Artigo sobre remédios a base de maconha

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ANHANGUERA EDUCACIONAL

FACULDADE DE PELOTAS

                                            ENFERMAGEM

Fisiologia

Professor Luiz Felipe Forgiarini

Maconha: Remédio proibido

Turno: Noite

Turma: A

Aluna: Nelciane da Cruz Valadão

R.A.:7060006023

Pelotas, 26 de novembro de 2014.

 

O uso da maconha como terapia divide opiniões, pois não existem pesquisa de sua eficácia nos sintomas dos pacientes. Existe uma marginalização desta droga e uma falta de interesse de uma maioria em pesquisa-la por causa disso, fazendo com que muitos pacientes tenham seu tratamento interrompido ou negado pelas autoridades de saúde.

Devemos ver a maconha como uma droga qualquer ou como planta medicinal, sem taxa-la como proibida sem antes analisa-la bem e criar uma lei para regulamentar seu fim terapêutico, dando esperança e alivio a pacientes e famílias que se encontram desesperados para certos diagnósticos.

Existem no Brasil remédios legalizados que apresentam muito mais efeitos adversos e psicóticos que podem ser vendidos em farmácias com prescrição controlada, porque não fazer isso com os derivados da maconha? Assim incentivaria a pesquisa e interesse da classe médica em conhecer sua s propriedades e efeitos.

A Cannabis tem princípios ativos medicinais, tanto o THC como o CBD. Esses medicamentos com apenas CBD não apresentam os efeitos alucinógenos, em contra partida o THC sim, mas mesmo dessa forma ainda é de extrema valia, pois esse efeito tem seus pontos positivos como, por exemplo, aumento do apetite, diminuição da dor e das náuseas causadas nos pacientes que fazem tratamento para HIV e quimioterapia. Na redução de danos com usuários de outras drogas mais pesadas, como o crack, sendo usado como antiansiolítico, por ser considerada uma droga mais leve. O preconceito e a criminalização do Cannabis causa desespero dos pais e nas pessoas que ainda tem esperança de cura ou alívio através, de um medicamento que pode salvar vidas ou amenizar os sintomas que os impedem de ter uma vida normal e um pouco menos sofrida.

Existem estudos fora do Brasil que comprovam que na planta Cannabis tenham benefícios e isso possa ajudar milhares de pessoas, enfrentam muitos preconceitos, causando empecilhos aos seus avanços e retardando seus resultados que tornaria sua liberação e regulamentação viável. No Brasil esses estudos ainda não são possíveis, pois é uma droga ilícita, criminalizada por uma sociedade que libera outros tipos de drogas, como cigarro e álcool com significado de sociável.

Acredito que a liberação da maconha e seus derivados para uso medicinal, é muito relevante para a pesquisa de medicamentos. Pois abre a possibilidade de cura e bem estar a pacientes em diversos diagnósticos. Mas deve haver uma discussão muito ampla para que não exista distorções na sua descriminalização, pode torna-la uma droga apenas de uso recreativo e não de fim terapêutico que é o que buscamos. Aqui dentro do país já foi comprovado que em seus componentes existem potenciais de cura e tratamento de diversos sintomas de algumas doenças, dando motivos para serem pesquisados para que posteriormente sejam prescritos como terapia medicamentosa. O uso medicinal deve ser discutido e não usado como a justificativa de seu consumo, pois em nosso país está apenas interessado na liberação recreativa, apenas uma minoria da população está apoiando o uso da maconha de forma medicinal. Isso faz com que se torne uma jornada longa e turbulenta para que sua descriminalização ocorra em nosso país, deixando cada vez mais difícil sua pesquisa e a possibilidade de tratamento para quem precisa.