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As Doenças Tropicais Negligenciadas (DTNs)

Por:   •  29/9/2023  •  Resenha  •  1.126 Palavras (5 Páginas)  •  93 Visualizações

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As Doenças Tropicais Negligenciadas (DTNs)

  • São doenças que estão em populações que vivem em situação de pobreza, saneamento básico inadequado e com maior vulnerabilidade de contaminação.
  • Prevalecem em mais de 150 países de clima tropical e subtropical e são transmitidas de uma pessoa a outra pelo solo ou por vetores contaminados
  • As DTNs que mais acometem a população brasileira são: leishmaniose, tuberculose, dengue, hanseníase e doença de Chagas, além da Chikungunya.
  • É importante ressaltar que a enfermagem tem papel importante em conhecer as doenças negligenciadas e transmissíveis, a fim de criar estratégias e ações para controle e prevenção dessas doenças.

Consulta de enfermagem para doenças transmissíveis

  • É importante conhecer quais sinais e sintomas, condições climáticas e de saneamento, viagens e situações favorecem o surgimento de casos dessas doenças;
  • O enfermeiro precisa realizar um Histórico de Enfermagem (HE), durante a consulta de enfermagem, que contemple todos os dados necessários para a investigação de determinados aspectos e fundamentação para os processos de cuidados
  • SAE: Processo de Enfermagem
  1. Histórico e coleta de dados
  2. Diagnóstico
  3. Planejamento
  4. Intervenção ou implementação
  5. Avaliação dos resultados

Hanseníase

  • A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa, causada por um bacilo conhecido como Mycobacteirium leprae
  • A via de transmissão se dá por gotículas
  • O uso de máscara cirúrgica está indicado quando o profissional entrar em contato com o paciente suspeito ou confirmado
  • O homem é considerado o reservatório natural e é a única fonte de infecção.
  • O bacilo pode permanecer fora do corpo humano, estando principalmente em áreas úmidas, com baixas temperaturas e pouca claridade.
  •  o enfermeiro deve saber abordar o paciente desde a investigação, confirmação do diagnóstico e acompanhamento
  • As primeiras manifestações clínicas desta doença são áreas na pele com manchas e distúrbios de sensibilidade.
  • As alterações neurológicas periféricas podem surgir a níveis periféricos da pele ou mesmo dos nervos periféricos. 
  • Pode evoluir para incapacidades, deformidades das mãos, pés e olhos.
  • Hanseníase indeterminada (paucibacilar): fase inicial da doença, a lesão na pele é única, clara e sem elevação, apresenta borda mal definida e seca.
  • Hanseníase tuberculoide (multibacilar): forma da doença em que o sistema imune do paciente consegue eliminar o bacilo do organismo. As lesões se apresentam como manchas elevadas em relação à pele, anestésicas e com o centro claro
  • Hanseníase dimorfa (multibacilar): manchas avermelhadas ou esbranquiçadas, com elevação da pele, mal delimitadas na periferia ou por múltiplas lesões bem delimitadas¸ com diminuição da sudorese e reflexo
  • Hanseníase virchowiana (multibacilar): é a forma mais grave da doença. O paciente não apresenta manchas, a pele apresenta-se avermelhada, seca, com aspecto de casca de laranja, poupando áreas quentes, como axilas e couro cabeludo
  • Diagnóstico para esta doença, o exame é exclusivamente clínico, sendo os exames laboratoriais complementares: baciloscopia e biópsia
  • Os testes de sensibilidade no local da lesão são o principal achado clínico, sendo questionado ao paciente se ele identifica a sensação ou não.
  •  A partir do momento em que o tratamento é iniciado, até que todas as doses do tratamento sejam administradas, o paciente deverá manter-se sob isolamento
  • A administração da vacina BCG (duas doses) também é indicada para as pessoas que tiveram contato
  •  Paciente com hanseníase, não tem a indicação para a vacina.
  • O tratamento é realizado com a associação de medicamentos poliquimioterápicos (PQT), conhecidos como Rifampicina, Dapsona e Clofazimina.

Tuberculose

  • A tuberculose é uma doença grave, transmissível e infecciosa, causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis
  • Afeta principalmente os pulmões, mas também pode atingir outros órgãos.
  • Sintomas: Febre, suor noturno, tosse crônica com sangue e muco por no mínimo nos últimos 3 meses, fadiga, perda de apetite, dor no peito
  • pode evoluir para outras complicações, como, por exemplo, pneumonias e necessidade de intubação para ventilação mecânica.
  • A transmissão ocorre por meio das vias respiratórias, espirro, tosses ou fala
  • Qualquer pessoa pode ser infectada pela bactéria da tuberculose, contudo pessoas imunodeprimidas acabam sendo mais afetadas 
  • A baciloscopia e o TRM-TB são os exames que confirmam a tuberculose ativa.
  • Baciloscopia: coleta do escarro para cultura.
  • TRM-TB: Teste rápido molecular para tuberculose. É realizado teste de sensibilidade para Rifampicina, pois a bactéria pode ser resistente ou sensível ao medicamento.
  • Exames complementares como RX e tomografia de tórax, broncoscopia e sorologia para HIV são solicitados.
  • A vacina BCG apresenta-se eficaz em 75% dos casos confirmados.
  • Uma segunda dose é indicada em casos de pessoas que tiveram contato com pacientes positivados.
  • Medicamentos padronizados são Isoniazida, Rifampicina, Pirazinamida e o Etambutol.
  • Aprox. 15 dias após o início, e após 3 baciloscopias negativas, o paciente já não está mais transmitindo a doença.

Leishmaniose

  • é uma doença comum no homem e no cachorro. É infecciosa, mas não contagiosa entre seres humanos, causada por protozoários da espécie Leishmania.
  • utiliza como hospedeiro ou reservatório animais silvestres, cães não vacinados e os seres humanos, sendo uma infecção grave no homem, que pode evoluir para o óbito.
  • Os protozoários que causam a leishmaniose são parasitas que vivem e se multiplicam dentro das células que fazem parte da defesa do organismo do indivíduo: Macrófagos

Transmissor responsável: mosquito fêmea, ou flebotomíneo, também conhecido por mosquito-palha ou birigui (mosquito acinzentado, muito pequeno). Vive em lugares úmidos, escuros e com plantas.

Fonte de infecção: geralmente são os cães domésticos, comuns em ambiente urbano; em ambientes rurais, animais silvestres, como roedores, bichos preguiças e tamanduás. Após ser picado pelo flebotomíneo já infectado, o hospedeiro é infectado pela doença.

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