ESTUDO DE CASO MEGACÓLON CHAGASICO
Por: Mulanbr • 28/11/2018 • Relatório de pesquisa • 2.394 Palavras (10 Páginas) • 282 Visualizações
Centro Universitário do Distrito Federal – UDF
DAYANE FERREIRA PALMEIRAS
MARIA DAS MERCÊS MARTINS DA SILVA
ESTUDO DE CASO MEGACÓLON CHAGASICO
Brasília
Novembro/2018
DAYANE FERREIRA PALMEIRAS RGM: 15211169
MARIA DAS MERCÊS MARTINS DA SILVA RGM: 15565742
ESTUDO DE CASO MEGACÓLON CHAGASICO
Trabalho – Estudo de caso com apresentação no Centro Universitário do Distrito Federal – UDF, para estágio supervisionado 7º semestre.
Brasília
2018
Sumário
- Introdução .....................................................................................3
- Histórico de enfermagem..............................................................4
- Exame Físico.................................................................................4
- Patologia........................................................................................5
- Fisiopatologia.................................................................................5
- Sinais e sintomas...........................................................................6
- Causas...........................................................................................7
- Tratamento.....................................................................................7
- Procedimento cirúrgico...................................................................7
- Diagnostico de enfermagem...........................................................8
- Cuidados Com Ostomia (bolsa de Colostomia) .............................9
- Considerações finais......................................................................11
- Conclusão......................................................................................12
- Anexos...........................................................................................13
- Referências....................................................................................16
- Introdução
Estudo de caso clinico, proposto no 7° semestre de estágio supervisionado para o curso de enfermagem do Centro Universitário UDF. Realizado no Hospital Regional de Taguatinga - Clinica Cirúrgica, localizado no St. B Norte Área Especial 24 - Taguatinga, Brasília - DF, 72120-970. Trata-se do Estudo de Caso – Paciente com diagnóstico de Megacólon Chagásico.
Iremos abordar o Histórico de enfermagem, Estudo da patologia, Procedimento cirúrgico, Estudo do medicamento, Exames laboratoriais e a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), que tem como método organizar e sistematizar o cuidado, com base nos princípios do método científico. O trabalho tem como objetivo a fundamentação, a importância no papel da equipe de enfermagem no momento da efetivação do diagnóstico clinico e da prática assistencial.
- Histórico de enfermagem
M.G.X, sexo masculino, 65 anos, DN: 10/05/1953, branco, casado, evangélico, trabalha como florista e decorador,3 filhos, naturalidade de Planaltina de Goiás, ensino fundamental incompleto, reside em Taguatinga - DF, com saneamento básico, mora com sua esposa e 3 filhos. Deu entrada no Pronto Socorro do Hospital Regional de Taguatinga-DF, em 01/10/2018, com queixa, de dor abdominal, 5 dias sem evacuar, febre, vomito e tosse. Paciente relata ser portador de marca-passo há 20 anos, refere doença de Chagas, + HAS e DPOC, nega Diabetes Mellitus, nega etilismo e tabagismo, e nega alergia a medicamentos, sedentário, faz uso regular de Captopril 50mg e HCTZ 25mg. Histórico familiar mãe e irmã com diabetes Mellitus tipo 2. Diagnóstico médico de Megacólon Chagásico, realizado IC. Admitido na clínica cirúrgica em 03/10/2018 Enfermaria 410- Leito 05.
- Exame físico
Ao exame físico: Deambulando, sonolento, ansioso, pouco comunicativo, verbalizando, consciente e orientado em tempo e no espaço, normotérmico, normotenso, normocárdico, normocorado, acianótico, anictérico em uso de O2 sob cateter nasal a 2L, aceitando bem a dieta via oral, padrão de sono prejudicado, crânio normocefalico, - cicatrizes, couro cabeludo íntegro, + de alopecia e seborreia, conjuntiva palpebral rósea e bulbar transparente, esclerótica branca e limpa, pupilas isocóricas e fotorreagentes, acuidade visual preservada. Pavilhão Auricular: Integro, simétrico, acuidade aditiva visual preservada, + de cerume e - presença de sinais flogisticos. Cavidade Nasal: Integro, simétrico, sem desvio de septo, sem sinais flogisticos. Cavidade Oral: Íntegro, simétrico, lábios normocoradas + de próteses inferior e superior, língua brilhante, úmida e higienizada. Glânglios submandibulares,infraclaviculares, axilares e inguinais não palpáveis, flexão, extensão e rotação e lateralidade preservadas, traqueia e tireoide preservada.
Tórax: Íntegro, simétrico, plano ,- presença de abaulamento. Mamas: Íntegras, simétrica, mamilos e aureolas, - presença de secreções e nódulos. AC: Bulhas normofoneticas em 2t, sem sopros. AP: Murmúrios vesiculares universalmente audíveis, - presença de RA. Abdome: Globoso, + de FO, com curativo oclusivo e – exsudato, + de bolsa de colostomia descendente no QIE, pouco secretiva, á ausculta RHA+, á percussão, som submaciço no hipocôndrio esquerdo, e maciço na fossa ilíaca direita, dor á palpação. MMSS: + de edemas, + AVP em MSD, sem sinais flogísticos, perfusão 2< seg, extremidades aquecidas. MMII: + de edemas, perfusão 2< seg, extremidades aquecidas. Em uso de jontex, com debito urinário 900ml de coloração amarelo claro. Sinais Vitais: PA:130X70mmHg TAX: 35.7 °C FC: 67bpm FR: 20irpm Spo2: 94% HGT: 131MG/dl.
Paciente mantém repouso ao leito.
- Patologia
DEFINIÇAO: A forma digestiva da doença de Chagas compreende as perturbações notáveis na fase crônica envolvendo o tubo digestivo e os principais sintomas dizem respeito a problemas decorrentes dos distúrbios da atividade motora principalmente do esôfago e do cólon esquerdo com as alterações morfológicas que caracterizam os "megas". O substrato anatomopatológico dessas manifestações está na denervação intrínseca das vísceras comprometidas, envolvendo o sistema nervoso autonômico, principalmente o parassimpático, por meio da destruição dos plexos mioentérico e submucoso (Auerbach e Meissner). A demonstração dessa destruição foi feita por Koberle4, no final da década de 50, quando pôs em evidência, após trabalho exaustivo de contagem neuronal dos plexos intramurais, que o intestino grosso em seus diferentes segmentos possuía número de neurônios equivalente, em média, a 5% do normal. Recentemente, Adad5, em um estudo de anatomia patológica, destacou as alterações já bem descritas a respeito do megacólon chagásico, expondo detalhes sobre as alterações macroscópicas e microscópicas freqüentemente encontradas na colopatia chagásica, estabelecendo relação entre a dilatação visceral e a hipertrofia muscular com a redução dos neurônios intramurais. Sobretudo, anotou que a inervação colinérgica está gravemente diminuída no megacólon, especialmente na camada muscular própria. Ao lado dessas evidências, o que já foi colocado como hipótese para a dilatação preferencial para certos segmentos do tubo digestivo (esôfago e cólon esquerdo, principalmente o sigmóide) é o fato de que neles o alimento ou os restos da digestão alimentar (bolo fecal) estão na forma sólida.
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