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Degeneração Testicular Veterinaria

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Por:   •  8/12/2014  •  882 Palavras (4 Páginas)  •  797 Visualizações

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Degeneração Testicular

Dentre as alterações testiculares, a degeneração é a mais comum e, por isso, constitui a causa mais usual de redução da fertilidade dos reprodutores das espécies domésticas. A elevada frequência de degeneração testicular se deve ao fato de o epitélio seminífero ser extremamente sensível à ação de fatores e condições adversas.

A degeneração pode ser uni ou bilateral e nem sempre todos os túbulos seminíferos estão afetados, enquanto alguns túbulos mostram espermatogênese normal outros podem apresentar intensidades variáveis de degeneração testicular.

A espermatogênese normal se dá de forma progressiva e sincrônica ao longo dos túbulos seminíferos. Cada espécie tem um determinado número de estádios da espermatogênese e cada estádio exibe características histológicas distintas. Na maioria das espécies domesticas, são reconhecidos oito estádios. Nos casos de degeneração testicular, podem ser verificados estádios anormais, ou, em casos graves, parada completa da espermatogênese. Em caso de degeneração testicular por causas tóxicas, determinados tipos de toxinas podem afetar seletivamente determinados estádios do

ciclo seminífero. Com base no conhecimento dos estádios do epitélio seminífero, a avaliação de biópsias em casos de degeneração testicular, pode possibilitar a estimativa não apenas do prognóstico, como também do tempo necessário para restabelecimento da espermatogênese, após a remoção da causa da degeneração.

Na degeneração testicular, a subfertilidade ou a Infertilidade são comuns e podem ocorrer de maneira permanente ou temporária.

Dentre as principais causas de degeneração do epitélio seminífero destacam-se temperatura ambiente elevada, infecções locais ou sistêmicas, especialmente as que se acompanham de processo febril; deficiências ou desequilíbrios nutricionais como deficiências calórico-proteicas, minerais e vitaminas; lesões vasculares como torção, compressão ou ruptura do cordão espermático e vasculites; obstruções dos túbulos retos, da rede testicular, ductos eferentes e epidídimo; distúrbios hormonais como deficiência de FSH, LH, inibina ou testosterona; fatores imunológicos, como nos casos de rompimento da barreira hermatotesticular; fatores físicos e tóxicos, como micotoxinas e intoxicação por gossipol.

No Brasil, a causa mais importante de degeneração testicular, particularmente em taurinos, é a temperatura ambiente elevada. Touros de raças europeias não se adaptam bem as temperaturas elevadas que predominam na maior parte do território brasileiro, o que resulta em degeneração testicular e redução na vida reprodutiva do touro. Nestas situações é comum observar-se clinicamente a bolsa escrotal bastante distendida e pendulosa, quase sempre ultrapassando a articulação do tarso. A palpação, os testículos têm consistência flácida

no início, podendo tornar-se firmes com a cronicidade do processo, em consequência de fibrose. Nos casos de degeneração, o testiculo tem consistência mais flácida que o normal; nos casos avançados, o órgão diminui de tamanho, tem consistência firme e superfícies são homogêneas e o parênquima não aflora, caracterizando hipotrofia ou mesmo uma atrofia. Microscopicamente, as alterações do tipo degenerativo se caracterizam por túbulos seminíferos com atividade espermatogênica e espermiogênese diminuídas ou ausentes, espermatogônias e espermatócitos com citoplasma granuloso e vacuolizado, picnose nuclear de células da gônia e, nos casos iniciais, células gigantes multinucleadas no lúmen dos túbulos, originárias dominantemente de espermátides arredondadas. Nos casos avançados há proliferação de tecido conectivo fibroso, com invasão e destruição de túbulos seminíferos e, às vezes, focos de calcificação.

ALTERAÇÕES INFLAMATÓRIAS

As orquites podem ser classificadas, sob o ponto de vista histopatológico,

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