi consagrado pela Constituição de 1988 e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, ocorrendo com isso o fortalecimento de programas de inserçinserção da família no cenário das políticas de saúde.
2. Desenvolvimento
2.1. Conceito de sujeito, saúde e família
Artigo: A CENTRALIDADE DA FAMÍLIA NAS POLÍTICAS SOCIAIS DA ASSITÊNCIA SOCIAL E SAÚDE: A RELEVÂNCIA DO DEBATE PARA O SERVIÇO SOCIAL
Nascemos e nos desenvolvemos sempre em relações. Diz-se, no meio de um “citoplasma relacional” que nos envolve como que colado em nossa própria pele, entranhado em nossas células. No caso de famílias biológicas isto já é dado; no não biológico, isto se faz. Ali está quem e o que diretamente nos faz nascer, cuida, nos maltrata, nos alimenta, até podermos ou não ser atirados ou nos atirarmos no mercado, no fluxo do oceano, no espaço, no fluxo da vida e ou criarmos novas unidades familiares.
As unidades familiares já há algum tempo vem se diferenciando mais e mais a cada dia e afastando-se do que tanto aprendemos e vivemos da família clássica - monogâmica, possessiva, biológica, nuclear, bipolar.
Assim sendo, nosso “sujeito” é um feixe de relações bio - históricas desde que é concebido e nasce, o que perdura por toda sua vida. Somos “nós” muito mais que “eus”, digamos assim, e temos sempre um “lócus nascenti” e uma matriz bio – historicamente constituída, que se “refaz” constantemente através dos tempos.
Em suma, impossível jogar fora o que já somos ao nascermos. E claríssimo que não podemos menosprezar o meio ambiente econômico - sócio - cultural – macro biológico em que crescemos, que permitirá ou não, desenvolvermos ou atrofiarmos nossas potencialidades. De todas as formas imagináveis – relações.
A comunidade também é uma complexa teia de relações, que se apóia, em última instância, a meu ver, nas diferentes formas de família (optaria eu, já aqui, por familiaridade) imediata que nela se instalam, e como veremos, na ação direta das mulheres.
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