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Artigo Rem Koolhaas

Por:   •  4/11/2020  •  Pesquisas Acadêmicas  •  3.527 Palavras (15 Páginas)  •  296 Visualizações

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REM KOOLHAAS E O ROMPIMENTO COM A TRADIÇÃO ARQUITETÔNICA MODERNA NA CONTEMPORANEIDADE

REM KOOLHAAS AND THE DISRUPTION WITH THE ARCHTECTURAL TRADITION IN CONTEMPORANEITY

Fernanda Esteves Leirião1, Letícia Magalhães Gonçalves1, Luiz Felipe da Silva1, Tainá Carvalho Jardim Tosta1, Korina Aparecida Teixeira Ferreira da Costa2.

  1. Discentes na Universidade do Oeste Paulista - UNOESTE, Curso de Arquitetura e Urbanismo, disciplina de História da Arquitetura Brasileira I, Presidente Prudente, SP.
  2. Arquiteta e Urbanista, Mestre e Docente na Universidade do Oeste Paulista - UNOESTE, Curso de Arquitetura e Urbanismo, disciplina de Arquitetura Contemporânea, Presidente Prudente, SP.

RESUMO

Palavras-chave: Grupo Oma, Rompimento, Desconstrutivismo, Geometria, Biblioteca Central de Seattle.

ABSTRACT

Keywords: OMA’s group, Disruption, Desconstructivism, Geometry, Seattle Central Library.

1 INTRODUÇÃO

A arquitetura desconstrutivista tem como foco se esquivar dos paradigmas propostos independentes do período inserido. Assim, apresenta-se uma aparência instável e uma ideia de desafiar a natureza com suas formas e ângulos. Essa arquitetura permite que as expressões dos arquitetos sejam de fato demonstradas em sua essência. (STOUHI, 2018).

Sendo assim, neste artigo iremos apresentar o arquiteto holandês Rem Koolhaas, um dos principais arquitetos deste movimento que, juntamente à Elia, Zoe Zenghelis e Madelon Vriesendorp, criaram o grupo OMA. Receberam diversas premiações entre elas o prêmio Pritzker. Segundo Rem, não importava muito as formas e sim o impacto que elas iriam causar na sociedade. (LYNCH, 2017).

Contudo, será apresentado duas grandes obras famosas do arquiteto, analisando suas características formais, estruturais e espacial, são elas: a Sede CCT, localizada na China, caracterizada por ser uma reinvenção dos arranha-céus, é o maior projeto executado pelo OMA, tendo seu uso destinado à estúdios de TV, escritórios e equipamentos de produção; e a Biblioteca Central de Seattle, um projeto de uma biblioteca que se redefine com seu visual fora dos paradigmas estimado a ela, tornando-a uma referência internacional com seus ângulos e fases espelhadas. (DELAQUA, 2012) (LYNCH, 2017).

Portanto, foi desenvolvido um estudo pautado no desconstrutivismo e suas características formais e funcionais, baseadas em Rem Koohaas e sua arquitetura reconhecida através de suas obras, analisando fatores pertinentes de caráter espacial, estrutural e formal para que a pesquisa tenha total sucesso. (STOUHI, 2018).

2 MÉTODO

Por meio de estudo e de investigação bibliográfica, a metodologia do trabalho se fundamenta em uma abordagem de pesquisa qualitativa que, segundo Minayo (2001, p. 14), “trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos.” Desse modo, o presente artigo foi produzido tendo como base leituras e estudos de textos, artigos e resultados de pesquisas em sites confiáveis. Tudo isso possibilitou o reconhecimento das características, a forma como o arquiteto projetava e sua importância e contribuição dentro da contemporaneidade, além ajudar a identificá-los nas obras escolhidas para análise. Para obter resultados, foi necessário entender o que foi a arquitetura desconstrutivista, assim como suas características e seus representantes mais importantes. Em nosso trabalho, o foco é o arquiteto, urbanista e teórico da arquitetura neerlandês Rem Koolhaas.

3 RESULTADOS

O presente artigo traz uma explanação teórica sobre o contexto da arquitetura desconstrutivista e o seu papel para com o rompimento das tradições e nas formas como esse movimento é encontrado nas obras arquitetônicas de Rem Koolhaas do Grupo Oma, explanando sobre sua tectônica e sua forma de projetar de maneira singular desenvolvendo estruturas impactantes.

O desconstrutivismo é entendido como a destruição ou a desmontagem de algo já construído, seja por razões estruturais ou como um ato subversivo. Para muitos arquitetos, não é considerado um estilo de arquitetura, muito menos um movimento de vanguarda. O desconstrutivismo não possui regras específicas ou uma estética consensual, sendo assim pode ser interpretado como uma provocação aos padrões e ao tradicionalismo buscando a exploração de possibilidades e liberdade formal ilimitada. (STOUHI, 2018).

A partir de séries de desenhos de vanguardistas russos que ilustravam projetos que desafiavam as normas geométricas proporcionou-se um novo ponto de vista crítico experimental sobre os limites da disciplina abrindo portas para o universo da arquitetura. A partir daí a arquitetura passou a ser vista como uma forma superior de arte, influenciando e sendo influenciada pela sociedade a qual estava inserida. Por conseguinte, a revolução social resultaria impreterivelmente em uma revolução na arquitetura. A geometria então assume formas completamente irregulares. (STOUHI, 2018).

O desconstrutivismo surge na arquitetura contemporânea como uma mistura de construtivismo com modernismo, influenciado pelo pós-modernismo, pelo expressionismo e pelo cubismo. O termo apareceu pela primeira vez na década de 1980, como uma ideia desenvolvida pelo filósofo francês Jacques Derrida.

Derrida, amigo próximo do arquiteto Peter Eisenman, desenvolveu a ideia de fragmentação estrutural para explorar a assimetria da geometria (claramente inspirada no construtivismo russo), mantendo a funcionalidade central do espaço (inspirada pelo modernismo). O tema veio à tona durante o concurso de arquitetura para o Parc de la Villette na primeira metade dos anos 1980, graças tanto à proposta vencedora, desenvolvida por Bernard Tschumi, assim como pelo projeto desenvolvido por Derrida em parceria com Eisenman. (STOUHI, 2018)

O desconstrutivismo ganhou mais atenção com a Exposição de Arquitetura Desconstrutiva de 1988 do MoMA (Figura 1), organizada por Philip Johnson e Mark Wigley onde apresentavam projetos desenvolvidos por Zaha Hadid, Peter Eisenman e Daniel Libeskind. Na exposição os organizadores notaram as semelhanças na abordagem projetual dos arquitetos que possuíam uma sensibilidade única e particular que desestabilizavam na maneira de perceber o mundo. (SHOUTI, 2018).

A arquitetura deve ser vista como uma obra gramatical, logo, deve ser lida e interpretada de acordo com seu contexto, ou seja, analisá-la como uma presença física. Observar uma obra desconstrutivista é algo que nos faz refletir sobre tal, já que ela não possui padrões estéticos, é um estilo na qual os arquitetos se libertam dos paradigmas estimados. Com isso, para que haja compreensão de determinada obra é necessária uma abordagem prévia de tudo que a rodeia. (TSCHUMI, 1995).

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