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Comunidade dom antonio barbosa relatorio levantamento situacional

Por:   •  19/9/2015  •  Relatório de pesquisa  •  771 Palavras (4 Páginas)  •  536 Visualizações

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Ao entrar no bairro Dom Antônio Barbosa, mais precisamente nas limitações da comunidade conhecida como Cidade de Deus, pode-se observar de imediato a diferença na estrutura física das edificações, a maioria das habitações é construída de materiais catados do lixo, como: ripas velhas, resto de moveis de madeira e compensado, pedaços de telhas de amianto, papelões, espumas, plásticos, cortinas, entre outros.

A comunidade dispõe de iluminação da rede pública, porém de forma irregular.

 As ruas não são pavimentadas, não há rede de esgotos, a maioria dos sanitários são igualmente feito de matérias recicláveis e os dejetos são desprezados em fossa séptica,

A agua é potável, mas também adquirida de forma irregular.

O lixo fica espalhado nas dependências de muitas residências e pelas ruas, e ao tentar informar-se com uma moradora onde é o local exato do descarte do lixo ela apontou ao redor dizendo ”eles jogam aí por tudo”.

Muitos moradores têm origem humilde e se assemelham no analfabetismo, no desemprego e na permanente condição de pobreza.

A população tem uma má qualidade de vida, em razão da péssima preservação ambiental e das condições socioeconômicas que os coloca em uma situação de vida subumana, vivendo do lixo e rodeado por ele, de onde retiram uma renda mínima para a subsistência com a venda do material. É também do lixo que retiram a alimentação, geralmente restos de comidas deterioradas, e materiais para construir e mobiliar suas casas.

Como a comunidade foi fundada através de invasão do território as residências não foram mapeadas, não são fixas e por isso não   possuem endereço o que impossibilita o cadastro no sistema único de saúde (SUS), e consequentemente atendimento nos estabelecimentos de saúde. Recorrem aos prontos socorros, já que segundo a lei, frente a emergência não se pode negar atendimento.

Por esse mesmo motivo não tem acesso também a profissionais de saúde bucal, motivo o qual fomos abordados por mais de uma vez para esclarecimentos a respeito.

Na comunidade não há visita do agente de saúde, apenas os agentes da zoonose passam por lá vacinando os animais (cães e gatos) que são inúmeros nas ruas e residências em contato direto com as pessoas principalmente com crianças que brincam com eles permitindo até serem lambidas na boca, alguns desses animais visivelmente doentes. A proliferação de moscas é intensa sobre as refeições escassas nas mesas, fogão e pias.

 Não existem formas de expressão cultural na comunidade.

 Os moradores passam a maior parte do tempo livre dispersos nas ruas e nas casas uns dos outros conversando, e muito atento a movimentos ou pessoas estranhas.

Há alguns barres e conveniências igualmente pobres na estrutura, sem nenhuma fiscalização da ANVISA. Relatos de violência são presentes em decorrência da ingestão de bebidas alcoólicas, como o ocorrido a menos de 30 dias onde um homem alcoolizado ateou fogo em seu “barraco” e depois no “barraco” de seu irmão, felizmente sem vítimas fatais.

Auxilio no resgate como corpo de bombeiro e SAMU foram descrevidos pelos locais como demorados e quase inexistentes ficando a cargo dos moradores se ajudarem no caso de emergências situacionais, como por exemplo, fogo em moradias.  

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