Medicina Veterinária Uniderp
Trabalho Universitário: Medicina Veterinária Uniderp. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: leticiabeatrizs • 27/8/2013 • 1.024 Palavras (5 Páginas) • 456 Visualizações
O exercício da "Ars Veterinaria" confunde-se com os primórdios da civilização humana e sua antigüidade pode ser referenciada a partir do próprio processo de domesticação dos animais. Muito do que se estuda sobre a História da Medicina Veterinária confunde-se coma própria história da Medicina. A Paleontologia aceita que antes da era Antropozóica – que marca verdadeiramente o aparecimento do homem – ou seja no final do Cenozóico, correspondente à época diluvial ou das grandes glaciações, já viviam os seus mais próximos percursores, como o Homo sapiens, que, oriundo da Ásia Central, havia de progredir com armas, bagagens e animais (porque a toda a expansão e deslocação humana correspondia, nessa época, uma forma animal acompanhante) dos altiplanos asiáticos e daí irradiando em múltiplas direções, inclusive para a Europa e Norte de África, deixando atrás de si marcas da sua passagem. O dolicocéfalo Homo europeus fossilis, o tronco mais antigo das raças arianas de que restam vestígios no chamado "homem de Neanderthal" (assim designado pelo fato de restos do seu crânio terem sido encontrados próximo deste local da Prússia Renana, entre Dusseldorf e Elberfel), o "Homem cro-magnon" (cujo esqueleto, de cabeça alongada, foi localizado na França, numa gruta, perto de Eyzies) e, ainda, o Homo alpinus, braquicéfalo, referenciado, como o nome indica, ao maciço dos Alpes.
Com efeito, apenas no Quaternário começa a domesticação dos animais e só posteriormente, à medida que vai adquirindo hábitos sedentários, principia a dedicar-se à agricultura. No Paleolítico Inferior ou Idade da Pedra Lascada, devido a vida nômade e cavernícola, alimenta-se originalmente de frutos e depois da pesca e da caça, esta assada diretamente no fogo, e só mais tarde, no Médio Paleolítico, se dedica à vida pastoril, capturando e estabulando os animais para, em seguida, os domesticar, sobretudo a partir do Neolítico ou Idade da Pedra Polida com o objetivo de explorar suas diversas aptidões, força de tração ou mesmo seu potencial como alimento. Somente no Paleolítico Superior funda os primeiros povoados, aperfeiçoa as armas (neste caso de pedra), produz vasilhas, cozinha os alimentos e envereda, decisivamente, pelas práticas agrícolas, designadamente a da cultura cerealífera. Desta idade as informações são escassas, mas na idade dos metais – do ferro, do cobre e do bronze – aumentam. O homem começa, sucessivamente, a interessar-se pela oleicultura, pela panificação e pelos lacticínios, ampliando assim a utilização dos animais amansados, como o cão, o boi e o cavalo.
De resto, acredita-se ter sido a ovelha, conjuntamente com o cão (os egípcios já domesticavam o cão por volta de dez milénios e o boi e o cavalo 1800 anos antes da era cristã), o primeiro animal domesticado pelo homem, não só por ser um animal fácil de capturar e ser naturalmente pacífico, mas ainda por ser múltipla a sua utilidade alimentar (leite, queijo e carne), mas também pela sua lã e sua pele. Só depois vai domesticar as outras espécies, das quais o cavalo seria uma das últimas a ser conquistada.
Gravura em pedra encontrada perto de Ur, Mesopotâmia, a que se atribui 5000 anos de idade (as cabeças dos cavalos encontram-se dispostas segundo três dos principais tipos de crinas (ereto, pendentes ou sem crinas) e perfil (convexo, reto e côncavo)
O "Papyrus de El-Lahun", encontrado no Egito (região de Fayoum, vila de El-Lahun) em 1890 pelo Arqueólogo inglês W. M. Flinders Petrie que lá realizava suas investigações desde 1889, tem origem no século XVIII a.C. e descreve fatos relacionados a arte de curar animais ocorridos há 4000 anos a.C., indicando procedimentos de diagnóstico, prognóstico, sinais clínicos e tratamento de doenças de diversas espécies animais. É o mais antigo documento que trata sobre a Medicina Animal. O nome
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